terça-feira, 27 de julho de 2021

MS deve reduzir intervalo para aplicação da segunda dose da Pfizer e Prefeitura de Campos diz que seguirá orientação à risca quando for notificada

Antecipação será para 21 dias após a primeira dose da vacina

REUTERS/Dado Ruvic

O Ministério da Saúde deve diminuir para 21 dias o intervalo de aplicação da segunda dose da vacina da Pfizer, o que pode conter a disseminação da variante Delta, considerada mais agressiva e transmissível. A informação foi divulgada pelo Jornal O Globo, após o secretário-executivo da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmar a mudança em conversa com jornalistas, na tarde desta segunda-feira (26). A Prefeitura de Campos disse que seguirá à risca as orientações do Ministério da Saúde, como já vem fazendo sobre a cobertura de vacinação. Mas, para isto, precisa ser informada por nota técnica.

Segundo reportagem de O Globo, detalhes, como a data, o cronograma de abastecimento e a forma como será feita a antecipação, ainda estão sendo avaliados junto ao laboratório, ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). A decisão final deve ser anunciada ainda nesta semana.

“A gente precisa verificar o cenário de abastecimento, porque a Câmara Técnica já sinalizou que é interessante avançar a imunização em primeira dose e, só então, quando a gente tiver um cenário mais tranquilo de imunizados com a primeira dose, a gente reduz o prazo para completar a imunização”, afirmou Cruz a O Globo

Horas mais tarde, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que é possível diminuir o intervalo por causa do maior abastecimento de doses da Pfizer:

“O grupo técnico do PNI opinou por fazer um espaço (entre as duas doses) mais alargado naquele primeiro momento porque queríamos avançar na primeira dose. Mas, como as vacinas da Pfizer estão chegando agora num volume maior, é possível mudar essa estratégia. Nós já fizemos várias análises e, com as entregas que temos, é possível voltar para o prazo que está na bula (21 dias)”, afirmou Queiroga.

O cardiologista também abriu a brecha para reduzir o tempo entre a aplicação das duas doses da AstraZeneca. Segundo a bula da vacina, “a segunda injeção pode ser administrada entre 4 e 12 semanas após a primeira”.

“Reduzir isso aí… não há uma segurança de evidência científica de que isso trará maior eficácia nesse esquema vacinal. A medida em que surjam estudos que ratifiquem (que) ou encurtar ou prolongar pode ser mais efetivo para o nosso Programa Nacional de Imunizações, modificações podem ser feitas — completou o ministro. O médico infectologista e presidente do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, é membro da Câmara Técnica e afirma que o momento para alterar o intervalo ainda é incerto.

Veja, na íntegra, a nota da Prefeitura de Campos sobre o assunto

A Secretaria Municipal de Saúde informa que aguarda o envio da nota técnica, que será seguida à risca pela Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (SUBPAV), bem como a liberação do imunizante. O município segue trabalhando para acelerar a vacinação contra a Covid-19, como fez nas últimas semanas em que chegou a imunizar mais de 45 mil pessoas, entretanto depende do quantitativo de doses que o Ministério da Saúde irá liberar.
Com informações de O Globo

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