MATHEUS BERRIEL E JÉSSICA FELIPE
Empresas estão impedidas de circularem
Nesta segunda-feira (29), foi completada uma semana de manifestações dos funcionários da São Salvador, em Campos. Lutando para receberem os quatro meses de salários atrasados, mais o 13º de 2017, e por melhores condições de trabalho, aumento na fiscalização às vans e lotadas e pelo aumento do valor da passagem, os motoristas e cobradores da empresa fazem novo protesto no terminal rodoviário da avenida José Alves de Azevedo (Beira-Rio). Coletivos de outras empresas foram impedidos de circular. Para piorar a situação, também foi iniciada, no sábado (27), a paralisação da Turisguá, empresa que, assim como a São Salvador, integra o Consórcio União. Com a paralisação da Turisguá e da São Salvador, moradores da Baixada Campista agora dependem exclusivamente de vans.
No terminal Luis Carlos Prestes, na avenida XV de Novembro, no Centro, os coletivos estão parados. "Nossos ônibus estavam rodando. O pessoal da São Salvador começou a parar os ônibus por volta das 8h30. O meu ônibus estava com passageiros, os dos colegas também, mas todo mundo teve que descer. Se eu não parasse, eles iam esvaziar os pneus. Vou fazer o quê? Levar pé na cara? É difícil...", disse um motorista da empresa São João. Funcionários da Rogil também estão com os ônibus parados e informaram que ainda não há previsão de retorno.
Uma viatura da Polícia Militar acompanha o protesto. Segundo a PM, o ato é pacífico. No início da manhã, um dos pneus de um ônibus da São João foi esvaziado. Desde então, os demais coletivos estão estacionados no terminal. Caso algum motorista tente sair com passageiros, os manifestantes bloqueiam parte da avenida e não permitem.
Empresas estão impedidas de circularem
Nesta segunda-feira (29), foi completada uma semana de manifestações dos funcionários da São Salvador, em Campos. Lutando para receberem os quatro meses de salários atrasados, mais o 13º de 2017, e por melhores condições de trabalho, aumento na fiscalização às vans e lotadas e pelo aumento do valor da passagem, os motoristas e cobradores da empresa fazem novo protesto no terminal rodoviário da avenida José Alves de Azevedo (Beira-Rio). Coletivos de outras empresas foram impedidos de circular. Para piorar a situação, também foi iniciada, no sábado (27), a paralisação da Turisguá, empresa que, assim como a São Salvador, integra o Consórcio União. Com a paralisação da Turisguá e da São Salvador, moradores da Baixada Campista agora dependem exclusivamente de vans.
No terminal Luis Carlos Prestes, na avenida XV de Novembro, no Centro, os coletivos estão parados. "Nossos ônibus estavam rodando. O pessoal da São Salvador começou a parar os ônibus por volta das 8h30. O meu ônibus estava com passageiros, os dos colegas também, mas todo mundo teve que descer. Se eu não parasse, eles iam esvaziar os pneus. Vou fazer o quê? Levar pé na cara? É difícil...", disse um motorista da empresa São João. Funcionários da Rogil também estão com os ônibus parados e informaram que ainda não há previsão de retorno.
Uma viatura da Polícia Militar acompanha o protesto. Segundo a PM, o ato é pacífico. No início da manhã, um dos pneus de um ônibus da São João foi esvaziado. Desde então, os demais coletivos estão estacionados no terminal. Caso algum motorista tente sair com passageiros, os manifestantes bloqueiam parte da avenida e não permitem.
Na baixada filas enormes para transporte alternativo / Reprodução
Também esta manhã, na Baixada, usuários enfrentaram uma fila quilométrica em Bugalho, para conseguir vaga em uma van. Na área central, por volta das 11h, os funcionários da São Salvador usaram caixotes para bloquear o cruzamento da Beira-Valão com a avenida 28 de março. O bloqueio foi desfeito rapidamente por policiais militares.
Procurado pela reportagem da Folha 1, o comandante em exercício do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Robson Cardeal, afirmou que há uma equipe de inteligência acompanhando a atuação do grupo, que se divide em vários pontos na tentativa de driblar a atuação policial. "A polícia não permite isso (parar outros ônibus), de maneira nenhuma. Já fomos em quatro pontos para poder permitir que as empresas continuem com o trabalho delas. É um direito do trabalhador exercer sua profissão", explicou Robson. Segundo ele, uma equipe da PM está reunida com representantes do IMTT para que seja definido uma forma de atuação mais drástica para mitigar o dano.
