sábado, 19 de novembro de 2016

Poste de energia elétrica em Santa Rita São Francisco de Itabapoana, prestes a cair.


Neste sábado 19/11, despertei com um telefonema de moradores apavorados com este poste de energia elétrica da ENEL Distribuidora que presta serviço a nossa região o mesmo que esta prestes a cair na RJ 224, próximo a entrada da localidade de Santa Rita em São Francisco de Itabapoana.

Moradores colocaram bambus para suspender a fiação que caminhão de cana arrebentou e deixou estirados ao solo. Eles pedem para que funcionários da empresa venham trocar o poste pois o mesmo está sem segurança no local e pode causar um estrago maior a quem trafega por aquela rodovia,(veja foto acima). 




Fotos:Júlio César Show Francisco.

Cerca de 216 mil estudantes farão o Enade neste domingo

Alunos convocados terão de fazer o exame para conseguir colar o grau; consulta aos locais de prova deverá ser feita por meio do site do Inep
Foto: Divulgação

Pouco mais de 216 mil pessoas irão prestar neste domingo (20) o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) em todo o Brasil. A prova, que é organizada e aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) e tem o objetivo de avaliar a qualidade dos cursos superiores no País e medir o aproveitamento dos alunos.

Participarão do Enade os concluintes dos seguintes cursos de graduação: agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social e zootecnia. Também serão avaliados os concluintes de cursos tecnólogos nas áreas de agronegócio, estética e cosmética, gestão ambiental, gestão hospitalar e radiologia.

Todos os alunos dos cursos citados têm de prestar o exame obrigatoriamente. A participação é registrada no histórico escolar e os estudantes convocados que não comparecerem ao local de prova ficarão impedidos de colar grau. De acordo com o Inep, as áreas avaliadas são definidas conforme o ciclo trienal definido pela organização.

Provas
A prova é dividida em duas etapas, sendo uma de Formação Geral, composta por dez questões – oito de múltipla escolha e outras duas discursivas. A outra parte é a de Componentes Específicos, que possui 30 questões. Dessas, 27 são de múltipla escolha e outras três são dissertativas. O gabarito das questões objetivas deverá ser divulgado pelo Inep na próxima quarta-feira (23).

Ainda de acordo com o instituto, as provas serão personalizadas, com distribuição nominal dos cadernos de exercícios.

Os portões serão abertos às 12h e fechados uma hora depois. O início da prova está previsto para 13h30, enquanto o término será às 17h30. É importante que o estudante fique atento para não se atrasar, já que o horário oficial de Brasília é utilizado como padrão. Os participantes que deixarem o local de prova antes das 14h30 ficarão classificados como em situação irregular e não poderão fazer a colação de grau.

A consulta sobre os locais de prova pode ser feita neste endereço, dentro do site do Inep. O participante deve levar documento original com foto e caneta esferográfica preta fabricada em material transparente.

Estados
Dos 216.044 estudantes que irão prestar o exame, a maioria está em São Paulo: 44.058 pessoas. Em seguida estão Minas Gerais (23.462), Rio de Janeiro (16.871), Paraná (13.843), Bahia (12.135) e Rio Grande do Sul (11.995). As Unidades da Federação com menos inscritos são Roraima (615) e Amapá (805).

Enem
O Inep divulgou nesta sexta-feira (18) que os gastos com a remarcação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para cerca de 271 mil pessoas em todo o Brasil ficarão em aproximadamente R$ 10,5 milhões.

A remarcação para esse grupo – que irá prestar o exame nos dias 3 e 4 de dezembro – foi feita em razão das ocupações em diversas escolas brasileiras por grupos de manifestantes que se opõem a medidas anunciadas pelo governo na área da educação. O Inep, que também organiza o Enade, irá divulgar a lista com os novos locais de prova na próxima terça-feira (22).
Show Francisco

Fazenda deposita quantia unitária de R$ 600 para servidores

Segundo órgão, com este pagamento, Estado quita 85% da folha salarial de outubro

Foto: Divulgação

A Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) informou que será depositada nesta sexta-feira a quantia unitária de R$ 600 para os servidores ativos, inativos e pensionistas. Com este pagamento, o Estado quita 85% da folha salarial de outubro, de R$ 2,1 bilhões.

