terça-feira, 26 de março de 2024

Audiência de retotalização dos votos do PSL, DEM e PSC é marcada para o dia 4 de abril

MÁRIO SÉRGIO JUNIOR 
Justiça Eleitoral / Folha da Manhã

O juiz da 76ª Zona Eleitoral de Campos, Leonardo Cajueiro D'Azevedo, marcou para o dia 4 de abril, às 14h, a nova totalização dos votos obtidos pelo PSL, DEM e PSC nas eleições municipais de 2020. A recontagem dos votos foi determinada pela ministra Isabel Gallotti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que acatou um recurso na Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (Aime) sobre fraude relacionada à cota de gênero e cassou o mandato dos vereadores Maicon Cruz (sem partido), Pastor Marcos Elias (PSC), Marcione da Farmácia (União), Rogério Matoso (União), Bruno Vianna (PSD) e Nildo Cardoso (União).
"O procedimento de retotalização segue o determinado pela Resolução TSE nº 23.611/19. Com até dois dias de antecedência da data designada para o procedimento, o cartório eleitoral publicará edital no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) convocando representantes do Ministério Público e da OAB, além de fiscais e delegados dos partidos políticos para acompanhar a operação", informou o Tribunal Regional Eleitoral, em nota.

O juiz Leonardo Cajueiro também determinou, em decisão proferida nesta segunda-feira (25), o cancelamento dos diplomas anteriormente entregues aos candidados eleitos pelo PSC, DEM e PSL, e a expedição de diploma para os novos eleitos, conforme novo resultado da eleição. Após o resultado da retotalização dos votos, a Câmara de Vereadores será comunicada para efetivar a posse dos novos parlamentares.
Com o novo cálculo eleitoral, devem assumir uma cadeira na Câmara Jorginho Virgílio (DC), Álvaro César (PRTB), Beto Abençoado (SD), Fabinho Almeida (PSB), André Oliveira (Avante) e Tony da Saúde (Cidadania).
Na decisão, a ministra Isabel Gallotti ressaltou: “Em face do exposto, dou provimento em parte aos recursos especiais apenas para julgar procedente o pedido formulado na Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (Aime) e, por conseguinte: a) decretar a nulidade dos votos recebidos pelo Partido Social Cristão (PSC), pelo Democratas (DEM) e pelo Partido Social Liberal (PSL) no Município de Campos dos Goytacazes/RJ para o cargo de vereador nas Eleições 2020; e b) cassar os respectivos Demonstrativos de Regularidade de Atos Partidários (DRAPs) e os diplomas dos candidatos a eles vinculados, com recálculo dos quocientes eleitoral e partidário".

A ação também pedia a cassação dos mandatos dos eleitos pelo PL e Avante, porém não houve decisão favorável ao pedido.

A denúncia trata sobre mulheres terem sido usadas em candidaturas “laranjas”, em Campos, por partidos como DEM e PSL. Os políticos chegaram a ser absolvidos em primeira instância, na 76ª Zona Eleitoral de Campos, pela mesma denúncia, que pedia o afastamento de vereadores, e também no Tribunal Regional Eleitoral, em segunda instância, cujo julgamento foi realizado em julho de 2023.
Fonte:Fmanhã


Aulas nas escolas municipais afetadas pelas chuvas estão suspensas até quarta-feira

Secretaria de Educação / César Ferreira / Prefeitura de Campos

A Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia de Campos suspendeu as aulas de segunda-feira a quarta-feira, 25, 26 e 27 de março de 2024, de forma emergencial e exclusiva, nas unidades escolares impactadas pelas chuvas intensas dos últimos dias. A decisão foi publicada na edição suplementar do Diário Oficial do município desta segunda-feira (25), por meio da portaria 28/2024. A lista das escolas ainda não foi divulgada.

De acordo com o secretário de Educação, Marcelo Feres, os gestores dessas unidades deverão elaborar relatório evidenciando as condições humanas, físicas e materiais que dificultem ou impeçam o funcionamento regular e registrar, quando houver, danos materiais, documentais e estruturais, encaminhando à Seduct para ciência e providências cabíveis.

O planejamento e o cumprimento dos dias letivos também foram flexibilizados nos próximos 30 dias nessas unidades, de acordo com a necessidade específica de cada creche ou escola.

“As aulas deverão ser repostas e planejadas previamente em conjunto com a Diretoria de Supervisão Escolar, para que os alunos não fiquem prejudicados na parte pedagógica”, orientou o secretário.

A medida tem por base o Decreto Municipal n° 66/2024, que criou o gabinete Municipal de Gerenciamento de Crises, para a adoção de medidas, visando a avaliação e o enfrentamento de possíveis desastres causados pelas chuvas intensas.

A Cidade da Criança Zilda Arns e a Escola de Aprendizagem Inclusiva também permanecerão fechadas até quarta-feira(27).

Fonte: Secom Campos

segunda-feira, 25 de março de 2024

Mais proteção à mulher: SFI marca presença na inauguração da Sala Lilás, no 8º BPM/Campos

São Francisco de Itabapoana (SFI) esteve presente na inauguração da Sala Lilás, da Patrulha Maria da Penha, instalada no 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM-Campos). A solenidade com direito a um coquetel, aconteceu nesta sexta-feira (22), e contou com a presença de diversas autoridades militares, do Executivo, Legislativo e da sociedade civil, além de representantes de departamentos que compõem a rede de atendimento à mulher.

A Sala Lilás, preparada para o acolhimento e acompanhamento de mulheres vítimas de violência na área de abrangência do batalhão (além de Campos, SFI, São João da Barra e São Fidélis), foi inaugurada pelo comandante do 8º BPM, tenente-coronel Ricardo Alexandre Cruz, e pela coordenadora do programa Patrulha Maria da Penha, tenente-coronel Cláudia Moraes.


A comandante da Ronda Maria da Penha de SFI, a guarda civil municipal (GCM) Roberta Panisset, que esteve na solenidade acompanhada dos integrantes do projeto GCM Fróes e GCM Dias, destacou a importância da Sala Lilás.

