sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Mais um final de semana de chuvas em Campos

A previsão é de que o tempo fique instável até segunda-feira. Grupo de Emergências em Alagamentos está em alerta.


(Foto: Carlos Grevi)

A previsão é de mais um final de semana de chuva em Campos. A informação, que já circulava nos sites de meteorologia, foi confirmada pela Defesa Civil que, por meio dos pluviômetros espalhados pelo município, calcula que aproximadamente 100mm de chuva devem cair na cidade nos próximos cinco dias. As equipes do Grupo de Emergências em Alagamentos estão em alerta. Quanto àqueles que ficaram desalojados e desabrigados após o temporal do último final de semana, a situação permanece a mesma: 16 famílias precisaram sair de suas casas que ficaram alagadas. No entanto, o superintendente da Defesa Civil, Major Edisson Pessanha, informou que parte da água que tomou a Estrada de Lagoa de Cima já escoou e os veículos já podem transitar pela rodovia. Os moradores de Rio Preto também não estariam mais isolados, mesmo após o rompimento da RJ-180 que liga a localidade à área central.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e a Defesa Civil de Campos, a previsão é de que chova 25mm nesta quinta-feira (28), 30mm na sexta-feira (29), 15mm no sábado (30) e 15mm no domingo (1). E se essa previsão for confirmada, essas chuvas não devem causar transtornos à população de Campos. Ainda assim, o major Edisson Pessanha pede para que as pessoas que moram em áreas propensas à alagamento fiquem atentas a qualquer ocorrência e acionem o órgão por meio do telefone: (22) 98175-2512.

— Nossa torcida é para que não chova um grande volume concentrado em poucas horas, porque é esse tipo de chuva o que costuma causar mais transtornos. Como ainda temos uma grande região com pontos de alagamento, o ideal seria não termos precipitações pelo menos nos próximos 20 dias — observa o coordenador da Defesa Civil Municipal, Edison Pessanha.

Como o rio Paraíba do Sul não tem assustado, a preocupação é com o sistema que compõe os rios da região do Imbé, que abastecem a Lagoa de Cima, que deságua no rio Ururaí, que desce em direção à Lagoa Feia, que deságua no mar pelo Canal das Flechas. “É um sistema que necessita de alteração no escoamento, o que não existe desde 1990, com a extinção do Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS), que dragava permanentemente os canais”, acrescenta Pessanha.

Nos últimos dias, toda a parte de Campos da região do Imbé sofreu alagamentos com as constantes chuvas que atingiram o estado desde a quinta-feira (21), exigindo um trabalho coordenado de socorro a dezenas de famílias. Nas ações, foram utilizados dois helicópteros, um do Corpo de Bombeiros e outro da Polícia Civil, para levar água e alimentos a pontos isolados. A assistência vem se estendendo desde então, com base em constante monitoramento de toda a região.
Fonte:Terceira Via

Empresários da região participam de encontro com Bolsonaro e defendem pleitos do Norte e Noroeste

Segundo empresários, apelo por recursos federais é urgente para a retomada do desenvolvimento socioeconômico do estado

Empresários da Firjan entregaram ao presidente Jair Bolsonaro, na tarde desta quinta-feira (28/11), em Brasília, estudo que destaca a necessidade de R$ 40,4 bilhões em investimentos em infraestrutura, para que o estado do Rio de Janeiro retome uma rota de desenvolvimento socioeconômico. Pela manhã, os 36 industriais de todo o estado, entre eles representantes do Norte e Noroeste Fluminense, se encontraram com parlamentares, para os quais apresentaram lista de pleitos específicos de suas regiões.

O documento “Mais Rio, mais Brasil” — que aponta as áreas de saneamento, educação, habitação, mobilidade urbana e segurança pública como prioritárias para o estado — foi recebido por Bolsonaro e pelo secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Junior, no Palácio do Planalto.

“O Rio de Janeiro precisa melhorar sua infraestrutura para que seu ambiente de negócios volte a ser mais atraente para investidores. Assim, teremos mais emprego e renda para os fluminenses. O bem-estar da população está atrelado também ao desenvolvimento do estado. O governo federal precisa participar dessa retomada”, afirmou o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, integrante do grupo que se encontrou com Bolsonaro.

