O evento do Grupo de Comunicação Folha na “55ª Expoagro”, que varou a madrugada de terça-feira (1º), fez mais de 600 convidados viajarem na crina do tempo e da cultura genuinamente campista, transformando o Boi Bumbá em um ambiente temático que arremetia todos à obra do nosso maior vulto literário, José Cândido de Carvalho, que, se vivo fosse, estaria completando 100 anos e certamente teria adorado a festa. Mas, como todo imortal que se preza, estava presente em cada detalhe.
Tinha cachos de lamparinas e também palavras como “Lamparão” e “Cabrunco” e outras do seu glossário espalhadas pelo salão. Foi uma festa tipicamente campista, com doces da Baixada e quitutes para paladar nenhum botar defeito. O décor João Ibrahim fez poesia no ambiente, espalhando fotos antigas da Baixada Campista, como o trem que um dia trilhou por lá, a igreja de Santo Amaro, usinas, entre outras cenas. E a cena começava logo na entrada, com os convidados sendo recebidos por atores caracterizados de personagens saídos das obras de José Cândido, como o próprio coronel Ponciano de Azeredo Furtado.
O compromisso com a cultura, que passou a ser tema de todos os eventos da Folha da Manhã, pode ser ilustrado por uma pequena porção da Banda Lyra de Apolo, que também recepcionava os convidados ao som de músicas do nosso folclore, como acontecia nos bons tempos da Baixada Campista. Voltando ao ambiente, tudo buscava elegantemente o rústico, com móveis antigos, que abrigavam imagens sacras. Sobre a cabeça de todos, melhor dizendo, no teto, bandeirinhas juninas.
Foram precisos mais de 30 garçons e garçonetes para atender prontamente os convidados. A fartura também lembrava os bons tempos da Baixada. Tinha desde a pura cachaça de rolha aos rótulos dos melhores uísques. Tipos variados de caldos e preciosidades como uma batatinha inglesa recheada de delícias, uma verdadeira alquimia culinária assinada pela Chicre Cheme, responsável pelo buffet, digamos assim, dentro do padrão Fifa.
Pelo salão, empresários, políticos, gente da sociedade e, os lobisomens que nos perdoem, mas as mulheres, todas lindas, davam um toque a mais no cenário. A trilha sonora foi comandada pelo DJ Ricardo Sá, eletrificando o forro. E, como o objetivo era colocar a Baixada em alta, um show da dupla Júlio e Maycon, que já se apresentou por diversas vezes na festa de Santo Amaro.
O evento teve como patrocinadores a Brasil Autoviação, RW Motos, Caixa Econômica Federal, Águas do Paraíba, com o apoio da Incorporadora Arthur Marinho, Global Service e Grupo Thoquino. Para a diretora do Grupo Folha da Manhã, Diva Abreu Barbosa, o objetivo foi plenamente alcançado em uma noite onde a memória e a cultura de Campos foram reverenciadas.
Impressionava a todos a vitalidade de um evento que fica cada vez mais atual e disputado com o passar do tempo. Nada é imortal, a não ser poucos, como José Cândido de Carvalho, o único campista que vestiu o fardão da Academia Brasileira de Letras, mas o coquetel da Folha parece ficar mais jovem a cada ano. Não existe, para a diretora do Grupo Folha, Diva Abreu Barbosa, uma fórmula conceitual para isso.
— O que existe é a arte de reunir pessoas em torno de um bom tema. A Folha da Manhã foi o primeiro veiculo de comunicação a ser expositor na Pecuária, e foi reciclando sua presença nesta festa. Aqui já fizemos gincanas, montamos circo e realizações diversas. O coquetel é fruto de todas essas experimentações. Hoje é um evento no calendário da vida social de toda a região. Quando unimos isso a questões culturais, o que tem sido acentuado em todos nossos eventos, conseguimos dar mais vida ao que estamos fazendo. É só isso — disse Diva Abreu Barbosa.
Fonte: Folha da Manha/Show Francisco
Fotos: Genilson Pessanha e Vilson Correa
Aloysio Balbi