ALDIR SALES E ARNALDO NETOFrederico Barbosa Lemos / Genilson Pessanha
Pré-candidato a deputado estadual, o ex-prefeito de São Francisco de Itabapoana Frederico Barbosa Lemos (SD) vê espaço para mais representatividade da região na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Marido da atual prefeita Francimara Barbosa Lemos (SD), ele diz que as mortes de Gil Vianna e João Peixoto pela Covid-19 deixaram uma lacuna na política local e enxerga um movimento natural da população pelo seu nome. Frederico destacou o trabalho da esposa em SFI, com a realização de obras importantes em parceria com o Governo do Estado e comentou a importância da união do Norte Fluminense para alavancar o desenvolvimento regional. O comunicador relatou, ainda, que seu pai, o também ex-prefeito Barbosa Lemos, terá papel importante em sua caminhada e revelou decepção com deputados eleitos com votos em São Francisco que não retornaram ao município após a eleição.
Vice-prefeito em período conturbado -
Isso foi no ano de 2008. Fui candidato a vice-prefeito, vencemos a eleição. Foi a maior votação da história do município, até hoje, e isso me enche de alegria, porque eu tenho oportunidade de ser o vice-prefeito mais novo de São Francisco de Itabapoana, a terra que o meu pai (Barbosa Lemos) emancipou. Isso, para a gente, é motivo de muito orgulho e alegria. Eu tive um aprendizado. A gente sabe que o vice-prefeito só trabalha se o prefeito deixar. Eu consegui exercer a minha função de vice-prefeito não da forma que eu gostaria. Chegou um determinado momento, com um ano e pouco de governo, em que a gente rompeu politicamente, eu e o Beto (Azevedo). Nunca deixamos de nos falar, Beto é uma pessoa do bem. E, naquele momento conturbado em que houve a cassação, eu assumi o município em um momento complicado. Era ano eleitoral, passando por um impeachment, e a gente assume uma cidade sem saber a real situação da máquina pública. Foi um desafio. Porém, ali eu consegui nortear um caminho brilhante. Eu agradeço muito a Deus por isso, e à minha família, a Francimara, principalmente, porque, no momento da dificuldade, a gente tem um esteio dentro de casa. E eu assumi o desafio, assumi a Prefeitura dia 19 de maio de 2012.
A partir daquele momento, surgiu um sentimento no coração de um grupo político de que a gente tinha que lançar uma candidatura naquele momento. Então, eu tive 40 dias aí como prefeito, no final de junho foi a convenção partidária. À época eu estava no PR, tive 90 dias de campanha eleitoral. Então, você imagina, assumindo um município da maneira em que assumi, você nortear a máquina pública, colocar a máquina para andar e ter uma campanha eleitoral, tudo ao mesmo tempo. Mas, eu tiro como a maior vitória que tive na minha vida, porque, naquele momento, com pouco tempo de prefeito e com pouco tempo de processo eleitoral, conquistei 12.840 votos. E foram realmente 12.840 amigos que saíram de casa para apertar o número da gente. Na política, muitas vezes, a gente não consegue entender o porquê, mas eu sabia que Deus tinha algo muito melhor para a minha vida. Eu falo isso sem medo de errar. Uma semana depois que eu perdi a eleição, a minha filha nasceu. Consegui terminar o mandato em meio a muitas dificuldades, mas a gente conseguiu seguir a nossa vida. Inclusive, eu não consegui desmembrar as contas do ex-prefeito. Naquele período de 2012, as contas vieram reprovadas. Se eu separo as minhas contas das do ex-prefeito, as minhas seriam aprovadas. Mas, infelizmente, eu não consegui. Infelizmente, tive minhas contas reprovadas junto com as dele. Acabei pagando um preço muito alto. Mas, mesmo assim, sabendo que Deus tinha algo muito melhor para minha vida.
