¨Essa integração está sendo uma meta do governo do estado e aqui na nossa região, ela vem acontecendo de uma forma mais efetiva entre as polícias militar e civil como também a guarda civil municipal inclusive o entrosamento com a prefeitura que já vinha ocorrendo desde a gestão passada e o atual governo vem mantendo o que eu gostaria de parabenizá-lo, pois não houve a quebra do elo dessa relação e consequentemente esse entrosamento existe.
Sobre essa recente prisão dos 3 elementos, eu gostaria de creditar única e exclusivamente o mérito à polícia militar que efetivou as prisões no local de 2 deles e o outro, usando a inteligência, também foi autuado em flagrante e conduzido a 147ª Delegacia de Polícia¨.
Nesse período eleitoral, a polícia civil tem um contingente suficiente para que as eleições transcorram dentro da normalidade em São Francisco de Itabapoana ?
¨A prioridade da fiscalização no período eleitoral, compete a Polícia Federal porém algumas situações residuais, ficam por conta da delegacia que tem um efetivo limitado, o nosso município merecia um efetivo maior mais a gente vem conseguindo se desdobrar; é aquela teoria do cobertor curto, aperta daqui e dali e vamos gerindo uma prioridade e outra, mais acredito que a população de São Francisco de Itabapoana está amadurecida o suficiente para enfrentarmos esse período eleitoral sem maiores problemas¨.
A informatização hoje é um fator primordial na integração com a capital no sentido de obter as informações e dados em tempo real ?
¨Não devemos fugir das nossas responsabilidades, cheguei aqui no natal de 2009 o que eu considerava na época um presente de natal para mim e para a cidade.
Primeiro nós procuramos estruturar a delegacia que foi criada em 2004 digamos de forma rápida, não era a ideal mais já evitaria a partir dali que o cidadão se deslocasse para outro município para registrar uma mera ocorrência.
Pegamos uma documentação em andamento, tínhamos muita dificuldade com funcionários que vinham trabalhar aqui em São Francisco de Itabapoana pois alguns eram do Rio de Janeiro.
Conseguí efetuar trocas por pessoas moradoras aqui na região.
Contava naquela época também com o apoio da Prefeitura que cedia alguns funcionários para compormos o nosso quadro e assim arrumamos a casa, não que o delegado anterior falhasse nesse aspecto, como você pode observar Ronaldo, nesse departamento da delegacia, tem uma grande quantidade de materiais apreendidos de outras gestões e de outras delegacias e no contato direto com o juiz Dr. Leonardo Cajueiro, fazemos os desdobramentos necessários nos encaminhamentos dos fatos.
Vários aparelhos estão aqui disponibilizados a doação definitiva a órgãos como creches, instituições de caridade, escolas ou até para outros órgãos da Prefeitura : o intuito é que o município seja beneficiado com equipamentos que hoje estão ocupando espaço aqui na delegacia, conseguimos também um local apropriado para colocar os carros e veículos apreendidos.
Com relação as investigações mais antigas, inquéritos que estão na meta 1, 2 e 3 do governo federal aguardando a prescrição após 20 anos, estamos tentando resolver antes, numa pesquisa informatizada atual, podemos dizer que 300 inquéritos foram relatados em 2 anos, o que dá 30% de resolução alcançada e acredito que em 2 ou 3 anos, vamos zerar os inquéritos vindos da antiga delegacia, de São João da Barra e também de Guarús.
Quanto aos inquéritos a partir de 2009 que digamos assim, contém um ¨calor¨ mais aproximado da atualidade, que facilita a apuração, estão tendo uma solução mais satisfatória.
Enfrentamos a dificuldade por termos um município muito extenso, com muitas ocorrências, pessoas que tem um nome no documento mas são conhecidas por apelidos e com a criação do governo da Delegacia Legal, facilitou o nosso trabalho e em muitos casos, a folha penal sai de imediato, se a pessoa responde por crime, se já foi condenado ou não, agilizando dessa forma o trabalho também do Judiciário para o promotor oferecer denúncia etc.
A polícia científica, crimes esclarecidos em laboratórios como a gente acompanha na televisão também funciona aqui e de que forma acontece ?
