quinta-feira, 24 de julho de 2025

MST volta a ocupar fazenda em Campos e cobra avanço da reforma agrária

Cerca de 500 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ocuparam, na manhã desta quinta-feira, a Fazenda São Cristóvão, em Travessão

Integrantes do MST ocupam fazenda em Travessão, distrito de Campos (Reprodução)

Cerca de 500 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam, na manhã desta quinta-feira (24), a Fazenda São Cristóvão, próxima ao distrito de Travessão, em Campos dos Goytacazes (RJ). A área pertence ao grupo Othon, dono das usinas Cupim e Barcelos, e está em processo de negociação para destinação à reforma agrária.

A ação integra a Jornada Nacional Camponesa, que reúne mobilizações em todo o país no mês de julho, com o lema “Para o Brasil alimentar, Reforma Agrária Popular!”. O objetivo é pressionar o Governo Federal para que retome as políticas de criação de assentamentos, crédito para produção de alimentos, fortalecimento da educação do campo e ampliação de políticas públicas voltadas às famílias assentadas e acampadas.

Segundo o movimento, Campos é um dos municípios fluminenses marcados por grandes propriedades improdutivas, herança do modelo latifundiário. O MST argumenta que terras de antigas usinas falidas, sem função social, devem ser destinadas à democratização do acesso à terra para milhares de famílias camponesas.
MST em fazenda ocupada em Campos

A organização também critica o que chama de “contrarreforma agrária”, apontando a concentração fundiária e ações de grupos como o Invasão Zero, que, segundo o MST, atuariam para proteger interesses do agronegócio e impedir a redistribuição de terras.

“A reforma agrária é uma política essencial para combater a fome, reduzir a pobreza e garantir a soberania alimentar no país”, afirma nota divulgada pelo MST.
Fonte: J3News

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