Sepe confirma presença em ato unificado na frente da prefeitura
Todas as categorias, inclusive da Educação, rejeitaram o reajuste de 4,18% anunciado pelo atual governo.Servidores públicos de Campos estarão aderindo nesta segunda-feira (03/05) a uma paralisação das atividades por 24 horas. A paralisação foi decidida em assembleia geral extraordinária que aconteceu na última segunda-feira (29/04), no Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais (Siprosep). Todas as categorias, inclusive da Educação, rejeitaram o reajuste de 4,18% anunciado pelo atual governo.
Um ato unificado acontecerá a partir das 7h de amanhã na frente da sede da prefeitura, que também contará com a presença do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) Campos. De acordo com a coordenadora geral do Sepe Campos, Odisséia Pinto de Carvalho, a categoria reivindica reposição salarial de 18%, haja vista que o governo não concedeu aumento nos anos de 2017 e 2018.
“Também estamos reivindicando eleição de diretores, onde os servidores estatutários possam estar concorrendo; a regulamentação da carga horária de 40 para 30 horas dos auxiliares de secretaria e redistribuição da carga horária de 40 para 30 horas dos auxiliares de turma. Também estamos pleiteando o Plano de Carreira por formação e tempo de serviço, bem como melhores condições de trabalho, pois tem escolas dando choque nas paredes”, disse.
Odisséia informou que no próximo dia 15 já foi aprovada, a nível nacional, uma greve geral da educação contra a Nova Reforma da Previdência. Ela informou que haverá manifestação em local a confirmar em assembleia realizada na próxima quinta-feira (09/05). Apesar de o Sepe estar distribuindo cartilhas para os pais e responsáveis informando sobre a paralisação, ainda não se sabe se a Educação vai parar 100%.
Em nota divulgada recentemente, a prefeitura disse ter feito vários cálculos para apresentar a proposta de reajuste aos servidores, dentro da realidade econômica do município. De acordo com o governo, Campos possui uma folha de pagamento do funcionalismo de R$ 79 milhões, o que compromete 47% da arrecadação própria do município. Um reajuste superior ao que está sendo oferecido (4,18%, de acordo com IPC-A) ultrapassa o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Com o reajuste proposto pelo município, o impacto na folha de pagamento será de R$ 40 milhões, ao ano. Um reajuste de 15% causaria um impacto de R$ 150 milhões na folha de pagamento ao ano. O principal objetivo no momento é manter o pagamento do servidor em dia, como vem acontecendo graças ao planejamento realizado pela equipe econômica da prefeitura.
Fonte: Ururau