sexta-feira, 30 de março de 2012

Entrevista/Frederico Barbosa Lemos – prefeito em exercício de São Francisco de Itabapoana

 (Foto:Campos 24 Horas)Frederico diz que a situação é crítica. Não há remédio nem combustível.
Denuncias graves chegam ao Campos 24 Horas. Beto Azevedo teria transferido dinheiro da conta da prefeitura para sua conta particular

O prefeito em exercício de São Francisco de Itabapoana, Frederico Barbosa Lemos, falou por telefone no início da tarde desta sexta-feira(30/03) com a redação do Campos 24 Horas. Ele se mostra impressionado com a situação do município e afirma que não há remédio para atender a população  e também não há combustível para a frota de veículos da prefeitura.”Levaram tudo”, declara Frederico.

Ele afirma que vai aguardar até a próxima terça-feira para saber se conseguirá nomear novos secretários (exonerou todos ontem). Frederico explica que terá de aguardar até terça, porque é o dia que encerra o prazo para que o prefeito afastado Beto Azevedo deixe da cadeia. Beto teve prisão decretada por cinco dias e a Polícia Federal ainda não anunciou se vai pedir a prorrogação da prisão.
“Mesmo não sabendo se vou continuar no cargo, quero dar tudo de mim neste fim de semana e  preparar as praias para a Semana Santa. Dependemos muito do turismo”, afirmou o prefeito em exercício.

Fontes do Campos 24 Horas informaram que duas frentes de auditoria na prefeitura já levantaram vários casos graves de desvio de dinheiro, entre os quais dois chamam mais a atenção. Foi descoberta a transferência de cerca de R$ 500 mil da conta da Prefeitura no Banco Santander para conta particular do prefeito afastado Beto Azevedo e para contas de dois de seus irmãos. Também foi apurado que havia cerca de 50 parentes de Beto Azevedo numa Folha de Pagamento.

As auditorias são feitas de forma paralela ao trabalho de investigação da Polícia Federal. Vereadores integrantes da CPI que apuram o desvio de dinheiro do SUS atuam em conjunto com servidores da prefeitura que foram convocados pelo prefeito em exercício para levantar toda movimentação financeiras dos últimos meses nas secretarias. Além da saúde, há suspeita de fraude nas áreas educação, transporte e administração.

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