Segundo a pasta, foram depositados hoje R$ 105 milhões. A antecipação ocorre em virtude da arrecadação tributária um pouco maior do que a esperada para os últimos dias. O valor poderá cair na conta do funcionalismo após o término do expediente bancário.

Sobre a decisão judicial, a Sefaz esclarece que não houve arresto hoje nas contas do Estado para o pagamento de pessoal. O pagamento efetuado hoje não tem qualquer relação com arresto. O depósito de R$ 105 milhões nas contas do funcionalismo foi efetuado com recursos do caixa do Estado.
 O Dia/Show Francisco

Suspeitos que iriam cometer homicídio tentam escapar de blitz e se acidentam

Durante a fuga condutor invadiu um bar e por sorte ninguém se feriu
Foto: Reprodução
Veja vídeo ao final das informações

Quatro homens foram presos na noite desta sexta-feira (18) após confessarem que iriam praticar um homicídio. Eles tentaram escapar de uma blitz mas mas a fuga terminou quando os suspeitos se acidentaram nas proximidades da Ponte Saturnino Braga, mais conhecida como Ponte da Lapa, em Guarus, Campos.

De acordo com a polícia, os suspeitos estavam em um Kia Cerato, de cor preta, e ao se depararem com os militares, passaram em alta velocidade seguindo em direção ao Parque Prazeres, porém o condutor perdeu o controle da direção do veículo e invadiu um bar. Por sorte, ninguém se feriu.

Foi feita a abordagem e os suspeitos relataram que iriam cometer um homicídio e que durante a fuga dispensaram a arma. Dentro do carro foram encontrados dois pinos de cocaína e munição calibre 38. A arma que seria usada pelos acusados foi encontrada pelos policiais após buscas.

O caso foi registrado na 146ª DP/Guarus.
Show Francisco

Em áudio, Garotinho afirma que querem matá-lo

Ex-governador do Rio discutiu com agentes da Polícia Federal antes de ser transferido para o Complexo de Bangu, na Zona Oeste do Rio
O DIA

Rio - Um áudio que circula na internet mostra o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, discutindo com agentes da Polícia Federal antes de ser transferido para o Complexo de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Na gravação, o político diz que não quer ser transferido para o presídio, pois lá existem pessoas que querem matá-lo.

"Eu não vou, eu não vou. Isaías do Borel, tem um monte de preso lá, que foi tudo eu que botei na cadeia. Não vou ficar é o... eu não quero. Eles tão doidos pra me levar pra lá pra me matar. Sabe que quarta-feira eu tenho reunião com o doutor Janot pra entregar o resto da quadrilha", diz ele no áudio revelado pelo RJTV.
Anthony Garotinho deixa o Hospital Souza AguiarVladimir Platonow/ Agência Brasil

Um vídeo, que também circula na web, mostra Garotinho se recusando a ser levado. Nas imagens é possível ver sua mulher, Rosinha Garotinho, e sua filha, a deputada federal Clarissa Garotinho, desesperadas e tentando impedir a transferência.
Show Francisco


Cabral divide cela com aliados em Bangu 8

Todos do grupo, presos na 'Operação Calicute', tiveram os cabelos raspados no padrão seguido por internos e usam uniforme, segundo Seap

CLARISSA SARDENBERG E PAOLA LUCAS

Rio - Preso nesta quinta-feira, Sérgio Cabral divide a cela de 16 metros quadrados no Complexo Penitenciário de Gericinó, Bangu 8, nesta sexta-feira com seu aliados acusados no desfalque de R$ 224 milhões dos cofres públicos. Estão com o ex-governador no presídio inaugurado em sua gestão, divididos em três beliches: o ex-assessor Paulo Fernando Magalhães Pinto, os operadores José Orlando Rabelo e Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, o ex-secretário de obras e 'braço direito' de Cabral Hudson Braga e Luiz Paulo Reis, que atuava como laranja do então secretário. Ex-governador Sérgio Cabral Filho é fotografado como detento em Bangu com uniforme da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap)Reprodução Internet

De acordo com a Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap), não há impedimentos para que os mesmos, presos na "Operação Calicute", fiquem na mesma cela. Ainda segundo a administração, todos do grupo tiveram os cabelos raspados no padrão seguido pelos internos e usam uniforme.