O estudo considera um horizonte de 2019 a 2026 para os seguintes investimentos: universalização do saneamento básico em toda a Região Metropolitana (R$ 15,1 bilhões); extensão da Linha 2 do Metrô (Estácio-Praça XV), criação da Linha 3 (Niterói-São Gonçalo), finalização da estação da Gávea e ampliação da Linha Vermelha e da Via Light (R$ 11,4 bilhões); abertura de 213 mil vagas em creche e pré-escola (R$ 1,8 bilhão); criação de 114 mil habitações (R$ 10,9 bilhões); e abertura de 14 mil vagas em quatro novas unidades prisionais (R$ 1,2 bilhão).

Entre os pleitos regionais do Norte Fluminense estão no documento a construção da EF 118 (Rio-Vitória) e a a duplicação da BR101. A ferrovia é considerada essencial para elevar a competitividade do Porto do Açu. Segundo os empresários é fundamental que a obra seja iniciada pelo trecho do Rio de Janeiro em função do potencial de carga superior ao trecho do Espírito Santo.Já na BR 101, parte do trecho teve a obra interrompida em função de contrapartidas exigidas pelo ICM-Bio de difícil cumprimento e que oneram sobremaneira a duplicação.

“Precisamos de empenho político para resolver essas questões que são cruciais para o desenvolvimento da região, disse o representante do Norte Fluminense, Francisco Roberto Siqueira, presidente do Sindicato da Construção Civil da região.

No Noroeste, os pleitos apresentados pelos empresários foram a duplicação da BR 356, a construção do contorno de Itaperuna e a melhoria na qualidade do fornecimento de energia elétrica. Na BR356, o elevado tráfego de caminhões compromete a mobilidade na região. Os empresários acreditam ser fundamental duplicar a rodovia para atender à demanda de movimentação de cargas impulsionada pelo Porto do Açu, além da construção do contorno para melhorar o tráfego em Itaperuna. Outro ponto é que as constantes quedas e oscilações de energia são um problema para as indústrias.

“Precisamos investir na qualidade de energia para viabilizar a chegada de novas indústrias ao Noroeste, além de melhorar as condições de operação das já existentes,” disse o presidente da Firjan Noroeste e do Sindicato das Indústrias Gráficas do Noroeste, José Magno Hoffmann.

A Firjan ressalta que, como o estado precisa cumprir as medidas do Regime de Recuperação Fiscal, a previsão é que o total de investimentos do governo estadual alcance R$ 18,5 bilhões numa projeção até 2026, volume bem abaixo do necessário. Logo, é fundamental investimento direto do governo federal no Rio. O estudo calcula serem necessários R$ 22 bilhões de aporte da União no estado.

“O encontro com o presidente Bolsonaro foi muito importante, pois ele ouviu dos empresários as reais necessidades do setor produtivo para gerar emprego e renda no estado do Rio”, disse Abrahão Roberto Kauffmann, diretor do Sinduscon-Rio. Raul Sanson, diretor do SIMME, reiterou: “O relacionamento do empresariado com o Legislativo e o Executivo é fundamental.”

“Governar é um grande desafio”, afirmou o presidente Bolsonaro, que reconheceu que “existe uma legislação agressiva em cima de quem produz”. Ele afirmou aos empresários que vai encaminhar o estudo da Firjan aos seus ministros.

Os empresários também se encontraram com o senador Arolde Oliveira e os deputados federais da bancada fluminense Christino Áureo (PP), Gurgel (PSL) e Vinicius Farah (MDB). Líderes empresariais de todas as regiões fluminenses apresentaram aos parlamentares os pleitos prioritários para acelerar o desenvolvimento de seus municípios. Arolde afirmou que vai apresentar as questões apontadas pelos empresários para os ministérios da Infraestrutura e de Minas e Energia. Gurgel manifestou apoio às reivindicações e se colocou como defensor da redução de impostos. Já Farah destacou a importância da Firjan na nova política, com atuação que encurta os caminhos do desenvolvimento.
Fonte:Terceira Via

Idosos do Asilo do Carmo devem passar o Natal em “casa nova”

Previsão é que obras no Solar Santo Antônio e anexo sejam entregues no dia 13 do mês que vem


Asilo do Carmo (Foto: Arquivo/Silvana Rust)

Após seis meses de obras, conforme o previsto no cronograma inicial, as melhorias do Asilo do Carmo devem ser entregues no dia 13 de dezembro, segundo adiantou o presidente da Associação Mantenedora do Asilo do Carmo, Marcelo Azevedo. Segundo ele, todos na unidade trabalham para que os 47 idosos passem o Natal já nas novas acomodações. Duas obras no mesmo espaço seguem paralelamente: a primeira é a do casarão histórico, com recursos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); a segunda é a do anexo onde vivem os idosos, mantida com recursos próprios. Há, inclusive, segundo Marcelo, a expectativa de que o Solar Santo Antônio seja reaberto para visitação, algo que vem sendo esperado há pelo menos 25 anos.

