sexta-feira, 17 de abril de 2015

“Mal educado” na conta recebida

Uma surpresa nada agradável para um cliente de telefonia morador de São João da Barra. Bruno França, de 26 anos, foi surpreendido ao receber sua conta do mês de março de telefonia móvel da operadora Claro. Tudo porque acima do seu endereço estava escrito a expressão “Cliente mal educado”. Segundo o consumidor, um dos prováveis motivos pode ter sido contato feito por ele à central de atendimento da operadora, no início de março, reclamando da sua conexão com a internet que, segundo afirma, não funcionava corretamente há 48 horas. No último contato feito para pedir a resolução do problema, foi solicitado o número do protocolo, mas a funcionária não forneceu.

— Ela me disse que o sistema estava indisponível, então, pedi para falar com o supervisor, mas fui informado de que ele estava em reunião. Na mesma hora informei à atendente que procuraria meus direitos e ela me disse para ficar à vontade. No final, ela acabou desligando o telefone na minha cara —, afirmou, indignado, o morador do distrito de Barcelos, que logo depois registrou reclamação no site da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e também no site do Consumidor, criado pelo governo federal para reclamações contra empresas.

Ainda segundo o cliente da Claro, depois que o fato repercutiu nas mídias, a operadora o teria procurado informando que a conta do mês de março estaria isenta, mas mesmo assim ele já procurou um advogado para entrar com um processo na justiça.

Segundo a advogada de Bruno, Priscila Dauaire, a ação contra a Claro será protocolada nesta sexta-feira (17). Além de pedir ressarcimento ao seu cliente por danos morais, ela quer que essa “ação sirva de lição pedagógica para a Claro, que está entre as cinco maiores empresas que têm ações protocoladas por clientes no TRJ”.

Bruno informou que apesar de tudo ele não pensa em abandonar os serviços prestados pela operadora. “Os serviços da Claro são um dos melhores que existem no mercado, mas nunca imaginei ter essa surpresa indesejável, no simples fato de pedir o número do protocolo do atendimento”, disse, afirmando também ter ligado para Claro para tentar saber o que fez essa alteração na conta, mas não obteve êxito.

Segundo o Procon de Campos, casos como esses devem ser levados diretamente à Justiça. A assessoria de imprensa da Claro informou “que realiza treinamentos constantes em todos os pontos de contato com os seus clientes, buscando a excelência no atendimento. A operadora esclarece que já está analisando o caso em questão”, diz a nota. 


Folha da Manha/Show Francisco
J.C.B.
Foto: Reprodução




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