Governo Francimara
– Eu falo com muita certeza no meu coração que São Francisco precisava de um de um gestor que tivesse o coração à frente da administração pública. E Francimara tem conseguido fazer isso com muita tranquilidade, muita naturalidade. Eu costumo dizer que o político que não consegue ter como meta cuidar da vida das pessoas, ele não vai adiante. E, além da competência que ela já provou que tem, a Francimara tem muita sensibilidade em querer cuidar. Tudo isso é fundamental. Falo isso porque tive a oportunidade de coordenar as duas campanhas vitoriosas dela, a primeira em 2016, elegemos dois vereadores, e na última foram 10 vereadores eleitos no palanque dela: quatro no Solidariedade, três no PSC e três no PSD. E eu estava dizendo, sem medo de errar: a Francimara tem muita sensibilidade, tem muita vontade de fazer a cidade crescer. Lógico que a gente vive um momento diferente, onde a cidade está crescendo, a cidade está se desenvolvendo. Ela conseguiu resolver duas grandes questões importantíssimas que toda cidade vive hoje no Brasil, e em São Francisco não é diferente: Saúde e Educação. Ela conseguiu tirar a Educação do último lugar no IDEB (no Rio de Janeiro) para 31º lugar, saltou 61 posições. Hoje, a gente vive uma Saúde diferenciada, onde o município consegue absorver 90% da demanda. Antes, era muito fácil botar um doente numa ambulância e trazer para o Ferreira Machado, em Campos. A parte ortopédica que a gente faz hoje no Into, no Rio de Janeiro, Além Paraíba também, e a parte cardiológica a gente faz em Bom Jesus e Itaperuna. Então, é você conseguir dar tranquilidade às pessoas e a certeza de que você pode chegar hoje no Hospital Municipal Manoel Carola, que você vai ser bem atendido. Está tudo 100%? Claro que não. Tem muita coisa ainda para acontecer. Mas, se for parar para analisar do início do governo da Francimara até hoje, é notório que a Saúde avançou e avançou muito. A gente tem muita alegria de falar isso.
Pré-candidatura a deputado estadual
– No primeiro momento, no final de 2020, a minha inelegibilidade terminou, no dia 31 de dezembro de 2020. E, com a reeleição de Francimara e com as ausências do Gil Vianna e do João Peixoto (vítimas da Covid-19), surgiu um sentimento no coração das pessoas em São Francisco de Itabapoana de que a gente pode eleger um deputado estadual do município. E começaram a falar o meu nome: “Frederico tem que ser candidato”. Naquele momento, eu recuei, falei que não era o momento, que não estava com essa pretensão, com vontade de retornar à política. Mas, a gente sabe: quando a gente bebe uma cachaça boa, dá vontade de beber da mesma cachaça de novo. E esse sentimento cresceu tanto no coração das pessoas, que eu falo isso com muita naturalidade.
O município de São Francisco hoje, muitas vezes, é enxergado por quem está lá na capital como o último município do estado. E o município precisa, sim, de um representante a nível de estado. Para se ter uma ideia, sem fazer juízo de valor dos deputados eleitos, quem teve voto lá na última eleição e foi eleito deputado estadual não retornou ao município mais. Nenhum retornou ao município. Foi um fator também que mostrou que a cidade merece ter um representante a nível estadual. E esse sentimento começou a crescer, começou a avançar. Hoje, dos 13 vereadores que foram eleitos em São Francisco, 12 caminham comigo nesse projeto dessa pré-candidatura a deputado estadual. E isso, para mim, é motivo de alegria, porque essa vontade... Quando a gente recebe uma missão, a gente tem que partir. E partir com gás e disposição. A partir disso tudo começou a crescer, refletir em Campos. Graças a Deus, hoje a gente tem muitos amigos aqui em Campos que abraçam a ideia da nossa pré-candidatura, e esse sentimento está crescendo cada vez mais no coração das pessoas. Tenho certeza de que eu posso representar a minha cidade a nível estadual, representar a minha região. Sou nascido e criado em Campos, tenho muitos amigos aqui, tem muitas pessoas que estão junto comigo nessa pré-candidatura. É a gente nortear. A região está carente de novas lideranças, a região está carente de novos deputados. Tem espaço para todo mundo, tem muita gente bacana aí, tem muita gente boa, e é por isso que a gente pede a oportunidade e agradece. Onde a gente chega, graças a Deus, as pessoas têm nos recebido muito bem e abraçado.