“É muito mais que um espaço físico, é um espaço criado para prestar atendimento especializado e humanizado às mulheres vítimas de violência, projetado para que as mulheres possam se sentir acolhidas, seguras e à vontade para falar sobre elas e terem a consciência de que ali estão protegidas, garantindo assim os seus direitos”, revelou Panisset.


Também estiveram presentes ao evento por SFI a chefe de Gabinete da prefeita Francimara Barbosa Lemos, Francilea Azeredo; o secretário de Segurança, Ordem Pública e Defesa Civil (Sesep), subtenente Edson Brito; o coordenador do Ciosp (Coordenadoria de Integração de Operações e Segurança Pública), 1° sargento Rodrigo Linhares; e a gerente de Proteção Social Especial de Alta e Média Complexidade da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Humano, Eliana Cunha.

A tenente-coronel Cláudia Moraes ressaltou que “a Sala Lilás é especialmente preparada para o acolhimento, climatizada e com espaço com brinquedoteca para casos em que a mãe precise distrair o filho criança, que muitas vezes, testemunha a violência”.
AsCom

Carta da Indústria da Firjan: empresas começam a se organizar para implantar parque eólico offshore no Norte Fluminense

Expectativa é que até o início de 2025 comecem os leilões de área e implantação das eólicas offshore, e o Porto do Açu indicou uma área de 5 km² a 12 km da costa para a implantação do projeto piloto
Bons ventos refrescam o panorama energético brasileiro que vem do mar, como mostra reportagem especial da Carta da Indústria da Firjan. Lançado em meados de 2023, o Projeto-Piloto Eólica Offshore, liderado pela Secretaria de Energia e Economia do Mar do governo do estado do Rio, tem como objetivo criar um ambiente facilitador para desenvolvimento de projetos e contribuir para viabilizar a implantação de eólicas offshore na região Norte do estado. A expectativa é que até o início de 2025 comecem os leilões de área e implantação das eólicas offshore, e o Porto do Açu indicou uma área de 5 km² a 12 km da costa para a implantação do projeto piloto.

A iniciativa do Governo do Estado já atraiu mais de 60 empresas e instituições de diferentes segmentos, como óleo e gás, logística portuária e energia, com interesse em participar desse novo mercado no Rio, que apresenta potencial de geração de 24 GW, sem considerar áreas em licenciamento que hoje estão sobrepostas, e mais de 500 mil postos de trabalho ao longo da implementação desses projetos. Em paralelo, está em tramitação no Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 11.247/18, que trata da regulamentação da instalação de parques marítimos, com torres de 120 metros de altura, que captarão a energia cinética das correntes de ar para transformá-las em energia elétrica limpa e renovável.

Toda essa movimentação é acompanhada de perto pela Firjan, que participa das ações em torno do desenvolvimento desse novo mercado no estado do Rio – que concentra suas oportunidades na região Norte Fluminense, auxiliando conectar interessados em investir no avanço de energia limpa e na descarbonização das empresas de petróleo e gás. A concretização dos investimentos impulsionará crescimento econômico local, com a chegada de novas indústrias e abertura de postos de trabalho, o que demandará capacitações para as quais a federação está atenta, de modo que as riquezas geradas permaneçam na região, salienta Francisco Roberto de Siqueira, presidente da Firjan Norte Fluminense.

“A expectativa é que outras indústrias sejam atraídas, tanto na produção de equipamentos para esse fim quanto no desenvolvimento de outros mercados, como o de hidrogênio. A previsão de investimentos em eólica se soma a uma gama de projetos de energia renovável, também localizados na região Norte Fluminense, preparando o estado do Rio e o Brasil para a transição energética a partir da integração de diversas soluções. E isso numa realidade em que já temos um ecossistema de óleo e gás consolidado na região, como em poucos lugares no país”, ressalta Siqueira.

Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da federação, conta que, no âmbito do projeto-piloto, a Firjan está envolvida em subgrupos de regulação, licenciamento, financiamento e capacitação do projeto, visando alcançar o melhor resultado para o desenvolvimento da indústria fluminense. “Damos apoio a aspectos fundamentais para o aumento dos negócios, estabelecendo relações estreitas com todos os stakeholders envolvidos, que representam desde associações empresariais, órgãos do poder público e governos de países até grandes empresas dos mercados de petróleo, gás, naval e eletricidade”, conta.

Karine lembra que o estado já tem mão de obra altamente qualificada na cadeia produtiva de energia e naval, o que o torna atraente para investimentos nesse campo. A necessidade de empresas, incluindo as de serviços, logística e para atender ao aumento de circulação local, pode gerar mais de 500 mil postos de trabalho ao longo da implementação e operação dos projetos, de acordo com cálculos da federação, a partir de dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Esse panorama exigirá soluções de capacitação e desenvolvimento profissional para atendimento a esse mercado.

Açu em destaque
Uma vez sancionada a legislação federal, a expectativa é que até o fim deste ano ou no início de 2025 comecem os leilões de área e implantação das eólicas offshore, prevê Mauro Andrade, diretor-executivo de Desenvolvimento de Negócios da Prumo Logística, responsável pela operação do Porto do Açu. A pedido do governo estadual, o Porto do Açu indicou uma área de 5 km2, a 12 km da costa brasileira, para a implantação do projeto piloto eólico, em águas de até 25 metros de profundidade.

“Como estrutura portuária, apontamos um polígono no mar que não fosse muito distante da costa, que pudesse abrigar o projeto-piloto, sem atrapalhar os canais de navegação, e que estaria apto a receber o projeto do ponto de vista ambiental. Mas a palavra final será do Instituto Estadual de Ambiente (Inea). É um local relativamente raso, a 25 metros da lâmina d´água, o que facilita a instalação”, explica Andrade.