De acordo com Azevedo, a obra em andamento não contempla a restauração do Solar Santo Antônio, o que ficará para uma segunda etapa, ainda sem data para começar. Mas, segundo ele, as intervenções foram suficientes para afastar o risco de desabamento do casarão histórico. Por isso, existe a possibilidade de que o espaço seja reaberto.

“Quanto a isso, ainda vamos conversar com os engenheiros para saber quais partes do casarão poderemos utilizar. Mas a nossa intenção é reinaugurar o solar com um baile de máscaras, pois é uma ocasião pela qual esperamos por 25 anos”, revelou.


Casarão passou por restruturação (Foto: Arquivo/Silvana Rust)

Ao custo de R$ 1.339.413,09, as intervenções que começaram no Solar Santo Antônio em junho último contemplam escoramento, troca de telhado e descupinização. O presidente da Associação Mantenedora do Asilo do Carmo disse que paredes também foram recuperadas. O telhado, que é a única parte ainda pendente, já está em fase de conclusão.

Parte das melhorias no anexo ao casarão, onde vivem os idosos, será entregue em dezembro. Segundo Azeredo, o espaço já concluído é suficiente para acomodar os internos neste primeiro momento. Eles serão acomodados na ala masculina e na ala mista, enquanto segue a obra da ala feminina e de outros cômodos que ficam no segundo andar. Até agora foram investidos mais de R$ 300 mil no anexo.

“Toda a estrutura foi refeita de acordo com o Estatuto do Idoso e com as especificações do Ministério Público. Apesar de as obras ainda estarem em andamento, a segurança dos idosos está garantida, pois eles não terão contato com essa áreas”, garantiu Marcelo Azevedo.

Para que as intervenções pudessem ser realizadas, os internos foram transferidos para as instalações do Asilo Monsenhor Severino. Após a entrega das novas instalações, prevista para o dia 13, Azevedo acredita que sejam necessários cerca de dez dias para a limpeza e demais preparativos do local para, só então, começar a transferência dos idosos.

Festa — A instituição prepara uma festa de fim de ano para os internos no dia 12. Os festejos acontecerão no Asilo Monsenhor Severino e o presidente da Associação Mantenedora do Asilo do Carmo convida a população a participar. “Os idosos ficam muito felizes quando recebem visitas”, finalizou.


Idosos foram transferidos para o Asilo Monsenhor Severino (Foto: Arquivo/Silvana Rust)

Fonte:Terceira Via

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Ação do Cras/Centro na Escola Municipal do Estreito nesta segunda (2)

O Centro de Referência de Assistência Social (Cras/Centro), em São Francisco de Itabapoana (SFI), está convidando todos os moradores do Estreito para uma ação que acontecerá na próxima segunda-feira (2). O evento será às 14h, na Escola Municipal Miguel Nunes Barbosa, na própria localidade.

“Na oportunidade, além de passarmos informações a respeito dos serviços prestados pelo Cras, falaremos também sobre o BPC (Benefício de Prestação Continuada): o que é, quais os critérios e como requerer. Solicitamos aos moradores do Estreito que recebem este benefício e ainda não foram incluídos no Cadastro Único que estejam presentes para tirar as dúvidas”, revelou a gerente de Proteção Social Básica da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano (SMDH), Christiane Cortes Amaral, acrescentando:

“Serão dadas também informações sobre o Programa Bolsa Família (PBF): condicionalidades de educação e saúde, além dos critérios exigidos para inclusão, através da coordenadora de Educação do PBF, Ludimila dos Santos Manhães”.
Ascom SFI-RJ/Show Francisco

Novembro azul: palestra sobre câncer de próstata nesta quinta-feira (28)

No mês mundial de combate ao câncer de próstata, o Núcleo de Prevenção e Apoio ao Paciente com Câncer e Familiares (Nuprapac) de São Francisco de Itabapoana (SFI) promoveu nesta quinta-feira (28) uma palestra sobre o tema. O evento aconteceu no Salão Paroquial da Igreja Matriz São Francisco de Paula e foi conduzido pelo urologista Gustavo Araújo.