Pacificação da política em SFI
– Eu falo com muita naturalidade. Graças a Deus, a Francimara tem esse perfil também apaziguador. A gente precisa ter uma certeza na política. Francimara na eleição quebra o retrovisor, ela vai ser prefeita de todo mundo de novo. Esse sentimento está crescendo cada vez mais coração das pessoas, o jeito de a gente poder conversar, dialogar e mostrar. Eu falo muito isso. Esse projeto não é um projeto de Frederico, é um projeto para São Francisco de Itabapoana. E você observa, eu vou citar um exemplo: o Fauazi Cherene é parente de sangue de Pedrinho Cherene, de seu Pedro Cherene, e abraçou o nosso projeto com muita naturalidade. E eu vejo muitas pessoas que à época nunca votaram no meu pai, não votaram comigo, não votaram em Francimara, mas que veem o nosso projeto com viabilidade. Então, você unir o município, quebrar o retrovisor e mostrar para a população que é o momento de a gente eleger um deputado de São Francisco, é a certeza de que, se não houver essa união, a gente pode dar com os burros n’água. E eu agradeço muito à população da minha cidade, que, independente de que grupo político ela faz parte e que fez parte nas eleições municipais, o município está se unindo em torno de um projeto viável e um projeto para verdadeiramente a gente virar mais uma página para o crescimento de São Francisco. São Francisco tendo um deputado estadual para bater no peito e dizer que é de São Francisco, tenho certeza absoluta que essa cidade vai crescer cada vez mais.
Disputa pelo Governo do Estado
– Antes de mais nada, agradecer o olhar carinhoso que o governador Cláudio Castro está tendo com o interior do estado. Há muito tempo a gente não consegue ver um governador poder ajudar efetivamente, de forma prática, as cidades do interior. Falo especificamente de São Francisco. Hoje, nós temos lá algumas obras que foram contempladas pelo Governo do Estado. Hoje (quinta-feira) é dia 31 e o Governo do Estado vai estar licitando uma das obras mais esperadas do município, que é a drenagem de Santa Clara. Nós vivemos um problema de águas pluviais em Santa Clara. Chove meia hora, você cava um palmo e tem água. Isso em qualquer lugar em Santa Clara. E é um problema crônico de décadas. Francimara teve sensibilidade de fazer o projeto. O município não tem condição de arcar com o projeto, que é um projeto oneroso, mais de R$ 10 milhões, e o governador abraçou o projeto, vai licitar hoje, dia 31, e vai ser uma vitória muito grande para quem é morador de São Francisco de Itabapoana e tem esperado essa obra com tanto sentimento.
Eu sou meio São Tomé, só acredito vendo. Mas, o governador (está) com esse olhar carinhoso com a nossa cidade. Eu vou citar outra obra: a rotatória na chegada da cidade. A chegada da cidade de São Francisco vai totalmente ser remodelada, com 15 semáforos. Toda a logística para a rodoviária que eu terminei em 2012, quando estive prefeito naquele período, a gente vai poder efetivamente inaugurar a rodoviária, para que ela consiga fazer o seu papel útil para o município, para que a gente possa ver o trânsito da cidade um pouco mais organizado. Tem mais um projeto de R$ 5 milhões que a Francimara fez, para ampliação do Hospital Municipal Manoel Carola, que já está todo, 100% reformado. Vai ampliar o Hospital Municipal, vai abrir leitos de UTI, elevador, mudar toda a fachada. E tem também a expectativa de a gente retomar as obras da orla de Santa Clara, que é uma obra que está parada, salvo engano, desde 2015. Realmente, é um cartão postal. Você pegar a orla de Santa Clara é a mesma orla que está em Costazul, em Rio das Ostras. Então, resumindo, o político tem que ter lado, e eu já escolhi o meu lado. Eu vou ficar com o governador Cláudio Castro. Primeiro que, ao meu ver, ele tem a cara do interior. Em segundo, ele tem um carinho muito grande com a minha região Norte Fluminense. A gente tem que ser justo com quem é justo com todos nós. E político tem que escolher lado. A gente abraça e vai ficar com o governador Cláudio Castro.
