Os moradores de Santo Eduardo afirmam que estão vivendo em um “mar de esgoto”. Sem saneamento básico, a comunidade improvisou o serviço. Ainda assim, a água sem tratamento acumula nas vias públicas, provocando muitos transtornos. Cansados de esperar as providências da prefeitura, a comunidade interditou uma das ruas.
De acordo com o representante comercial, Valter Werneck, as ruas do distrito estão repletas de uma água fedorenta e prejudicial à saúde da comunidade. A falta de coleta e tratamento de esgoto obriga os moradores a conviver com seus próprios dejetos e lançá-los ao ar livre - ou diretamente em um valão. Essa prática acontece há mais de vinte anos no distrito. Mas, de acordo com Valter, o “sistema improvisado” já não estaria funcionando.
Quem mora na rua Taurino Manoel Sales cansou de lavar a calçada ou mesmo o quintal para se livrar da água fedorenta que os carros jogavam ao trafegar pela via. “Os motoristas até passavam devagar. Mas é tanta água acumulada que formava uma onda para dentro das residências”, destaca Valter.
“As crianças já não podem brincar na rua. As mães temem que o contato com o esgoto agrave o risco de inúmeras doenças. Além do dano à saúde, queremos saber para onde está indo o dinheiro do IPTU, por exemplo. Nossos impostos não são revertidos em benfeitorias à comunidade e isso que nos causa indignação”, ressalta Valter.
Ainda de acordo com o representante comercial, vários pedidos já foram feitos à Prefeitura de Campos para que instale uma rede coletora de esgoto no distrito. “Não recebemos nenhuma resposta às solicitações enviadas. Enquanto isso, vamos vivendo em um mar de esgoto”, finaliza Valter.
Sempre respeitando o princípio do contraditório e buscando as diferentes versões para um mesmo fato, o jornal Terceira Via tentou contato com a assessoria de comunicação da prefeitura, sem obter respostas. Ainda assim, o jornal aguarda e publicará as versões para este fato.