O especialista explicou as particularidades funcionais da próstata e destacou a importância do exame realizado através do toque retal, uma vez que, como o órgão “está em íntimo contato com o reto”, é possível identificar alguma alteração. Ele atentou para os dados que apontam que a chance de cura é de 90% quando o diagnóstico é precoce. Caso contrário, as possibilidades “não chegam a 20%”.

Outro dado preocupante destacado é que 50% dos homens brasileiros nunca foram ao urologista. Desinformação e preconceito são os principais motivos. Isso contribui para que um óbito seja registrado a cada 40 minutos no Brasil em decorrência do câncer.

Um dos pontos abordados também foram os fatores de risco. De acordo com Gustavo, a faixa etária que registra maior incidência da doença é a partir dos 50 anos. O histórico familiar é outro aspecto que aumenta em até seis vezes as chances.

Durante o evento, a coordenadora do Nuprapac, a oncologista Elizabeth Uhl, destacou o suporte disponibilizado pelo órgão. Paralelamente, a subsecretária municipal de Saúde, Thayna Rissa, pontuou que “os pacientes com suspeita e confirmação de câncer não ficam desamparados em SFI, uma vez que diversos setores da secretaria, como os enfermeiros dos polos do Programa Saúde da Família (PSF), têm competência para agir”.

Ao final da conscientização, que teve o apoio das empresas Zodiac e Biofarma, os presentes puderam esclarecer dúvidas. Foi oferecido um coffee break e brindes, como copos e toalhas personalizados com a campanha do Novembro Azul.

Entre os participantes, estavam agentes comunitários da Secretaria Municipal de Saúde, além de assessores e secretários da municipalidade.

Nuprapac — O órgão funciona de segunda a sexta-feira, entre 8h e 17h, na Avenida Vereador Edenites da Silva Viana, nº 180, próximo à Enel (antiga Ampla), na área central do município. No local, atua uma equipe multidisciplinar composta por oncologista, enfermeira, assistente social e psicóloga, que fornecem o primeiro atendimento e o encaminhamento, em caso de constatação da doença, além de fornecer o suporte necessário para os familiares do paciente.

É também um espaço de conscientização, visto que eventos informativos são promovidos no decorrer do ano.

A importância do Nuprapac foi ressaltada no decorrer do evento. Gustavo salientou alguns números registrados entre janeiro e novembro deste ano: 396 pacientes urológicos cadastrados, sendo 800 atendimentos, além do encaminhamento de 56 pacientes com câncer ao OncoBeda, centro integrado de oncologista, que conta com 26% dos pacientes operados oriundos de SFI.
Ascom SFI-RJ/Show Francisco

Iphan vai investigar ossadas encontradas na Praia de Manguinhos

As ossadas humanas encontradas nessa terça-feira (26), na Praia de Manguinhos, em São Francisco de Itabapoana (SFI), serão analisadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Após ter acesso a fotos do material através das redes sociais, o Departamento de Cultura (DC) da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC) avisou ao órgão e solicitou orientações. “O Iphan nos orientou a preservar o local, alertando a moradores e visitantes que não toquem no material”, ressaltou o diretor do DC, Paulo Roberto Cunha.

Ele esclareceu que o manejo dos ossos só pode ser feito por especialistas, uma vez que “tocar sem conhecimento, pode prejudicar uma sequência que conta determinada história“. “Quanto menos interferência, maior a chance de se aproximar da realidade histórica”, concluiu.

De acordo com o chefe do escritório técnico regional do Iphan, Felipe Borel, Manguinhos possui um sítio arqueológico identificado por volta da década de 70, cuja origem estaria relacionada ao Brasil Escravagista, período compreendido entre a colonização portuguesa, em 1500, e a Abolição da Escravatura, em 13 de maio de 1888 com a assinatura da Lei Área pela Princesa Isabel. Ele explicou que a movimentação da maré e a ressaca contribuem para o aparecimento do material.

