Página “Fato ou Boato” da Justiça Eleitoral começou a funcionar em outubro e reúne checagens de fake news
No dia 1º de outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou, em parceria com nove agências de checagem, o site “Fato ou Boato”, que tem como objetivo averiguar a veracidade de informações envolvendo o processo eleitoral brasileiro disseminadas por meio das redes sociais. A rede de checagem, que também conta com o apoio dos 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) brasileiros, integra o Programa de Enfrentamento à Desinformação com Foco nas Eleições 2020, criado pela Corte Eleitoral em agosto de 2019.
Para a secretária-geral da Presidência do TSE, Aline Osorio, a estratégia adotada pelo Tribunal é de combater as fake news com informações de qualidade, assegurando, assim, a livre expressão de ideias. “Nosso Programa de Enfrentamento à Desinformação foi muito pensado e feito de forma robusta, com grandes parcerias com as agências de checagem e com todas as plataformas. É um trabalho muito próximo a cada um dos nossos parceiros”, pontuou.
Quase 70 boatos desmentidos pelas agências
Em dois meses de atuação, 76 assuntos foram abordados na página, sendo 69 publicações referentes a conteúdos falsos espalhados na internet. Os sete temas restantes se dividem entre campanhas do TSE e notícias verdadeiras checadas pelas agências especializadas. Entre o dia 1º de outubro – data de lançamento da página – e 1º de dezembro de 2020, foram publicadas 246 checagens.
Em 15 de novembro, as agências fizeram 34 verificações de fatos referentes a oito fake news que circularam na web na data de realização do primeiro turno do pleito municipal. Já no dia 29 de novembro, quando foi realizado o segundo turno em 57 municípios brasileiros, foram 12 checagens atreladas a quatro temas principais.
Em 2020, a maioria dos boatos propagados nas redes questionou a segurança das urnas eletrônicas e a fidedignidade dos resultados das eleições, todos prontamente desmentidos pelas participantes da coalizão.
Fazem parte do projeto jornalistas da AFP Checamos, Agência Lupa, Aos Fatos, Boatos.org, E-farsas, Estadão Verifica, Fato ou Fake, Projeto Comprova e Uol Confere.
Fonte: TSE