Procedimento aconteceu no Hospital Ferreira Machado; família de mulher de 40 anos, vítima de acidente de moto, permitiu doação
Captação de órgãos no HFM – Foto: Silvana Rust
No Hospital Ferreira Machado, em Campos dos Goytacazes, foi realizada mais uma captação de órgãos para serem transplantados em pacientes que estão na fila de espera. A equipe do Programa Estadual de Transplantes (Pet) foi acionada do Rio de Janeiro na noite de quinta-feira (30) para fazer os procedimentos. A doadora é uma mulher, vítima de acidente de motocicleta. Ela teve traumatismo craniano, e, após constatada morte encefálica, sua família permitiu a captação. Por questões clínicas, apenas o fígado foi aproveitado e destinado para transplante.
” A autorização para doação partiu da filha e do irmão da doadora. Apesar da triste situação que envolveu a morte da vítima, eles quiseram ajudar pessoas que precisam de um transplante para terem melhor condição de vida. Foram dois procedimentos para retirada de órgãos no mês junho, em Campos”, explica o psicólogo Luis Cosmelli, integrante da equipe do NF Transplantes.
Psicólogo Luiz Antônio Cosmelli
De acordo com especialistas, o número de captação de órgãos em todo o Brasil diminuiu nos últimos dois anos, em função da pandemia de Covid-19:
“Percebemos que as famílias têm voltado a se interessar a autorizar a doação de órgãos de seus entes que falecem. O trabalho da imprensa e da mídia também é importante nessa divulgação, pois isso sensibiliza as pessoas para ajudarem a quem está na fila, à espera por um transplante. Esta doadora tinha 40 anos, teve a vida abreviada de forma trágica, infelizmente. Porém, sua família se sensibilizou e permitiu a captação de órgãos”, disse Cosmelli.
Em 2022, seis captações de órgãos foram realizadas pelo Programa Estadual de Transplantes, em Campos dos Goytacazes, no HFM. Córneas, fígados, peles, rins, tendões e ossos puderam ser aproveitados em pacientes de todo o país, graças às doações autorizadas por campistas.”É um gesto de solidariedade e humanidade que ajuda a salvar vidas”, conclui o psicólogo.
Fonte:Terceira Via