Cabral recusou jantar na noite desta quinta-feira — um cardápio que incluía macarrão, feijão, legumes, carne e refresco — mas tomou café da manhã, pão com mateiga e café com leite. Segundo a Seap, ele passa bem.

Sérgio Cabral foi recebido com festa, que incluiu queima de fogos de artifício e espumante, ao entrar no presídio. A comemoração foi promovida por bombeiros que o esperavam na portaria do local desde que souberam da sua prisão pela Polícia Federal na manhã desta quinta.

Ele foi preso na "Operação Calicute", uma ação conjunta da força-tarefa da Operação Lava Jato no estado do Rio com a Operação Lava Jato no Paraná. Foi descoberto pelo Ministério Público Federal, através de delações de executivos da carioca Engenharia e da Andrade Gutierrez, que ele cobrava uma mesada milionária de empreitas.

"O esquema consistia numa cobrança de mesada feita pelo ex-governador. As licitações eram fraudadas e eram realizados esses pagamentos, que ocorreram entre 2007 e 2014", afirmou o procurador. Da Andrade Gutierrez vinham R$ 350 mil e da Carioca Engenharia R$ 200 mil, no primeiro mandato e R$ 500 mil, no segundo.

"Basicamente, nesses depoimentos foi relatado um esquema que consistia na cobrança de propina na reforma do Maracanã (R$ 1,05 bilhão), Arco Metropolitano e Pac das Favelas." No total, foram gastos mais de R$ 3 milhões.

De acordo com o MPF, além da taxa de 5% cobrada por Cabral às empreiteiras, havia uma taxa de 1% denominada "taxa de oxigênio" destinada à Secretaria de Estado de Obras.

Também foram presos Wilson Carvalho (ex-secretário de governo de suas duas gestões); Hudson Braga (ex-secretário de obras), e mais sete participantes do esquema. Cabral, os ex-secretários e cinco dos acusados tiveram prisão preventiva, por tempo indeterminado, decretada. Um deles é Carlos Bezerra, amigo de infância de Cabral e assessor do ex-presidente da Assembleia Legislativa Paulo Melo.

Segundo as investigações, Bezerra pagou contas, com dinheiro ilícito, do círculo familiar do ex-governador. No processo, pelo menos três pagamentos estão listados: as faturas do cartão de créditos da mãe dele, Magaly Cabral, e para o cachorro-quente na festa do filho de Cabral – uma compra no valor de R$ 1.070. A polícia encontrou transferência de 10 mil euros para Susana Neves, ex-mulher dele, e de R$ 30 mil para Adriana Ancelmo, sua atual esposa.
O Dia/Show Francisco

MPF entra com novo pedido de prisão contra Adriana Ancelmo

O Ministério Público Federal entrou com novo pedido de prisão contra Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, que está preso. A primeira tentativa de mandar a ex-primeira-dama para a cadeia foi negada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Agora, a decisão caberá a 1ª Turma Especializada, do Tribunal Regional Federal 2 (TRF-2). O desembargador Abel Gomes determinou que Adriana apresente sua defesa no prazo de dois dias. Gomes pretende levar a decisão para o plenário da turma na terça-feira.