Está prevista para as próximas semanas uma visita de vistoria e inspeção por uma equipe do Iphan.
Ascom SFI-RJ/Show Francisco


Secretárias descartam risco para banhistas em São João da Barra e São Francisco

As secretárias de Meio Ambiente de São João da Barra, Joice Pedra, e de São Francisco de Itabapoana, Luciana Soffiati, descartaram que exista algum tipo de risco para banhistas que frequentarem as praias das duas cidades. Os municípios foram os primeiros do Estado do Rio de Janeiro a registrarem fragmentos de óleo compatível com o encontrado no Nordeste do país e na costa capixaba. Nesta quarta-feira (27), no Folha no Ar, da Folha FM 98,3, elas deram detalhes sobre o protocolo que os municípios estão seguindo e o trabalho contínuo com representantes do governo estadual e com a Marinha do Brasil. Nesta quinta (28), às 7h, o programa recebe o advogado Andral Tavares.

O monitoramento continua constante nos dois municípios e as secretárias orientam à população para não tocar caso encontre algum material suspeito. Em cada cidade, foram encontrados até agora cerca de 200 a 300 gramas de resíduos de óleo. Os municípios já estavam preparados, com agentes treinados, para a chegada do óleo, bem antes da chegada. A preocupação era que a quantidade fosse bem maior. No entanto, como destacou Luciana, este é o maior desastre ambiental da história do litoral no país, e ainda não se sabe o quanto desse óleo pode chegar ao litoral fluminense.

As secretárias também comentaram que todos os protocolos seguidos neste caso são federais, com a Marinha à frente das ações. A primeira praia em que fragmentos foram encontrados no Norte Fluminense foi a de Grussaí, na última quinta-feira. “A gente convocou a Marinha, recolheu o fragmento e levou para análise. Após constatado (a compatibilidade com o material do Nordeste), a gente vem mantendo o monitoramento”, afirmou Joice.

No fim de semana, mais resíduos foram achados nas praias de Santa Clara e Guriri, em SFI. Luciana contou que com o treinamento prévio que os municípios receberam, também houve tempo para mobilizar a população. “Nos reunimos, previamente, com a Colônia de Pescadores, com Pescarte, para formar uma rede de voluntários. A gente estava se preparando para a chegada de muita quantidade”, contou.

Como os dois municípios são turísticos e o verão está próximo, as secretárias também se preocupam com as consequências de alarmes falsos sobre a contaminação nas praias. “Não é só o impacto ambiental, é o impacto social e econômico. Nosso município é turístico. Chega final de ano as pessoas alugam casa, o comércio aguarda esses dias. O impacto ambiental, ao menos até agora, não é significativo”, disse Joice. “Em uma reunião que participamos no domingo, com a Marinha, com representantes do Estado, do Inea (Instituto Estadual de Ambiente), foi muito frisado isso: não precisa se alardear em relação ao turismo. Não tem nenhum risco para o turista”, afirmou Luciana.

Desde 30 de agosto, fragmentos ou manchas de petróleo cru começaram a ser identificados no litoral brasileiro. Segundo o Ibama, 764 praias, rios, ilhas e mangues de 124 municípios foram atingidos por óleo. A origem do material ainda não foi confirmada pelas autoridades.
Fonte:Fmanhã

Defesa Civil entrega alimentos e água a moradores ilhados em Lagoa de Cima

PAULA VIGNERON

Moradores sofrem com transbordo de Lagoa de Cima e rios da localidadeMoradores sofrem com transbordo de Lagoa de Cima e rios da localidade
Defesa Civil entrega mantimentos a pessoas isoladas em Lagoa de Cima
Defesa Civil entrega mantimentos a pessoas isoladas em Lagoa de CimaMoradores sofrem com transbordo de Lagoa de Cima e rios da localidadeDefesa Civil entrega mantimentos a pessoas isoladas em Lagoa de CimaDefesa Civil entrega mantimentos a pessoas isoladas em Lagoa de Cima
Moradores sofrem com transbordo de Lagoa de Cima e rios da localidade


Defesa Civil entrega mantimentos a pessoas isoladas em Lagoa de Cima

Continua interditada, devido ao transbordamento das águas, a estrada de Lagoa de Cima. As fortes chuvas que atingiram o município nas últimas semanas inundaram também os pastos próximos à lagoa, fazendo com que a água concentrada na área atingisse a via de acesso à localidade. Para esta quinta (28) e sexta-feira (29), estão previstos, para a região do Imbé, 25 mm e 39 mm de chuva, respectivamente. A Defesa Civil realiza trabalho de abastecimento às famílias atingidas e de monitoramento da área. A ação conta com apoio da equipe de Operações Subaquáticas do Corpo de Bombeiros.

