A esposa de Victor, Aline Pinheiro, com quem era casado há três anos, falou que a falta de segurança na plataforma já havia sido motivo de reclamação do marido. “Ele falava que tinha vontade de parar de embarcar, devido às condições críticas da plataforma. Nos últimos dias ele sempre pedia pra ficar mais tempo comigo, porque sabia que ia sentir muita saudade, parecia uma despedida”, disse.
Em nota, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) informou que “ao mesmo tempo em que manifesta as suas condolências à família do trabalhador neste momento de dor, o sindicato condena a insegurança no trabalho, que tem levado a centenas de mortes, mutilações e adoecimentos na Bacia de Campos nos últimos anos”.
O sindicato informou, ainda, que as vítimas mais frequentes da insegurança do trabalho são os petroleiros das empresas privadas do setor de petróleo, que prestam serviços à Petrobras.
A Petrobras lamentou o ocorrido e informou que acompanha as ações de suporte aos familiares. Afirmou, ainda, que foi instaurado procedimento interno para apurar as causas do acidente e todos os órgãos competentes foram devidamente informados da ocorrência.
A Folha da Manhã entrou em contato também com a empresa RIP, que, até o presente momento, não se manifestou.
Folha da Manha/Show Francisco
Marcus Pinheiro e Bárbara Cabral
Foto: Marcus Pinheiro