Beneficiado pela proximidade do futuro parque, o Porto do Açu deverá concentrar a logística das operações. “Temos uma grande vantagem competitiva, porque o porto abriga duas termoelétricas de gás natural, com linhas de transmissão de energia, uma de 345 megawatt (MW), a outra com 500 MW. Já está pronta a estrutura para levar energia até a subestação na costa. Atualmente, há uma capacidade ociosa de aproximadamente 1 Gigawatt, que podemos receber dos parques eólicos e fazer fluir sem maiores intervenções, atualizações ou adaptações do sistema”, acrescenta Andrade.


Projetos de longo prazo
As torres de 120 metros de altura fincadas sobre o mar no litoral Norte fluminense só devem começar a operar a toda carga em 2032, calcula Mauro Andrade. “O projeto-piloto deve levar de três a quatro anos para sair do papel. E os projetos de capital podem começar a funcionar lá para 2032, se tivermos um leilão de cessão de área ao fim deste ano. Para desenvolver projetos de maior envergadura são necessários de seis a sete anos”, diz o diretor da Prumo Logística, que elogia a visão do governo estadual em lançar o projeto-piloto: “Esse é um segmento que não existe no Brasil, e o governo do Rio teve uma boa iniciativa ao entender que precisava fomentar essa atividade para diminuir os riscos operacionais”.

Hugo Leal, secretário estadual de Energia e Economia do Mar, acredita que os 40 anos de exploração offshore de petróleo e gás na costa fluminense colocaram o Rio de Janeiro na dianteira para atrair investimentos nesse campo. Além do menor custo em transmissão de energia, o estado já conta com muitas empresas de energia, entre elas a Petrobras, e centros de pesquisa de excelência.

“Nosso estado tem potencial para se transformar em um hub de geração eólica offshore, atraindo fabricantes para se instalarem no Rio de Janeiro e atendendo demandas internas do segmento nas regiões Nordeste e Sul e do mercado internacional”, afirma Leal.

Na coordenação do projeto-piloto do parque eólico offshore, a Secretaria de Energia e Economia do Mar iniciou, em janeiro, o processo de licenciamento prévio das operações, protocolando no Ibama a Ficha de Caracterização de Atividades, além de pedir a certidão de disponibilidade de espelho d’água à Superintendência de Patrimônio da União. Enquanto aguarda a apreciação do PL 11.247/18 pelo Senado, a Secretaria tem conversado com o governo federal sobre o licenciamento do projeto-piloto. Com esse documento, será requisitada a cessão para o estado do Rio do polígono onde será instalado o projeto-piloto, informa Leal.

“O projeto-piloto tem como objetivo testar a viabilidade da implantação de eólicas offshore no estado e contempla a avaliação de variáveis como o desempenho das turbinas, a interface com a fauna e a flora marinha e comunidades pesqueiras, a medição dos ventos e a geração de energia. Foram formados sete grupos temáticos, com representantes da Secretaria e das empresas interessadas, para tratar dos aspectos jurídicos, de licenciamento, regulação, financiamento, tecnologia, capacitação de fornecedores e institucional. A experiência na produção de petróleo em ambiente offshore é um dos principais fatores competitivos do estado do Rio. Essa sinergia é representada pela cadeia de suprimentos madura, pela mão de obra capacitada, além da enorme quantidade de dados e informações referentes ao solo marinho e ao regime de ventos”, diz Leal.

Hidrogênio de baixo carbono
Um dos atrativos que o parque eólico pode vir a oferecer é a conexão com a produção de hidrogênio verde, ou de baixo carbono, contribuindo para o processo de descarbonização da economia, como foi mencionado pelo secretário Hugo Leal, na primeira reunião de divulgação do projeto, em julho de 2023. Na época, Leal comentou que, com a implantação de eólicas offshore, seria dado um passo para a produção de hidrogênio de baixo carbono.

“A geração eólica será mais uma fonte de energia renovável que se integrará à matriz energética, contribuindo para a sua diversificação, para o aumento da segurança energética e para a descarbonização da economia do nosso estado”, afirma Leal.

Mauro Andrade também vê a geração eólica como uma fonte renovável que o país se destaca por ter uma matriz de energia “que já é muito limpa”: “A matriz elétrica do Brasil é 90% renovável. Hidrogênio verde é um eletrointensivo. Se conseguirmos fazer do Brasil um produtor relevante no cenário mundial de hidrogênio verde, as eólicas offshore vão ajudar no fornecimento dessa energia”, pontua Andrade.

Para Karine Fragoso, a produção de hidrogênio verde atende a uma demanda dos consumidores, que cada vez mais exigem produtos com menores teores de carbono. “A produção de óleo e gás brasileira já apresenta níveis, nas emissões de CO₂, que são menores em relação à média mundial. Um dos modelos que vem sendo estudados é a eletrificação das plataformas a partir da geração de energia renovável, através da eólica offshore, reforçaríamos esse nosso diferencial competitivo, reduzindo ainda mais a pegada de carbono de nosso petróleo, além de elevar nossa posição a um patamar mais atraente no mercado internacional”, completa Karine.
Fonte:Firjan


Padre Fábio de Melo na festa de Nossa Senhora da Penha em Atafona

Padre Fábio de Melo / Foto: Divulgação
A praia de Atafona, em São João da Barra, celebra neste ano, de 31 de março a 8 de abril, Nossa Senhora da Penha, copadroeira do município. Além da extensa programação religiosa — que tem entre os pontos altos as missas e as tradicionais procissões fluvial e terrestre —, o evento conta com uma grade de atrações esportivas, culturais e recreativas, com o apoio da Prefeitura. A Secretaria de Turismo e Lazer divulgou, nesta sexta-feira (22), os principais shows da festa e também as atrações musicais regionais. Cover de Marília Mendonça, Lorena Alexandre se apresenta na sexta-feira, 5 de abril. No sábado, 6, será a vez da Banda Djavú. O padre Fábio de Melo volta a Atafona para encerrar a festa de Nossa Senhora da Penha, na segunda-feira, 8 de abril.