¨Na pergunta anterior, você mencionou sobre o entrosamento da delegacia e a Secretaria de Segurança Pública e eu gostaria de dizer que eu que vim da capital pra cá, nessa informatização existente hoje, somos fiscalizados de imediato sobre o RO, a chefe de polícia cobra em excesso mais é preferível assim do que o desleixo, existe a cultura na capital que o interior é calmo, que tem poucos problemas e que o interior não tem essa estruturação da capital.
Com a internet, o interior ficou em igualdade com a capital, os problemas vem acontecendo na mesma proporção porque as pessoas procuram meios de não ser pegas: na hora da cobrança, eles lembram bem do interior, documentos que poderiam ser retirados aqui, as vezes temos que nos deslocar para a capital porque tem que ser assinado pessoalmente para a retirada do mesmo.
Já sugerí ao nosso regional, que o material de escritório como o de limpeza que chega a nossa delegacia, fosse feito por uma empresa terceirizada o que ocorre no Exército e na Marinha por um corpo civil especializado.
Se tivéssemos pessoas conveniadas para determinadas áreas, sobraria mais tempo para o policial civil trabalhar mais na função de investigação dos fatos e seria dada a população uma atenção maior por parte da delegacia.
A capital está mais colada em nós na hora da cobrança de resultados, eles tem melhorado muita coisa, precisamos que a manutenção das viaturas seja feita no município pois só assim com o aperfeiçoamento de alguns detalhes poderemos produzir melhores resultados.
Sobre a investigação científica, a apuração do fato em laboratório que você citou, ela ocorre próxima da realidade, não chegamos naquele nível todo mais já existem vários avanços, os reflexos nos resultados acontecem de forma científica mais evoluída.
Se as investigações progrediram, o nosso maior problema hoje é com relação ao nosso efetivo, o perito tem que cobrir toda a nossa região.
A nossa luta é pela melhoria funcional da nossa delegacia¨.
Dr Renato Perez, me fale do Sr. há quanto tempo é delegado de polícia? Desde 1993, fui o primeiro colocado no meu concurso para delegado, já administrei regionais de polícia que agrupavam 6 delegacias no Rio de Janeiro mais especificamente na zona oeste, já presidí a promoção de policiais civis, conseguí em um ano que ocorressem as promoções que duravam 2 ou 3 anos já fui presidente de comissão de inquérito administrativo, já fiz parte de banca de concurso para delegado de polícia, já lecionei na Academia de Polícia, já fui titular em delegacia de Niterói, em 2000 eu fui para Bom Jesus de Itabapoana onde tenho minha residência até hoje e de lá pra cá eu só tenho trabalhado aqui na região, durante 8 anos fui titular da delegacia de Bom Jesus de Itabapoana, trabalhei também como adjunto em Campos dos Goytacazes, na regional de Itaperuna atuei como primeiro delegado regional, sou hoje o primeiro a ser promovido ao topo da carreira, acredito nessa promoção até o final de 2012 e gostaria de continuar aqui em São Francisco de Itabapoana fato esse que depende da chefia mais a minha vontade é continuar aqui.
Como todo bom brasileiro gosto e torço pelo Fluminense, meu pai é mineiro, fundou um time lá no triângulo mineiro, não pratico muito esporte ultimamente, quando jogava futebol de salão era goleiro, fui vice campeão estadual na Gávea, gosto de assistir filmes do gênero comédia, meu prato preferido é mesmo um bom churrasco, arroz, feijão e batata frita¨.
Dr Renato Perez, suas considerações finais...
Gostaria de pedir a população de São Francisco que seja mais auxiliadora da delegacia, nós temos aí os números 2789 1322 que é o do plantão 24 horas e 2789 1205 que é o expediente e também para denúncias que é claro, serão analisadas, filtradas, algumas priorizadas, temos a carência de um carro descaracterizado para fazer uma investigação melhor, mais peço que em casos suspeitos, liguem pra nós iremos ao local e faremos o nosso trabalho, estamos aqui a serviço da população, agradeço a oportunidade por essa entrevista e um grande abraço a todos.
Foto e matéria de Ronaldo Brum.
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