Definição de partido – Quero até agradecer a alguns partidos que nos convidaram. Tive convite do PL; tive convite do PSD do Eduardo Paes, estivemos com ele lá no Rio, nos convidou para estar caminhando no PSD. Tive convite do Waguinho, do União Brasil. Mas, é o que eu falo: em política, a gente tem que ter lado. E a gente tem que ser justo com quem é justo. O deputado federal Áureo sempre foi um grande parceiro do município de São Francisco. E a Francimara, no último pleito, foi eleita pelo Solidariedade. O Áureo vem conversando conosco já há algum tempo, vem mostrando a viabilidade do partido, enfim. A gente, primeiro atendendo a um pedido de Francimara, e depois, claro, vendo a viabilidade que o nosso projeto venha dar certo também no Solidariedade. Então, a gente vai unir o útil ao agradável. Vou disputar, se Deus quiser, na convenção, se a gente puder disputar a eleição, no Solidariedade, onde eu me filiei com muito orgulho, com muito prazer. É um partido vencedor e é o partido da nossa prefeita Francimara.
Papel de Barbosa de Lemos na campanha
– Quem conhece a história do meu pai sabe que ele é vencedor. Venceu na profissão, venceu na política. Disputou três eleições de deputado, venceu as três. Foi emancipador de São Francisco, foi o primeiro prefeito de São Francisco de Itabapoana. Barbosa ainda atua no rádio, na Rádio Campos Difusora, com 71 anos de idade. Mas, com a juventude que ele tem e a quantidade de amigos que o Barbosa tem, não tenho dúvida de que ele vai acrescentar e muito ao nosso projeto. Já está acrescentando e muito ao nosso projeto de pré-candidatura a deputado estadual. Eu tenho a alegria de dizer que meu pai vai me ajudar muito, isso é importante. A família em primeiro lugar. E eu falo muito isso. Se a minha família não abraçasse esse projeto, eu não me colocaria como pré-candidato. Mas, graças a Deus, a família abraçou.
Desenvolvimento de SFI
– São Francisco de Itabapoana hoje ocupa um protagonismo muito grande na região Norte Fluminense. Se a gente for parar para analisar, São Francisco é o município mais jovem da região Norte. E eu falo sem medo de errar: São Francisco de Itabapoana é um dos municípios no estado do Rio que têm o maior potencial de crescimento. No ano de 2022, você conseguir dar Saúde de qualidade às pessoas, na Educação saltar 61 posições no Ideb, você trabalhar o agronegócio de verdade... São Francisco hoje é a capital do agronegócio do estado do Rio de Janeiro. No ano de 2020, nós somos o município que produziu R$ 305 milhões em produtos agrícolas no estado. Primeiro lugar. O terceiro maior município do estado do Rio de Janeiro que conseguiu alimentar o estado do Rio de Janeiro e o Brasil. E a gente vai observar os números agora do ano passado, 2021, e tenho certeza que vai ser muito maior. Quando Francimara norteia este segundo mandato dela para fazer agronegócio de verdade, é a certeza de que nós precisamos investir na mola mestra que vai reger a cidade. Hoje, nós podemos dizer com muita certeza. E, graças a Deus, nosso povo é um povo trabalhador. Você não vai encontrar um mendigo na rua, você não vai encontrar um pedinte. Nosso povo é da luta, é da garra. Eu tenho certeza absoluta que, do jeito que São Francisco de Itabapoana está crescendo, com um deputado estadual da região para abraçar a região e levar cada vez mais esse protagonismo de São Francisco para quem está lá na capital, em breve a gente vai poder dizer e bater no peito que São Francisco é a cidade que mais cresceu na região Norte.