Com o tema “Virgem da Penha, Mãe da Praia de Atafona, o vosso olhar de misericórdia a nós volvei”, a festa faz parte do Circuito Religioso de São João da Barra. A tradicional procissão terrestre, no dia 8 de abril, às 17h, é considerada patrimônio cultural imaterial do Estado do Rio de Janeiro.

A festa de Nossa Senhora da Penha conta, ainda, com uma programação esportiva que inclui provas de corrida rústica, sob a organização da Secretaria Municipal de Esportes, além de torneios de futebol. Na tradicional programação recreativa, com apoio do comércio e moradores locais, competições como “quem é o anjo?”, guerra de cotonetes, touro mecânico, pega do pato no Paraíba, luta sobre o cavalete, concurso de tarrafa, cabo de guerra e pau de sebo.
Fonte: Secom Campos

Corpo de Bombeiros atua em diversas ocorrências devido à chuva no Norte e Noroeste do estado

Atuação do Corpo de Bombeiros / Reprodução de vídeo
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro já resgatou mais de 100 pessoas com vida de ocorrências envolvendo deslizamentos, desabamentos, inundações e alagamentos provocados pelas chuvas, em todo o estado, desde a última quinta-feira (21).
Os bombeiros militares foram acionados para diversas ocorrências relacionadas às fortes precipitações que atingem o território fluminense. Na região Norte e Noroeste do estado, os locais mais afetados foram Bom Jesus do Itabapoana e o distrito de Santo Eduardo, que pertence a Campos e fica a cerca de 70 km da sede do município. Em torno de 250 bombeiros estão de prontidão atuando somente nessas duas regiões.

As equipes de bombeiros foram direcionados dos quartéis sediados nos municípios do Norte e Noroeste do estado para atuarem nos locais afetados pelas inundações. Em Bom Jesus, cerca de 90 pessoas precisaram ser resgatadas de locais onde estavam ilhadas. Já no distrito de Santo Eduardo, onde a água subiu mais de dois metros em alguns pontos, as equipes da corporação retiraram em torno de 20 pessoas de locais de risco e as colocaram em áreas seguras.
As equipes permanecem de prontidão nos quartéis para atuação em qualquer necessidade da população que esteja em situação de risco. Os chamados de emergência para incêndios e outros tipos de acidentes também estão sendo atendidos normalmente e a corporação deve ser acionada pelo telefone 193.
“A secretaria de Estado de Defesa Civil (Sedec-RJ) segue alerta, mobilizada 24 horas por dia, para prevenir desastres. Equipes de meteorologistas, geólogos e hidrólogos do Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) acompanham as condições climáticas e os níveis pluviométricos em todo o território, emitindo alertas de risco quando necessário”.
A Defesa Civil Estadual abastece as Prefeituras com previsões do tempo, avisos sobre os níveis de severidade meteorológica, os acumulados de chuvas e os panoramas de perigo hidrológico e geológico. Os agentes ainda orientam os gestores públicos quanto ao envio de avisos (SMS) para a população, em casos de chuvas fortes/persistentes, rajadas de ventos e raios, e também quanto ao acionamento das sirenes localizadas em áreas de risco, em caso de ameaças de deslizamentos de terra.
A Sedec-RJ também mantém contato frequente com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e com o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD) para compartilhamento de dados e recomendações sobre as condições meteorológicas do Estado.
Fonte: Governo do Estado RJ

Campos tem pontos de doação para as vítimas da chuva

ÉDER SOUZA 
Distrito de Santo Eduardo foi o mais afetado / Foto: César Ferreira/ Secom Campos
Com a situação em que se encontram algumas cidades das regiões Norte e Noroeste Fluminense, que foram atingidas pelo forte temporal entre a madrugada desta sexta-feira (22) e a manhã deste sábado (23), a solidariedade surge para ajudar as pessoas vítimas da chuva. Em Campos, pelo menos cinco pontos de apoio e entrega de doação foram montados, sendo o auditório da prefeitura, a Câmara de Vereadores, a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), a Apoe e o IFF. As doações podem ser de roupas, água mineral, alimentos não perecíveis, materiais de limpeza e de higiene.

Na Uenf, a entrega deve ser feita no Centro de Convenções, das 08h às 18h. No local, doações de água mineral não estão sendo aceitas.

Na sede da Prefeitura de Campos, a doação pode ser de gêneros alimentícios, roupas, colchonetes, toalhas de banho, roupas de cama e água potável. O ponto de recolhimento fica no auditório.

A Câmara de Vereadores de Campos também abriu as portas para a solidariedade. O local receberá doações de roupas, água, alimentos não perecíveis e material de limpeza e higiene a partir deste domingo (24), das 08h às 17h.
Além desses locais, a Associação de Proteção e Orientação aos Excepcionais (Apoe) de Campos informou que estará recebendo materiais para as vítimas das enchentes. De acordo com a diretora da instituição, Pryscila Marins, as doações serão encaminhadas à prefeitura para que ela faça a destinação. A Apoe fica na rua Domingos Viana, 85, no Parque Turf Club.
O Instituto Federal Fluminense também abriu as suas portas para as doações. A entrega pode ser realizada no campus Centro.

Paróquias recebem doação para vítimas do temporal em Campos e em Bom Jesus do Itabapoana
A Diocese de Campos anunciou que paróquias e cáritas diocesana recebem doações para vítimas do temporal em Campos e Bom Jesus do Itabapoana. A Casa de Missão Bom Samaritano vai permanecer neste sábado (23) e domingo (24) com as portas abertas para receber doações de roupas, água e alimentos para serem encaminhados para as vítimas do temporal nos municípios de Campos e Bom Jesus do Itabapoana.

“Queridos irmãos diocesanos que estão em localidades em que a chuva, alagamentos, falta de luz, água e também o isolamento trazem uma realidade de sofrimento e ameaça. Quero dizer que estamos rezando, intercedendo e na medida do possível em busca de ações para ajudar a aliviar e socorrer. De alguma forma estamos vivendo a paixão de Cristo nestas situações. O fundamental é unir-se a Ele”, mencionou Dom Roberto.