Adriana é suspeita de lavagem de dinheiro e de ser beneficiária do esquema criminoso. A ex-primeira dama é advogada e sócia-proprietária de um escritório de advocacia no Rio. No âmbito da Operação Lava Jato, os investigadores identificaram pagamentos feitos por Adriana em dinheiro vivo e afirmam que a lavagem se daria pela aquisição de bens, também com pagamentos ou depósitos em espécie.
Show Francisco

TSE manda Garotinho ser transferido para hospital para exames médicos

Ex-governador foi transferido na madrugada deste sábado após decisão de ministra do TSE
O DIA

Rio - O ex-governador Anthony Garotinho foi transferido para o Hospital Quinta D'Or na madrugada deste sábado, após decisão da Ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana Christina Guimarães Lóssio, que determinou a transferência imediata do político. Ele estava preso sob custódia na unidade de pronto atendimento do Complexo Penitenciário de Bangu.Anthony Garotinho foi levado do Souza Aguiar para a UPA do Complexo de BanguVladimir Platonow/ Agência Brasil

A ministra havia decidido que Garotinho seria levado para uma unidade pública ou particular de saúde, caso em que deverá que arcar com todas as despesas, para ser submetido aos exames cardíacos. Ele deverá ser submetido a exames para avaliar sua condição de saúde e, em seguida, ficará em regime de prisão domiciliar.

Enquanto permanecer no hospital para exames médicos, Garotinho poderá receber visitas apenas de parentes e advogados e não poderá usar o celular.

Em sua decisão, a ministra diz: "Assim, acautelatoriamente, a fim de assegurar o adequado e necessário acompanhamento médico, determino à autoridade policial a imediata remoção do ora paciente, Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira, para hospital - podendo ser na rede privada, desde que por ele custeado — o qual deverá estar apto à realização dos exames indicados no relatório médico, devendo permanecer sob custódia no estabelecimento enquanto houver necessidade devidamente atestada pelo corpo clínico, podendo receber a visita apenas de seus familiares e advogados, nos termos das regras estabelecidas pelo hospital, vedada, contudo, a utilização de aparelhos de comunicação, a exemplo de telefone celular.

Destaco que serve a mesma como ordem de transferência. No mais, adianto que o exame do pedido liminar será levado à apreciação do plenário do Tribunal Superior Eleitoral, na próxima sessão.

Por fim, ultrapassado o prazo necessário para a conclusão dos exames e procedimentos médicos acima mencionados antes da conclusão do julgamento da medida liminar pelo plenário dessa Colenda Corte, determino que o paciente permaneça em prisão domiciliar, nos termos do artigo 318, inciso II, do CPP".
Show Francisco

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Pobre Rio, pobre Brasil

Com a prisão de Garotinho e Cabral, políticos de Norte a Sul estão de barbas de molho

Eliane Cantanhêde
O Rio de Janeiro continua lindo, como na música de Gilberto Gil, mas as prisões dos ex-governadores Anthony Garotinho, num dia, e Sérgio Cabral, menos de 24 horas depois, escancaram um cenário horrendo em que se misturam corrupção, populismo, empreguismo, gastança e irresponsabilidade. Sem contar aquele terceiro personagem que nasceu no Rio e virou tudo o que virou no Estado: Eduardo Cunha.

Todas essas mazelas não são exclusividade do Rio, mas se somam aos erros da era Lula e ao desastre dos anos Dilma Rousseff e explicam cristalinamente o resultado das eleições municipais. Com o PMDB ladeira abaixo e o PSDB e o PT praticamente fora de combate no Estado, só podia dar no que deu: uma forte rejeição aos partidos “tradicionais”, com uma disputa entre o PRB de Marcelo Crivella e o PSOL de Marcelo Freixo.

As prisões ocorrem justamente quando o governador Luiz Fernando Pezão volta de longa licença para tratar do câncer e brinda a população com um pacote de maldades contra a crise. Como Pezão é do mesmo PMDB e foi vice-governador de Cabral, significa que eles abriram o buraco e agora Pezão convoca trabalhadores, funcionários, aposentados, pensionistas e empresas para tapá-lo. Soa assim: “Nós criamos a dívida e nadamos em dinheiro. E você paga a conta”. Daí porque o Estado está em chamas, mas as pessoas estouravam espumantes ontem, quando Cabral saiu do Leblon para Bangu sem guardanapo na cabeça.