Você observa, por exemplo, Campos hoje volta a ter a maravilha que são os royalties de petróleo que vivemos há pouco tempo. Campos hoje passa de R$ 2 bilhões em royalties do petróleo. Mas, Campos ainda tem 130 mil pessoas que estão vivendo abaixo da linha da pobreza. Isso não dá para acontecer. A gente torce muito para que o prefeito Wladimir Garotinho acerte, que cuide bem, cuide com carinho do nosso povo, mas a gente não pode mais viver uma realidade, em 2022, com uma cidade bilionária, voltando aos bons tempos de royalties de petróleo, ter ainda 130 mil pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. O comércio da rua João Pessoa está fechado. Eu vivi o tempo áureo de Campos. Enquanto trabalhava na Rádio Campo Difusora, eu vivi o Centro da cidade com muita intensidade, eu vivi o dia a dia. Hoje, a gente chega no Centro da cidade, a quantidade de lojas que estão fechadas... Está faltando alguma coisa. Não cabe a mim fazer juízo de valor de quem quer que seja, mas, definitivamente, se a região Norte Fluminense não der as mãos... Pois só assim, quando a gente der as mãos, nós vamos ver a nossa região sendo espelho de novo para o estado do Rio de Janeiro.
Candidaturas da região
– A gente, quando fala de política, é um assunto tão chato, a gente está tão saturado de ouvir conversa fiada de política... Você observa: na última eleição em Campos, 109 mil eleitores não foram à urna votar. Aí você pergunta: “Por que, Frederico?” Falta de opção. A gente vai viver um pleito diferente, que é a nível estadual, e eu costumo dizer que o título de eleitor é a maior arma do cidadão contra o político preguiçoso, contra o político corrupto, contra aquele que não volta aqui mais ao nosso município, contra aquele que só vem buscar o voto e vai embora. Nós temos inúmeros exemplos de candidatos da capital que vieram para o interior somente para buscar o voto e que não retornaram mais aqui. Eu vou citar de novo São Francisco de Itabapoana. Todos, sem exceção, que se elegeram na última eleição com o voto de São Francisco, salvo engano Gil e o João Peixoto, que Papai do Céu levou pela Covid, nenhum deputado retornou mais a São Francisco.
E Campos também não vive isso de maneira diferente, não. Mas, se a gente parar para analisar o político da capital, é muito mais fácil ele ampliar o capital político dele lá na capital, que tem milhões de votos. São Francisco Itabapoana tem 37 mil eleitores. Então, o cara vem aqui para apanhar inteira. Mas, até mesmo essa inteira faz falta para que a gente possa ter representantes realmente que moram aqui. Eu moro em Guaxindiba. Tem deputados que moram em Campos. Agora, você vai admitir um deputado que vem lá do Rio de Janeiro, da capital, para vir aqui pegar o voto e ir embora de novo? Nós já vivemos isso em diversas eleições passadas. O eleitor precisa se conscientizar. E eu torno a dizer isso: tem muita gente boa aqui na região que merece oportunidade. E é por isso que eu estou colocando meu nome à disposição. Eu quero também fazer parte disso. Eu moro em São Francisco, mas sou natural de Campos, estudei minha vida toda, trabalhei, venci na minha profissão em Campos. Me formei em Campos, tenho inúmeros amigos, tenho residência ainda em Campos. Então, por isso que estou me colocando à disposição, porque a gente tem muita coisa boa para fazer. Tem muita coisa boa que acontece em São Francisco que a gente precisa trazer para outras cidades. Por isso, eu torno a dizer: a união do Norte Fluminense vai fazer de novo o Norte ser espelho para o estado do Rio de Janeiro.
