Evento custou caro a algumas famílias e também à cidade
Nas rodas de conversa em toda a cidade muito se discute o desenho do tabuleiro político e econômico que resultará da divulgação dos nomes de alguns dos envolvidos neste triste episódio batizado de “Meninas de Guarus”. Tanto em função daqueles que já tiveram seus nomes revelados quanto os que estão ainda nas gavetas – pelo menos de nossa redação – como os primeiros vinte envolvidos.
Antes mesmo da recente divulgação dos nomes já publicados, algumas famílias já haviam se fragmentado por causa de um momento de fraqueza de alguns de seus integrantes. Foram consequências dolorosas, mas não maiores do que a perda de duas meninas que sucumbiram aos caprichos da perversão. Como dissemos ontem nesse espaço, esta é uma pílula amarga que não desce pela garganta de gente minimamente séria.
Por determinação da figura jurídica do segredo de Justiça, a imprensa se vê compelida por uma espécie de coerção a não revelar o que já sabe. Fato é que todos os suspeitos – os que tiveram seus nomes revelados e os que ainda não – terão amplo direito de defesa. Direito, aliás, pródigo em nosso país.
Mais relevante que a geopolítica, está a necessidade de discutir essa situação anômala que impediu – ao longo de cinco anos – de se mover uma única palha para solucionar juridicamente o caso. O grito das “Meninas de Guarus” ecoa tão forte quanto o silêncio.
A primeira cidade a receber iluminação pública no continente, berço de José do Patrocínio, de Nilo Peçanha, de Didi e do possesso Amarildo, também será lembrada – e jamais esquecida – por este evento e seus desdobramentos.
Terceira Via/Show Francisco