Uma das famílias atendidas pelo órgão, na manhã desta quarta-feira (27), foi a do autônomo Carlos André e Silva Gomes, de 37 anos. Nascido e criado na localidade e morador de Cajueiro, ele foi o primeiro a receber fardos de água e cesta básica. O trabalhador relatou as dificuldades pelas quais têm passado os moradores da região.

— Está difícil porque não tem caminho e tem muita gente ilhada. Mas não tem jeito. A gente passa todos os anos por isso. E dizem que tem umas comportas lá embaixo, que fecham, mas parece que abriram. De anteontem para cá, a água está baixando bem, graças a Deus — relatou Carlos André, ressaltando que o transbordamento começou na semana passada e logo interditou a pista.

Diante do fechamento da via, para transitar pela região, os moradores usam um caminho alternativo ou barcos e canoas. Foi por meio do transporte fluvial que parte das cestas básicas e os fardos de água, enviados pela secretaria municipal de Desenvolvimento Humano e Social, chegou às famílias ilhadas na região. Para conseguir distribuí-los, a Defesa Civil contou com a ajuda de Carlos André, que utilizou uma canoa na travessia dos mantimentos até as casas atingidas pelas águas em Cajueiro. “Não tem como passar pelo pasto. Eu tentei mais cedo, mas a água bate no peito”, informou o morador à equipe do órgão pouco antes de atravessar na embarcação.

Nesta quarta, foram distribuídas 23 cestas básicas e 43 fardos de água mineral. Para cada família, foram entregues uma cesta e dois fardos. Além dos moradores de Cajueiro, a Defesa Civil fez a distribuição, definida mediante cadastramento, em outros pontos de Lagoa de Cima, como Conceição da Barra, onde foi possível chegar apenas com auxílio de barco do Corpo de Bombeiros. As aulas de todas as unidades escolas da região foram suspensas e o serviço médico, de acordo com moradores, não foi interrompido.

Família desabrigada — Marília da Silva, de 36 anos, tem passado os dias com os três filhos, de 5, 10, e 14 anos, em uma creche-escola usada como abrigo. A casa da mulher, perto do Bar da Cintra, foi uma das atingidas pelas chuvas. Moradora da área há 16 anos, ela foi encaminhada à unidade escolar no último sábado (23) e não tem previsão para retornar à residência:

— Isso já é comum. Todo ano, a lagoa vem. Não vem como veio este ano, mas sempre entra na minha casa. A água está baixando, mas muito pouco. Se estivesse mais rápido, acho que, daqui a uns 15 dias, até dava para voltar (para casa), mas não sei.

Marília foi uma das que recebeu a entrega realizada pela Defesa Civil. Ela relatou que fez um cadastramento na última segunda-feira (25). Segundo a moradora, uma equipe da Prefeitura esteve no local, coletaram os dados dela e dos filhos e verificaram a situação da residência em que os quatro vivem.

— É complicado, mas a gente não tem por que reclamar porque não perdeu a vida. Graças a Deus, está todo mundo com saúde. A lagoa está apenas pegando o que é dela. A gente faz casa na beira da lagoa, mas sabe que, um dia, ela vai querer pegar de volta — afirmou.

Travessia de barco — Após as entregas de alimentos e água por meio de transporte terrestre, a equipe da Defesa Civil, junto à equipe de Operação Subaquáticas do Corpo de Bombeiros, realizou a travessia para Conceição da Barra, de onde saiu, por volta das 11h40, a merendeira Jaqueline Pereira Damasceno, de 28 anos. Acompanhada pelo marido, que guiava uma pequena embarcação, ela atravessou as águas para levar a filha, de 10 anos, ao local em que estava transporte escolar, ao qual chegou às 12h20. A criança estuda em Ururaí.

Ela contou que, na sexta-feira (22), a passagem de carros ficou impossibilitada pelas águas.