Wladimir Garotinho x Rodrigo Bacellar
– O Rodrigo é meu amigo de infância, estudamos juntos, tenho uma boa relação com ele. Torço muito pelo crescimento dele, porque o Rodrigo crescendo, a gente vai crescer junto aqui no interior, os nossos municípios vão crescer junto. O Wladimir também é um grande amigo. Na última eleição em que ele disputou para deputado federal, ele foi o segundo deputado federal mais votado em São Francisco de Itabapoana, teve o apoio nosso. O Bruno Dauaire foi deputado com 1.800 votos também em São Francisco de Itabapoana, foi muito bem votado. O Wladimir correspondeu à expectativa da gente enquanto deputado federal, enviou algumas emendas para lá, sempre nos deu atenção. O Bruno, infelizmente, nunca mais retornou a São Francisco, não atende telefone, mas não cabe a mim fazer juízo de valores. Ele deve saber muito bem o que está fazendo. Mas, quando eu falo que política tem que ter lado, em Campos hoje tem dois grupos que estão brigando, e a gente observa que quem está perdendo com isso é o cidadão de Campos. Não cabe a mim fazer juízo de valor, porque quem é vereador, sabe, eu respeito todos eles, todos são meus amigos. A gente não pode fazer juízo de valor das atitudes que eles estão tomando hoje, mas a gente precisa dizer isso: essa briga hoje que acontece em Campos, a gente não pode deixar o cidadão perder. Se o cidadão perder, a gente está retrocedendo, e Campos precisa continuar no caminho do progresso, mas principalmente num caminho de paz. A gente precisa de paz, porque só assim nós vamos crescer junto.
Relação de paz com a Câmara
– Graças a Deus, a política de São Francisco hoje é uma política de paz. Dos 13 vereadores, 12 caminham com a Francimara. Os poderes são independentes, porém harmônicos. Francimara sempre diz muito isso também. Não há essa vontade da Câmara hoje de se fazer eleição, não é o momento para se fazer isso. A gente tem muito é que agradecer aos vereadores da minha cidade. Essa união se deu graças ao jeito da Francimara poder lidar com as pessoas. Francimara é muito verdadeira. E a Francimara consegue ser muito amiga. Muitas vezes, na política, a gente conquista o político de momento. Mas a Francimara tem conseguido, e com muita certeza eu falo isso: todos os vereadores hoje de São Francisco do Itabapoana ultrapassaram o limite da política, hoje são amigos da Francimara. Consequentemente, todos eles são meus amigos. Então, não é a toa que estão os 12 me apoiando no nosso projeto da pré-candidatura. São Francisco, graças a Deus, vive um momento de paz, de união e de um pensamento só: o município crescer e ir para o rumo do progresso, porque é isso que a gente precisa.
Sentimento de representatividade da população – É justamente por isso que eu coloquei o meu nome à disposição. Esse sentimento e essa vontade crescem cada dia mais no coração das pessoas da minha cidade. E eu não vou ser injusto. Se o João e o Gil estivessem junto de nós, eu não teria qualquer pretensão para lançar uma pré-candidatura. Eu falo isso primeiro porque o sentimento que cresceu no coração das pessoas... Muita gente que nunca votou na minha família hoje abraça o meu projeto, e isso me dá cada vez mais certeza de que há essa necessidade de ter um deputado de São Francisco de Itabapoana que vai cuidar da cidade com carinho, mas também vai trabalhar pela região. Isso me dá certeza de que eu estou no caminho certo.
Disputa pelo Planalto
– A gente observa que nessa eleição também vai ser Vasco x Flamengo, Fluminense x Flamengo. E essa polarização é natural entre Lula e Bolsonaro. A não ser que surja uma terceira via, que a gente já viu há algum tempo, como um Fernando Collor de Mello, aparecer com 3% e ganhar uma eleição, eu acho muito difícil de se cristalizar uma terceira via no Brasil. Essa polarização é natural: tem um apaixonado em Bolsonaro, tem um apaixonado em Lula. Eu ainda não me decidi. Mas, lá na frente a gente vai se decidir, porque a gente tem obrigação e a certeza de que a gente tem que ir à urna para escolher o futuro que é meu, é seu e dos nossos filhos.
Fonte:Fmanhã