O município de Bom Jesus do Itabapoana está isolado, sem ponto de acesso, com a interdição da RJ 230 e da BR 356. A Igreja Matriz Senhor Bom Jesus está ilhada, devido ao grande volume de água, que impossibilita o acesso às pessoas. Já na Paróquia São José, no bairro Lia Márcia, a água invadiu o ginásio onde acontecem as celebrações. No distrito de Carabuçu, a Diocese de Campos acompanha a situação das famílias e do Pe. Edison Domingues, que teve a casa invadida pelas águas e perdeu todos os móveis. “Nasci em Bom Jesus e nunca vi um volume de água tão grande. A Paróquia vai receber donativos para as famílias que estão sendo atendidas. Nós vamos auxiliar o poder público no que for necessário para que as famílias de nossa cidade sejam acolhidas neste momento”, disse o pároco da Igreja Senhor Bom Jesus, Pe. Rogério Cabral.


Fotos: Divulgação

O distrito de Santo Eduardo, na zona norte do município de Campos, foi um dos mais atingidos pelo temporal. Várias ruas foram inundadas, em algumas o volume de água atingiu o telhado de residências. Os fiéis da Paróquia Santa Maria começaram a arrecadação de alimentos para as vítimas. “Estamos aqui na Paróquia Santa Maria acompanhando de perto, com várias pessoas desabrigadas. Queremos mobilizar todas as comunidades a atender a essas famílias. Vamos iniciar um mutirão para colaborar com as famílias seja com alimentos, água potável pode levar para ao lado da Igreja Matriz de Santa Maria. Vamos preparar quentinhas para ir ao encontro dessas famílias”, afirmou o administrador paroquial Pe. Alci de Andrade.
Fonte:Fmanhã

Março amarelo: mês da conscientização sobre a endometriose

Especialista alerta para doença que, apesar de comum, ainda é subestimada

Dra Su´éllen Monteiro, ginecologista e obstetra – Foto: Marcio Bruno
A endometriose é o foco da campanha do Março Amarelo, que busca informar a população sobre os sintomas da doença e seus impactos na qualidade de vida de cerca de 190 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo mais de 7 milhões apenas no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A doença caracteriza-se pelo crescimento do endométrio, tecido que reveste o útero, fora do órgão, causando uma inflamação e dor crônica, cólicas menstruais intensas, dor durante as relações sexuais e até infertilidade. Especialista no tema, a ginecologista e obstetra Dra. Suéllen Monteiro chama atenção para os sintomas da doença e reforça que o perfil comum de pacientes com endometriose são as mulheres em idade reprodutiva (15-49anos), sendo as pacientes com IMC baixo as de maior risco.

A endometriose, apesar de comum e acometer cerca de 10 a 15% das mulheres em idade fértil, ainda é subestimada, por conta de seus sintomas não serem propriamente investigados a fundo pelos médicos, além da falta de conhecimento da população sobre a doença que chega a levar de 7 até 10 anos para ser corretamente diagnosticada.

De acordo com a médica, a dor é um importante alerta. “O principal sintoma é a dor, a cólica no período menstrual, que normalmente vai piorando no decorrer do tempo. E dependendo de onde está o foco da endometriose você pode ter uma dor específica para isso. A paciente pode ter, então, dor na relação sexual, dor ou sangramento para urinar, se o foco estiver próximo à bexiga, dor ou sangramento para evacuar, dor pélvica crônica e, além disso, a dificuldade de engravidar. Porque as pacientes, às vezes, não sentem nada. Elas são assintomáticas, mas não conseguem engravidar e aí a gente investiga e descobre que a causa é a endometriose”, diz.

Dra. Suéllen Monteiro afirma ainda a importância de buscar acompanhamento médico especializado e buscar um estilo de vida saudável. “A doença acomete cerca de 10 a 15% das mulheres em idade fértil, ou seja, desde quando menstrua até entrar na menopausa. Então, uma em cada dez mulheres têm endometriose, se você conhece dez mulheres, uma delas vai ter”, completa. A ginecologista destaca ainda que um importante passo é ter atenção ao estilo de vida.

“Para pacientes diagnosticados com endometriose eu oriento, melhore a sua qualidade de vida. Tenha uma vida anti-inflamatória, atividade física, dieta e a qualidade do sono são muito importantes, uma vida com menos estresse… Tudo isso impacta na evolução da doença. Para pacientes que pensam que têm endometriose, é mandatório a gente falar que a sua dor não é normal. Não deixe ninguém dizer o contrário, nem mesmo os médicos. Procure ginecologistas experientes no tratamento de endometriose. Infelizmente é a doença que mais impacta negativamente a qualidade de vida da mulher e não tem cura, mas com acompanhamento e tratamento adequados, a paciente pode ter uma qualidade de vida plena”, diz.

Uma das consequências mais populares que fazem as mulheres procurarem pelo tratamento da endometriose é a infertilidade. Segundo a Dra. Suéllen, a endometriose é uma das causas mais comuns de infertilidade. “Infelizmente os médicos se esquecem disso e acabam não investigando. Se a gente for colocar em número cerca de 40 a 47% das pacientes que não conseguem engravidar têm endometriose, mesmo que elas não tenham sintoma nenhum”, comenta.

A endometriose foi diagnosticada. E agora?
De acordo com a ginecologista e obstetra Dra. Suéllen Monteiro, o tratamento depende de vários fatores, como a idade da paciente; se existem planos de engravidar; a localização e intensidade da dor; extensão da doença e quais órgãos foram acometidos. Por isso, o tratamento acaba por ser individualizado, sendo a abordagem hormonal a principal alternativa. Porém, não se pode deixar de lado o fundamental: a vida saudável. “Nós temos que ter uma qualidade de vida adequada, já que estamos falando de uma doença inflamatória. Então, a atividade física que produz hormônios anti-inflamatórios, uma dieta anti-inflamatória, tudo isso são mandatórios nessas pacientes. Temos que entender que o tratamento da endometriose é multidisciplinar. Então além do tratamento hormonal e da mudança do estilo de vida algumas pacientes podem precisar de fisioterapia pélvica, medicamentos de dor crônica, terapia ou tratamento cirúrgico. A endometriose é diferente em cada paciente, por isso para cada paciente temos um tratamento único” afirma a médica.