— No dia 22, ainda cedo, quando fui à unidade em que trabalho, ainda estava dando para ir (de carro). A gente recebeu a orientação para andar muito rápido porque estava subindo. À tarde, umas 17h, nós teríamos que ir a Campos, mas corria o risco de não passar. Quando fomos, tivemos certeza de que não daria para voltar porque a água chegou ao capô do carro. Em 2008, foi a pior enchente que houve nas redondezas. Já em 2009, teve pouca água, e, às vezes, até enche, mas não assim — detalhou.

Jaqueline comentou que muitos moradores não conseguem se deslocar até o local de trabalho e outros saíram de suas casas para ficar na área central de Campos. “A rotina está muito complicada. Eu não estou tendo nem a possibilidade de trabalhar. Para fazer compra ou coisa assim, a gente tem que sair de barco e ir até onde o ônibus passa. Eu tenho que ir para o ponto de um lugar chamado Margarida, que fica de 15 a 25 minutos da minha casa. E só pode ir de barco porque não tem possibilidade de transporte de outra forma que não seja aquático”, disse.

Aulas suspensas - Moradores que foram atendidos nesta quarta também contaram que as aulas foram suspensas em todas as unidades escolares e que o posto de saúde funciona em horário reduzido. Em nota, a prefeitura explicou que "algumas creches e escolas da rede municipal precisaram ter aulas suspensas, como as localizadas em Lagoa de Cima, Imbé e Morangaba, por impossibilidade de acesso ao local ou por estarem servindo de abrigo para famílias desalojadas", como a E.M. Ponta da Palha e a Creche Profª. Ângela Maria do Amaral Carvalho, em Lagoa de Cima; E.M. Antônio Joaquim Codeço, na estrada de Lagoa de Cima, e a Creche Ururaí".

"A Creche Professora Ângela Maria do Amaral Carvalho está sendo utilizada para abrigar uma família que teve sua casa atingida nos últimos dias pelas fortes chuvas na região de Lagoa de Cima. Foi criada uma equipe de Emergência para atender as principais demandas das escolas prejudicadas pelas chuvas e a secretaria de Educação continua realizando os serviços essenciais e reparos emergenciais nas unidades afetadas", informa a nota.


— Nossa equipe está há dias nas unidades fazendo os reparos necessários, remanejamento de salas, para que nossos alunos não sejam prejudicados. Entretanto, diante da impossibilidade de acesso a algumas unidades e da necessidade de abrigar famílias desalojadas pela chuva, as aulas precisaram ser suspensas nesses locais. As aulas serão normalizadas e o conteúdo reposto assim que possível — declarou o secretário de Educação, Brand Arenari.
Em Lagoa de Cima e na região do Imbé, mais de 400 pessoas já foram assistidas, desde o último sábado (23), com socorro utilizando dois helicópteros, cedidos pelo Corpo de Bombeiros e Polícia Civil, fazendo a entrega de água e alimentos, com o acompanhamento do prefeito Rafael Diniz. Ações de atendimento às famílias de localidades próximas a Lagoa de Cima continuam acontecendo com o apoio do Corpo de Bombeiros.
Fonte:Fmanhã

RIOCAP: Domingo 24 a sorte será sua!

No próximo domingo a sorte será sua, continue acreditando!

Operação Rubi: escutas telefônicas revelam como funcionava esquema de pagamento de propina em Marataízes


Por Wanderson Amorim

O Ministério Público Estadual (MPES) teve acesso a escutas telefônicas de investigados na operação “Rubi”, desencadeada em maio deste ano para desarticular e colher provas relativas à atuação de uma organização criminosa constituída para lesar os cofres públicos dos municípios de Presidente Kennedy, Marataízes, Jaguaré e Piúma, por possível direcionamento licitatório em favor de pessoas jurídicas contratadas, pagamento de vantagem indevida a agentes públicos e superfaturamento de contratos administrativos de prestação de serviço público.

Em processo protocolado no último dia 19, na Segunda Câmara Criminal, do Tribunal de Justiça (TJES), com pedido de afastamento cautelar do prefeito de Marataízes, Robertino Batista, o “Tininho”, por 180 dias, o Ministério Público Estadual anexou três CDs contendo escutas telefônicas e mensagens de WhatsApp entre os sócios da empresa Limpeza Urbana Serviços LTDA ME, que tem contrato com a Prefeitura de Marataízes desde 2013, o prefeito Tininho e sua esposa.