Faça-se justiça, porém. Enquanto Cunha abastecia “trustes” e o armário da mulher com desvios da Petrobrás e Cabral recebia mesadas de R$ 500 mil,desfrutava de lancha de R$ 5 milhões e ornava o dedo da mulher com um anel de R$ 800 mil do empreiteiro Fernando Cavendish, Pezão não é – até o momento – acusado de corrupção. Aliás, ele tem foro privilegiado e o que há contra ele, se houver, corre em segredo de justiça.

Também são bem diferentes os casos de Cabral, acusado de comandar um esquema de R$ 224 milhões, e de Garotinho, enrolado por ter usado um programa social da prefeitura de Campos para comprar votos. Ambos estão devidamente presos e acusados, mas há uma questão de escala entre um e outro.

Em comum, os dois foram muito importantes no Rio e chegaram a alçar voo nacional. Garotinho saiu do Palácio Laranjeiras para uma campanha à Presidência da República em que perdeu para Lula, mas chegou em honroso terceiro lugar e elegeu a mulher, Rosinha, para o governo do Estado e agora a filha, Clarissa, para a Câmara dos Deputados.

Cabral, típico menino do Rio, filho de respeitado jornalista, biógrafo de Pixinguinha, foi um excelente produto eleitoral, lembrado até para a Presidência da República. Ele e o prefeito Eduardo Paes tiveram destaque no PSDB, passaram para o PMDB, aproximaram-se alegremente de Lula e apoiaram firmemente Dilma. O voo de Cabral foi alto. O tombo foi mortal.

Isso não passa em branco pela política, onde o PMDB abriu uma cunha na disputa feroz entre PSDB e PT e subiu a rampa do Planalto com Michel Temer. Com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgando a chapa Dilma-Temer, com a delação da Odebrecht pairando sobre tudo e todos (até mesmo o PMDB, a base aliada e o governo), a prisão de Cabral pode ser tudo, menos algo positivo para Temer. No mínimo, é mais um foco de tensão – ou de suspeição.

E há uma irradiação da crise do Rio sobre os demais Estados, sobretudo porque a crise econômica não perdoa ninguém e porque os estádios da Copa entram no foco. O Rio, além de lindo, é também a vanguarda do Brasil. Desta vez, pode estar sendo um outro tipo de vanguarda, com a prisão não apenas de um, mas de dois ex governadores de uma vez só, neutralizando a tese de perseguição ao PT. Tem muita gente de barbas de molho de Norte a Sul. Quais serão os próximos Estados? E os próximos presos?
O Estadão/Show Francisco

Crise financeira no Rio tem relação com esquema de Cabral, diz procurador

Segundo as investigações, Cabral recebeu “mesada” de até R$ 500 mil por mês
Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

A prisão do ex-governador Sergio Cabral (PMDB), realizada nesta quinta-feira (17), tem relação direta com a calamidade financeira que o Estado do Rio enfrenta, segundo os investigadores que apuram as suspeitas de corrupção envolvendo o político.

Para o procurador federal Athayde Ribeiro Costa, do MPF-PR (Ministério Público Federal do Paraná), se o Estado não tem recursos nem para pagar despesas básicas de saúde e educação, isso aconteceu também porque seu ex-governador montou uma organização criminosa para receber propinas de empreiteiras que trabalharam para o governo.

“O caso revelado hoje é um clássico para mostrar os efeitos da corrupção”, disse Costa. “A sociedade sofre muito com a corrupção. Aqui no Rio, vemos faltar o mínimo por conta da corrupção.”

O Estado do Rio vive uma grave crise financeira. Para tentar reverter o quadro, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), sucessor de Cabral, tenta aprovar um pacote de ajuste fiscal, que vem sofrendo críticas e motivado protestos.

O procurador José Augusto Vagos, do MPF-RJ, afirmou que as suspeitas de corrupção que levaram a prisão preventiva de Cabral envolvem obras para a urbanização do Complexo de Favelas do Alemão, por exemplo.

O local tem um dos menores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Rio. Apesar disso, projetos desenvolvidos naquela área foram usados para os ganhos ilícitos de Cabral, de acordo com o MPF e a Polícia Federal.

