Cresce a cada dia a participação de mulheres em ocorrências policiais, na maioria dos casos o tráfico de drogas. Mas o que leva essas mulheres a se envolverem no mundo do crime?
De acordo com um levantamento da Secretaria de Estado e Administração Penitenciária, das 215 detentas do Presídio Feminino de Campos, 74% estão presas por tráfico de drogas.
Segundo o subcomandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, Major João Carlos Alves, os traficantes acreditam que elas passariam despercebidas pela polícia.
“Eles acreditam que existe dificuldade da Polícia Militar em abordar mulheres, os traficantes acabam recrutando jovens e mulheres para trabalhar para eles para tentar ludibriar o trabalho da PM. Mas esta dificuldade esta sendo sanada, porque nós contamos com oficiais mulheres para revistá-las”, disse.
Esta
semana duas mulheres foram flagradas com drogas nas partes intimas
durante revista na Cadeia Pública de Campos. Nessa quinta-feira (23/08)
Maria Inês Moreira, de 53 anos, estava com 97 gramas de cocaína e 76
gramas de maconha embaladas no órgão genital, a droga seria entregue ao filho dela preso na instituição penitenciária. Na terça-feira (21/08) uma mulher de 29 anos foi detida com 186 gramas de maconha no interior da vagina, ela teria ido visitar o marido.As duas foram encaminhadas para o Presídio Feminino de Campos.
MULAS DO TRÁFICOAs mulheres também estão sendo usadas pelos bandidos como “Mulas do Tráfico”, no dia 16 de maio deste ano, Mariene Lopes da Silva, de 19 anos, foi presa com um quilo de cocaína na bolsa, 25 buchinhas de maconha e tabletes da mesma droga. Ela foi presa próximo ao trevo de Ururaí. Segundo a Polícia Civil, ela receberia mil reais pelo serviço e a pena por tráfico varia de cinco a quinze anos.
“Muitas vezes os traficantes se projetam em famílias já degradadas. Eles induzem essas pessoas a trabalharem para eles. Se a mulher foi presa não tem problema, se ele for preso pode atrapalhar o serviço do tráfico”, finalizou.
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