Edifício Connect Work, 458, sl. 1215
Telefone: (22) 99846-4909.
Fonte:J3News


Espírito Santo anuncia medidas para atender afetados pelas chuvas

Cartão Reconstrução, no valor de R$ 3 mil, ajudará na compra de bens



O governo do Espírito Santo anunciou, neste domingo (24), a liberação de R$ 50 milhões para medidas de apoio às pessoas atingidas pelas fortes chuvas dos últimos dias na região sul capixaba, com investimento. Em entrevista coletiva no fim da tarde, o governador Renato Casagrande oficializou a adoção de um conjunto de medidas econômicas voltadas para aqueles que tiveram prejuízos.

O estado vai liberar o Cartão Reconstrução, um benefício no valor de R$ 3 mil para aquisição de móveis, eletrodomésticos, roupas, alimentos, material de construção ou qualquer item que a família entenda como prioritário. Já os empreendedores terão linhas de financiamento especiais, além da prorrogação das operações de crédito em curso pelo prazo de seis meses.

“O governo do estado vai investir R$ 50 milhões para subsidiar as operações junto ao Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) e ao Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), por meio do Fundo de Fortalecimento da Economia Capixaba – Fortec. Além disso, serão abertas novas linhas para o microcrédito, por meio da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes)”, informa nota divulgada pelo governo.

Na manhã de hoje, Casagrande esteve novamente em Mimoso do Sul, onde acompanhou o início do trabalho de limpeza de ruas e o atendimento às pessoas afetadas pelas chuvas. O governador já havia visitado o município no sábado, logo após fortes chuvas que atingiram a região entre a noite de sexta-feira (22) e a madrugada de ontem.

Neste domingo, o governador visitou ainda os municípios de Apiacá e Bom Jesus do Norte, que também registraram prejuízos causados pelas fortes chuvas.

Consequências
Até o momento, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec) do Espírito Santo confirmou 17 mortes em decorrência das chuvas – 15 em Mimoso do Sul e 2 em Apiacá.

A estimativa, segundo o último boletim extraordinário da Defesa Civil do estado, divulgado na manhã de hoje, é que 5.481 pessoas estejam desalojadas e 255, desabrigados.

No sábado, o governador decretou situação de emergência nos municípios de Alegre, Alfredo Chaves, Apiacá, Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Guaçuí, Jerônimo Monteiro, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Muqui, Rio Novo do Sul, São José do Calçado e Vargem Alta.
Fonte: Agência Brasil

Bombeiros atendem mais de 230 ocorrências relacionadas a chuvas no Rio

Doenças de veiculação hídrica preocupam setor de saúde no estado



Desde a última quinta-feira (21), o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro atendeu 237 ocorrências relacionadas às chuvas. O número de mortes chegou a 8 nesse período. Até o momento, os bombeiros do Rio de Janeiro atuaram em 111 inundações e alagamentos, 30 desabamentos ou deslizamentos e fez 52 cortes de árvores.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES RJ) fez, neste domingo (24), nova entrega de medicamentos e insumos a municípios afetados pelas chuvas. Os itens que compõem os chamados kits calamidade, contendo medicamentos, como analgésicos e antibióticos, e insumos, como máscaras, agulhas, seringas, agulhas e soro, foram levados da Coordenação Geral de Armazenagem (CGA) da secretaria, em Niterói, região metropolitana do Rio, para as cidades de Petrópolis e Teresópolis, na região serrana, e Bom Jesus do Itabapoana, no noroeste do estado.

No sábado (23), Teresópolis e Petrópolis já tinham recebido a visita de técnicos da SES-RJ e da própria secretária, Claudia Mello. Eles foram ver os estragos na região e verificar as necessidades dos municípios na área da saúde.

Até o momento, foram enviados mais de 20 mil itens aos municípios afetados. As equipes permanecem de plantão na secretaria para qualquer necessidade relacionada aos estragos provocados pelas chuvas.

Objetivos
Segundo a Secretária de Saúde, o objetivo é orientar os gestores municipais para que os impactos à população não sejam agravados. “A gente sabe a dificuldade de atuação em momentos como estes. Por isso, o governo do Rio está atuando de forma efetiva no apoio às cidades prejudicadas”, disse Claudia Mello.

Em Teresópolis, a equipe da SES-RJ se reuniu com a subsecretária municipal de Atenção à Saúde, Michelli Pinto, no Ginásio Poliesportivo Pedro Jahara, na Várzea. Os abrigos temporários instalados no Colégio Municipal Dorvalino de Oliveira, no bairro Correia, e no Ciep Sebastião Melo, no bairro Barroso, também foram visitados.

Em Petrópolis, foram entregues kits calamidade no Núcleo de Assistência Farmacêutica da cidade e vistoriados os abrigos temporários na Escola Municipal Johann Noel, no Bigen, e na Escola João Batista, no bairro Duarte da Silveira. Em Magé, agentes da SES-RJ fizeram contato com a secretária municipal de Saúde, Dra. Larissa Malta e, em seguida, visitaram as unidades básicas de saúde da cidade, afetadas pela chuvas.

Doenças de veiculação hídrica
Segundo a superintendente de Emergências em Saúde Pública da SES-RJ, Silvia Carvalho, um dos pontos de atenção nas visitas é o aumento de casos de doenças de veiculação hídrica, que são aquelas transmitidas por água e lama contaminadas.

“É uma preocupação recorrente. São inúmeros os microrganismos que podem provocar adoecimento. Eles se manifestam diretamente em enfermidades como leptospirose e doenças diarreicas, entre outras, e indiretamente, na dengue, que se torna uma preocupação ainda maior, devido ao cenário epidêmico. São doenças sérias que, sem o manejo clínico adequado e no tempo oportuno, podem causar internações e óbitos”, alerta Sílvia.