“Há suspeitas envolvendo obras do PAC na Favela do Alemão. Isso quer dizer que a organização criminosa usou esses projetos para roubar e financiar suas excentricidades”, disse Vagos, lembrando que a propina financiou até seis vestidos de luxo para a ex-primeira-da-dama do Estado Adriana Ancelmo, mulher de Cabral.

A investigação da polícia e do MPF apontou ainda que construtoras que faziam grandes obras para o governo pagavam uma espécie de mesada a Cabral, a qual chegou a R$ 500 mil por mês. Esse dinheiro vinha do chamado caixa dois dessas companhias e era enviado ao ex-governador, em espécie, por meio de intermediários.

Procuradores do MPF foram questionados na entrevista sobre projetos de lei que podem anistiar os casos de caixa dois já em investigação no país. Athayde Costa criticou esses projetos e pediu que a sociedade esteja vigilante contra retrocessos.

“Eu renovo meu clamor para que a sociedade fique atenta”, afirmou ele. “Se a Lava Jato for abafada, casos como o de hoje ficarão na escuridão.”

O UOL entrou em contato com a assessoria de imprensa do ex-governador, que ainda não se pronunciou. A reportagem também ligou para o celular de um advogado de Cabral, mas ninguém atendeu. Foram enviadas mensagens para esse celular assim como e-mails para o advogado, mas nenhuma resposta foi enviada. O UOL continua tentando ouvir a defesa do ex-governador.

Operação Calicute
Cabral recebeu voz de prisão em seu apartamento, no Leblon, zona sul. Ele é alvo de dois mandados de prisão, sendo um deles expedido pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância. O outro mandado é do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio, e faz parte da Operação Calicute, um desdobramento da Operação Lava Jato, deflagrada pela PF junto com o MPF e a Receita Federal.

Após prestar depoimento, ele deve ser transferido para o complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste carioca. O ex-governador é investigado por quatro crimes: corrupção ativa, corrupção passiva, pertencimento a organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A mulher de Cabral e ex-primeira dama, Adriana Ancelmo, também foi levada para a Polícia Federal, a fim de cumprir mandado de condução coercitiva(quando a pessoa é encaminhada para prestar esclarecimentos em sede policial).

O casal deixou o prédio onde mora sob gritos de “bandido” e “ladrão”, por volta das 7h. Os policiais federais usaram spray de pimenta para dispersar um grupo de manifestantes, que se colocou em frente ao carro da PF.

Cabral é o segundo ex-governador do Rio preso em menos 24 horas. Ontem, a PF prendeu Anthony Garotinho (PR) em uma investigação sobre esquema de compra de votos em Campos dos Goytacazes (RJ) comandada pelo Ministério Público Eleitoral.
Show Francisco

Ato em frente à delegacia da PF contra a prisão de Garotinho

Foto: reprodução

Um grupo de pessoas, entre elas três filhos do secretário de Governo Garotinho, Wladimir, Clara e Anthony, secretários municipais e os vereadores Thiago Virgílio e Maria Auxiliadora Freitas, realizaram um ato em frente à delegacia da Polícia Federal, no final da tarde desta quinta-feira(17), no Centro de Campos. Eles usaram vendas pretas nos olhos para protestar contra a prisão de Garotinho, além de uma faixa com a frase “Garotinho preso por dar comida aos pobres”.

O delegado Paulo Cassiano disse que, apesar de todos terem o direito à livre manifestação, esse tipo de ato não pode ocorrer em frente à uma delegacia, visto que se trata de área de segurança, motivo porque pediu reforço à Polícia Militar.
Show Francisco

Defesa faz novo pedido de libertação de Garotinho ao TSE

Secretário foi preso por suspeita de fraude em programa social
Foto: Divulgação

Após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ) negar liminar em habeas corpus, o advogado Fernando Fernandes( na foto acima), que defende o secretário de Governo de Campos, Anthony Garotinho (PR), entrou com um novo habeas corpus(pedido de liberdade) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE/Brasília), na tarde desta quinta-feira (17). Garotinho foi preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira, por ter prisão decretada pela Justiça, a pedido do Ministério Público, sob acusação de coação de testemunhas e participação em fraudes no programa social Cheque Cidadão para obtenção de votos nas últimas eleições.

A ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou, na noite desta quarta-feira (16), analisar um pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR), em razão do TRE ainda não ter se pronunciado. Agora, a Ministra poderá emitir um parecer.
Show Francisco

PF investiga ameaça recebida por promotor e testemunha

Delegado fala sobre investigação de ameaças
Foto: Campos 24 Horas/arquivo

O delegado da Polícia Federal(PF) em Campos, Paulo Cassiano(na foto), informou nesta quinta-feira(17), em coletiva à imprensa, que irá investigar ameaça de morte recebida por duas pessoas envolvidas na investigação da “Operação Chequinho”: a radialista Beth Megafone(testemunha) e um promotor de Justiça, cujo nome não foi revelado.

Segundo o delegado, a radialista Beth Megafone disse que dois homens a ameaçaram diante de sua casa. Já promotor de Justiça recebeu uma chamada no telefone fixo de casa com ameaças.

“A testemunha Beth Megafone foi ameaçada na noite de ontem quando saía de casa. E o promotor de Justiça foi ameaçado hoje por telefone. A Polícia Federal está atenta a estes fatos e redobrando as atenções para promover a segurança destas pessoas. Já temos conhecimento da movimentação da organização criminosa para coação das testemunhas que têm colaborado com a Justiça e de autoridades também”, disse o delegado Paulo Cassiano.
Show Francisco

Estudantes da Faetec fecham 28 de Março em protesto contra demissões

Ato na noite desta quinta deixou trânsito em sistema de pare e siga
Foto: Divulgação

Estudantes da rede Faetec protestaram nesta quinta-feira(17), contra a demissão dos funcionários da CNS Nacional de Serviços, empresa terceirizada que presta serviços a instituições da rede Faetec. Com cartazes, eles interromperam o trânsito na Avenida 28 de Março, em frente ao Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert (Isepam). A Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar enviaram equipes ao local.
Show Francisco

Receita pode cobrar R$ 450 milhões de investigados no RJ

Operação Calicute: Valor se refere a impostos e multas a serem pagos em caso de condenação
Foto: Divulgação

Em nota divulgada nas últimas horas, a Receita Federal estima que poderá arrecadar R$ 450 milhões em tributos e multas com base na estimativa de que houve cobrança de propina e lavagem de dinheiro, entre outros crimes, que chegam a R$ 224 milhões investigados na Operação Calicute. A operação, em que a Receita atuou em conjunto com a Polícia Federal e as forças tarefas do Ministério Público Federal (MPF), é mais uma fase da Operação Lava Jato. De acordo com a nota, a partir de agora, a Receita Federal aprofundará as investigações tomando por base os documentos apreendidos, com o objetivo de confirmar a não prestação de serviços por parte das empresas envolvidas no esquema.

Na Operação Calicute, a Receita Federal participou, durante a fase preparatória, da análise das informações existentes em seus bancos de dados e das buscas em empresas usadas pelos investigados para dar suporte às operações ilícitas.

O amplo esquema de corrupção e lavagem de dinheiro foi desvendado a partir do aprofundamento das investigações dos casos da Lava Jato no Rio de Janeiro, especialmente da Operação Saqueador e das colaborações de executivos das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia, entre outras provas. “Tal esquema consubstanciava o pagamento de expressivos valores, em espécie, em vantagem indevida por parte das empreiteiras ao ex-governador [Sérgio Cabral] e a pessoas do seu círculo para que fossem garantidos contratos de obras com o Governo do Estado do Rio de Janeiro. O caixa 2 usado para pagamento da propina tinha origem na prestação de serviços fictícios”, diz a nota da Receita Federal.

Nova fase da Operação Lava Jato deflagrada hoje, a Operação Calicute investiga o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do estado do Rio de Janeiro. Foram cumpridos 38 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 14 de condução coercitiva expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, além de 14 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e um de prisão temporária expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
Show Francisco