- Agora (no começo da tarde), a situação está mais tranquila, mas continuamos com uma equipe acompanhando. Tive informação de que os manifestantes saíram da Beira-Valão e tinham ido em direção ao Ferreira Machado, mas, temos uma equipe monitorando. Eles esperam algum momento de distração, ou então se juntam em pontos diferentes e tentam parar os ônibus. O trabalho deles é tentar convencer os motoristas de outras empresas a aderirem. Nossa equipe está rodando, está atenta. Estou com um oficial supervisor com essa missão - completou.
Procurado pela reportagem da Folha 1, o comandante em exercício do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Robson Cardeal, afirmou que há uma equipe de inteligência acompanhando a atuação do grupo, que se divide em vários pontos na tentativa de driblar a atuação policial. "A polícia não permite isso (parar outros ônibus), de maneira nenhuma. Já fomos em quatro pontos para poder permitir que as empresas continuem com o trabalho delas. É um direito do trabalhador exercer sua profissão", explicou Robson. Segundo ele, uma equipe da PM está reunida com representantes do IMTT para que seja definido uma forma de atuação mais drástica para mitigar o dano.
- Agora (no começo da tarde), a situação está mais tranquila, mas continuamos com uma equipe acompanhando. Tive informação de que os manifestantes saíram da Beira-Valão e tinham ido em direção ao Ferreira Machado, mas, temos uma equipe monitorando. Eles esperam algum momento de distração, ou então se juntam em pontos diferentes e tentam parar os ônibus. O trabalho deles é tentar convencer os motoristas de outras empresas a aderirem. Nossa equipe está rodando, está atenta. Estou com um oficial supervisor com essa missão - completou.
Nas redes sociais, algumas pessoas reclamam que, nas poucas linhas que continuam funcionando regularmente, o valor da passagem aumentou de R$ 2,75 para R$ 3,50. A informação foi negada por funcionários de todas as empresas representadas no terminal. A Prefeitura foi questionada, mas ainda não se posicionou sobre a eventual mudança. A respeito da paralisação da Turisguá, houve confirmação por parte do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT). Uma reunião foi convocada ainda para esta segunda, com representantes do Consórcio União, da qual a São Salvador e a Turisguá fazem parte, e também das duas empresas.
- O IMTT já vinha tomando medidas administrativas cabíveis, como notificação e multa, direcionadas à empresa São Salvador, mas, assim que tomou ciência da paralisação de mais uma empresa, notificou, novamente, o consórcio responsável pelo serviço para retomada imediata das linhas. O IMTT informou ainda que uma equipe de fiscalização do órgão foi acionada, juntamente de equipes da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar, para atuar nas ruas e garantir a circulação de coletivos, assegurando as condições de trabalho às empresas que desejam trabalhar. É importante ressaltar que, segundo legislação, os consórcios devem manter 30% das frotas em circulação nas ruas da cidade para atendimento à população - diz a nota.
Um grupo de rodoviários também se dirigiu para a sede da Prefeitura de Campos. Nesta tarde, por volta das 14h, quatro funcionários da São Salvador e um representante do Sindicado dos Rodoviários foram recebidos pelo secretário municipal de Transparência e Controle, Felipe Quintanilha, na sede do Executivo. Na reunião, eles foram informados que, de imediato, a Prefeitura fará o reforço na fiscalização do transporte alternativo. Sobre a dívida, foi repassado que essa já está na Justiça e que ainda não há previsão de pagamento.
- O IMTT já vinha tomando medidas administrativas cabíveis, como notificação e multa, direcionadas à empresa São Salvador, mas, assim que tomou ciência da paralisação de mais uma empresa, notificou, novamente, o consórcio responsável pelo serviço para retomada imediata das linhas. O IMTT informou ainda que uma equipe de fiscalização do órgão foi acionada, juntamente de equipes da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar, para atuar nas ruas e garantir a circulação de coletivos, assegurando as condições de trabalho às empresas que desejam trabalhar. É importante ressaltar que, segundo legislação, os consórcios devem manter 30% das frotas em circulação nas ruas da cidade para atendimento à população - diz a nota.
Um grupo de rodoviários também se dirigiu para a sede da Prefeitura de Campos. Nesta tarde, por volta das 14h, quatro funcionários da São Salvador e um representante do Sindicado dos Rodoviários foram recebidos pelo secretário municipal de Transparência e Controle, Felipe Quintanilha, na sede do Executivo. Na reunião, eles foram informados que, de imediato, a Prefeitura fará o reforço na fiscalização do transporte alternativo. Sobre a dívida, foi repassado que essa já está na Justiça e que ainda não há previsão de pagamento.