Visando agilizar o recebimento da ajuda às cidades, a secretaria mudou a logística de distribuição dos insumos e medicamentos. Antes, as retiradas eram feitas pelos gestores municipais na Coordenação Geral de Armazenagem, em Niterói, região metropolitana do Rio e, posteriormente, em suas sedes.

Ministério
Um representante do Ministério da Saúde, Lucas Fonseca, integrante do Departamento de Emergências em Saúde Pública, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, acompanhou, neste domingo, os serviços de saúde prestados aos abrigados no Ponto de Apoio do Alto Independência. Fonseca faz parte da equipe do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil do governo federal.

O prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, enfatizou que é importante receber , neste momento, o apoio do governo federal, que se dispôs a reforçar as equipes de saúde, se for necessário, e a atender outras demandas do município. “Isso nos tranquiliza, por saber que não estamos sozinhos nas situações de emergência em nossa cidade”, afirmou Bomtempo.

Acompanhado do secretário de Saúde, Marcus Curvelo, Lucas Fonseca esteve na Escola Municipal Alto Independência, que é a unidade de apoio com maior número de pessoas abrigadas.

Fonte: Agência Brasil

Chuva: Prefeitura institui Gabinete de Crise e alerta para doenças transmitidas pela água

Infectologista explica que é importante estar atento aos sintomas



Visando a avaliação e o enfrentamento do possível desastre causado pelas fortes chuvas que atingiram o município, a Prefeitura de Campos instituiu o Gabinete Municipal de Gerenciamento de Crise (GMGC) para a adoção de medidas que estejam integradas às necessidades das localidades que sofrem com os impactos causados pelos desastres naturais. O decreto entrou em vigor na noite deste sábado (23), com a publicação na edição suplementar do Diário Oficial.

O decreto entra em vigor juntamente com o Plano de Contingência Municipal para Desastre (Plancom chuvas intensas 2023/2024), elaborado pela Secretaria Municipal de Defesa Civil. O GMGC fica com a responsabilidade de fazer a Gestão Administrativa e Operacional do Desastre, até o final da situação de anormalidade.

A base do GMGC funcionará na sede da Secretaria de Defesa Civil, e os relatórios elaborados pelos órgãos elencados deverão ser entregues à Defesa Civil até às 10h da próxima terça-feira (26). Para que sejam estabelecidas as ações, o relatório final contendo o compilado dos documentos enviados pelos órgãos municipais será enviado ao prefeito até quarta-feira (27), contendo sugestões e propostas da coordenação do GMGC. A partir disso, será decidido o parecer sobre a necessidade ou não da decretação de Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública.

Mais de 90% das casas foram atingidas no distrito de Santo Eduardo. O prefeito Wladimir Garotinho divulgou um vídeo em suas redes sociais na noite deste sábado (23) pedindo doações de colchonetes para acolhimento das vítimas nos pontos de apoio. As doações devem ser feitas na sede da Prefeitira de Campos, situada na rua Coronel Pomciano de Azevedo Furtado, 47, Parque Santo Amaro.

Para a composição do GMGC participarão os seguintes órgãos públicos municipais: Gabinete do Prefeito; Gabinete do Vice-Prefeito; Secretaria Municipal de Defesa Civil; Procuradoria Geral do Município; Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca; Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social; Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, Mobilidade e Meio Ambiente; Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia; Secretaria Municipal de Saúde; Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo; Secretaria Municipal de Serviços Públicos; Secretaria Municipal de Ordem Pública; Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT); Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura; Secretaria Municipal de Comunicação Social; Secretaria Municipal de Governo; Secretaria Municipal de Administração e Recurso Humanos; Secretaria Municipal de Transparência e Controle; Secretaria Municipal de Fazenda; e Guarda Civil Municipal (GCM).


Doenças transmitidas pelas águas de chuva
Nas enchentes, a água contaminada contribui significativamente para o surgimento de várias doenças. As principais doenças transmitidas após contato com água não tratada, principalmente de enchentes e águas de chuva, são leptospirose, hepatite A, gastroenterite e infecções cutâneas, inclusive micoses.

A água parada favorece a proliferação de vetores, como o caso do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Além disso, água de chuva carrega lama, lixo e esgoto, podendo levar a infecções (em razão da ingestão ou pelo contato direto), como leptospirose (transmitida pela urina de ratos), hepatite A, além de diarreias e algumas doenças cutâneas.

De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro, é importante ficar atento aos riscos de contaminação e se prevenir.

“A população deve evitar ao máximo possível o contato com água de enchentes ou de alagamentos. Porém, caso o contato seja inevitável, o correto é proteger a superfície da pele e imediatamente após esse contato fazer a antissepsia com água e sabão e se possível também aplicar álcool 70% na superfície da pele. Além disso, logo após o contato, as pessoas devem ficar atentas para o aparecimento principalmente de mal estar e febre, caso esses sintomas apareçam devem procurar assistência médica o mais rápido possível e evitar o automedicamento”, disse o infectologista.

DOENÇAS CAUSADAS POR ENCHENTES

LEPTOSPIROSE – A leptospirose é uma doença febril de início agudo com dores pelo corpo, dor de cabeça, além disso, podendo haver sangramentos, principalmente quando acomete os rins, diminuindo a função renal e podendo causar lesão hepática, sendo essa a principal causa de óbito por leptospirose.

HEPATITE A – A hepatite A é uma doença de início insidioso, o paciente fica com mal estar, além da possibilidade de febre, dor abdominal, náuseas e vômitos.

GASTROENTERITE – As gastroenterites têm início também abrupto, com dor abdominal, diarreia líquida, náuseas e vômitos. Normalmente ela é autolimitada, dura poucos dias e se resolve espontaneamente.

INFECÇÕES CUTÂNEAS – As infecções cutâneas vão se caracterizar pelo local da pele que entrou em contato com água contaminada. Depois de alguns dias, o paciente pode ter uma vermelhidão no local, coceiras e isso pode se espalhar para o resto do corpo.