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Os autos revelam ainda onde e como ocorriam os encontros entre Tininho e os empresários para o suposto pagamento de propina para que a empresa que presta serviço de limpeza urbana na cidade mantenha o contrato em vigor.

O AQUINOTICIAS.COM teve acesso com exclusividade ao processo, mas por se tratar de áudios sigilosos nos autos não será possível publicá-los neste momento.

No processo, além do pedido de afastamento de Tininho, o MPES, por meio do Subprocurador-Geral de Justiça, Josemar Moreira, requer que Marcelo Marcondes Soares, Jose Carlos Marcondes Soares e o prefeito devolvam aos cofres públicos a quantia de R$ 3.352.329,48.

O processo, que está no gabinete do Desembargador Fernando Zardini, na Segunda Câmara Criminal, está concluso para julgamento.

Operação em maio

Em maio, durante operação que resultou na prisão de Tininho, o MPES acusou o prefeito de crime de corrupção passiva. Na época, ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão. “De acordo com elementos nos autos, o prefeito e a esposa viajaram para São Paulo e tiveram as hospedagens e espetáculos de teatros custeados como contraprestação de pagamentos nos valores dos contratos firmados”, afirmou o órgão ministerial, na época da operação.
Fonte:Aqui Notícias

Governo limita juros do cheque especial em 8% ao mês


Por Estadão

O governo Jair Bolsonaro limitou a 8% ao mês os juros do cheque especial cobrados pelos bancos, mas permitiu que as instituições cobrem uma taxa mensal para oferecer o produto aos clientes. A decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) foi divulgada na noite desta quarta-feira, 27. A limitação dos juros entra em vigor em 6 de janeiro de 2020.

Segundo o Banco Central (BC), responsável pela divulgação, a medida é para tornar o produto mais “regressivo”, ou seja, penalizar menos os pobres, já que o produto é mais utilizado por clientes de menor poder aquisitivo e educação financeira.

Em outubro, conforme dados divulgados nesta quarta pelo BC, o juro médio do cheque ficou em 305,9% ao ano. Com a mudança, os juros cairão praticamente pela metade, a 150% ao ano, segundo o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello.

“O cheque especial tem características de crédito e serviço bancário e identificamos no cheque volumes altos de limites concedidos a clientes que não são usados. Dinheiro parado significa custo no sistema, e normalmente os clientes de baixa renda que arcam com esse custo”, afirmou, em coletiva de imprensa. De acordo com ele, os limites concedidos no cheque especial somam R$ 350 bilhões, enquanto o volume de operações está em apenas R$ 26 bilhões. “Ou seja, o volume de dinheiro parado é de cerca de R$ 325 bilhões”, completou.

Além de colocar um teto para os juros do cheque especial, o governo permitiu aos bancos a cobrança de tarifa pela disponibilização de limite de cheque especial, sendo vedada a cobrança para limites de crédito de até R$ 500. Para limites superiores, poderá ser cobrada tarifa mensal de até 0,25% sobre o valor do limite que exceder R$ 500. A tarifa deverá ser descontada do valor devido a título de juros de cheque especial no respectivo mês.

De acordo com o diretor do BC, cerca de 19 milhões de usuários do cheque especial se enquadram nessa categoria, de um universo de 80 milhões de clientes.

Para os contratos em vigor, a incidência de tarifa só será permitida a partir de 1 º de junho de 2020, caso não venham a ser repactuados antes, cabendo à instituição financeira comunicar ao cliente a sua incidência com 30 dias de antecedência.

Segundo o BC, essa é uma medida de caráter específico, “por ser o cheque especial um produto com características singulares que não favorecem a competição entre as instituições financeiras”.

Além disso, de acordo com o BC, estudos apontam que é um produto inelástico aos juros (ou seja, há pouca mudança de comportamento dos clientes mesmo quando há aumento na taxa de juros cobrada), usado muitas vezes de forma não alinhada ao caráter emergencial do produto, onerando, principalmente, os clientes de menor poder aquisitivo.

O BC ainda afirma que a definição de limites de taxa de juros e a cobrança de tarifas para linhas emergenciais estão presentes em regulamentação de economias avançadas e emergentes.

Desde julho do ano passado, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. A expectativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) era de que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelerasse a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor. Isso não ocorreu. Em junho de 2018, antes do início da nova dinâmica, a taxa do cheque especial estava em 304,9% ao ano.
Fonte:O Estadão