Rodrigo Carneiro alertou a população, ainda, para os cuidados com o mosquito Aedes aegypti, após o período de chuvas prolongadas. “Essa chuva certamente vai deixar uma considerável quantidade de água estagnada em locais próximos às residências ou terrenos, ou dentro da própria residência. E, assim que possível, a população deve vasculhar esses locais para evitar que essa água permaneça parada. Uma outra lembrança importante para quem teve a casa alagada, depois que a água sair, deve ser feita a limpeza da casa. Após a limpeza com água e sabão, deve também ser aplicado algum produto antisséptico, principalmente água sanitária, para fazer a inativação de possíveis agentes de doenças infecciosas”.
Fonte:J3News

Pré-candidatos deixam cargos

Jefferson, Madeleine, Wainer, Maninho e Fábio Ribeiro, já confirmaram a desimcompatibilização

POR YAN TAVARES
Jefferson Manhães

Foi dada a largada para a corrida eleitoral de 2024 em Campos dos Goytacazes. E, com isso, muitos pretendentes às vagas nos poderes Executivo e Legislativo precisam cumprir alguns requisitos antes de concorrer. Um deles é a chamada desincompatibilização. Isso significa que ocupantes de cargos no serviço público devem se afastar de posto, emprego ou função na administração pública direta ou indireta para poder se candidatar a um cargo eletivo.

A obrigatoriedade da desincompatibilização atinge, por exemplo, a delegada Madeleine Dykeman, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Ela teve sua candidatura à Prefeitura de Campos lançada no último dia 14 pelo deputado e presidente estadual do União Brasil, Rodrigo Bacellar. De olho na Câmara Municipal, nomes do secretariado de Wladimir Garotinho (PP) já se colocam como pré-candidatos a vereador.

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro anunciou, na última sexta-feira (22), que Madeleine Dykeman deixará a titularidade da Deam no dia 26 de março e que em seu lugar ficará a delegada Juliana Buchas.

A Lei Complementar nº 64, de 1990, que trata do assunto, determina que autoridades policiais, civis ou militares, que desejarem se candidatar ao cargo de prefeito ou vice, devem fazer a desincompatibilização de seus cargos quatro meses antes das eleições.

Assim, Madeleine tem até junho para se licenciar. No entanto, caso a agente da Polícia Civil tivesse pleiteando uma vaga na Câmara, teria que sair até o mês de abril.

Isso porque os prazos são distintos, de acordo com os cargos pleiteados. Para brigar por uma vaga na Casa de Leis, por exemplo, a desincompatibilização deve ser feita seis meses antes da eleição, como explica o procurador da Câmara de Campos, José Paes Neto:

“Esse prazos acabam variando, dependendo do cargo ao qual se deseja concorrer e o cargo público que a pessoa exerce. Por isso, às vezes, causa confusão. Para cargos de prefeito e vice-prefeito, as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no município, devem se desincompatibilizar quatro meses anteriores do pleito. Ela, enquanto servidora efetiva, pede licença para fins de disputa de mandato eletivo e mantém os vencimentos do cargo durante o período”, explica o advogado.

Ele lembra que o mesmo vale, por exemplo, para Jefferson Manhães, que é servidor do Instituto Federal Fluminense (IFF).
Madeleine Dykeman
Wainer Teixeira

Jefferson é reitor do IFF há oito anos e é um dos nomes apontados como pré-candidato a prefeito pelo PT. Ele deixa a reitoria em abril. Mesmo assim, também terá de passar pelo processo de desincompatibilização do cargo. “Ele também é servidor efetivo. Mesmo não sendo reitor, precisa se desincompatibilizar quatro meses antes”, afirmou José Paes.
Maninho

Secretariado de olho na Câmara
Além da disputa pela Prefeitura, a corrida pela Câmara também promete ser bastante movimentada neste ano. Boa parte do secretariado do governo Wladimir é cotada para encorpar a concorrência para preencher as 25 cadeiras da Casa de Leis a partir de 1º de janeiro de 2025.

Quatro deles confirmaram ao J3News que são pré-candidatos a vereador: Wainer Teixeira (secretário de Administração), Fábio Ribeiro (secretário de Obras e Infraestrutura, além de ex-presidente da Câmara), Leonardo Mantena (coordenador geral do “Movimento é Vida/Esporte é Vida”), e Marcos Gonçalves, conhecido como Maninho (subsecretário de Saúde).

Atual presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Auxiliadora Freitas, que já foi vereadora, disse à reportagem que ainda avalia se estará no pleito de 2024. O J3 tentou contato ainda com outros nomes do governo ventilados na disputa, mas não obteve resposta.

A lei federal determina que os secretários da administração municipal devem se afastar do cargo seis meses antes do pleito eleitoral. O que acontecerá, portanto, em abril. Segundo Fábio Ribeiro, todos os membros do secretariado de Campos que forem concorrer, devem sair juntos, ainda sem uma data definida.
Fabio Ribeiro

“Os secretários, se não forem servidores públicos efetivos, simplesmente pedem exoneração do cargo. Se forem servidores efetivos, retornam ao exercício das suas funções do cargo efetivo. Nesse caso, precisarão verificar qual o prazo de desincompatibilização do cargo efetivo”, explicou José Paes.
O advogado pontua também que, independentemente do prazo de desincompatibilização, qualquer pessoa que quiser concorrer às eleições já pode se intitular pré-candidata agora e desenvolver ações nesse sentido, de acordo com legislação eleitoral.

“Pode exaltar qualidades, expor determinadas ações que projeta fazer. O que não pode é pedir voto de forma expressa, nem usar o que a Justiça Eleitoral chama de ‘palavras mágicas’, como dizer: ‘Conto com seu apoio’, ‘Conto com vocês’, ‘Vamos Juntos’. São expressões que a Justiça entende que confira pedido de voto. Então, são necessárias algumas precauções para não caracterizar propaganda eleitoral antecipada”, finaliza.
Fonte:J3News