sexta-feira, 21 de setembro de 2012

AS ÚLTIMAS INFORMAÇÕES DO IBGE, CONFERINDO:

PC com internet é bem durável que mais cresceu nos lares, diz IBGE

Domicílios com telefone móvel também aumentaram, diz pesquisa do IBGE.
Internet brasileira ganhou 9,9 milhões de novos usuários entre 2009 e 2011.

Do G1, em São Paulo
PC com internet é bem durável que mais cresceu nos lares, diz IBGE (Foto: Editoria de Arte / G1)
O bem durável que teve o percentual mais elevado de crescimento nos lares brasileiros foi o computador com acesso à internet, com aumento de 39,8%, no período de 2009 a 2011, segundo dados do IBGE. Em segundo lugar, ficou o microcomputador, com crescimento de 29,7% no mesmo período, aponta o estudo.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, divulgada nesta sexta-feira (21). O estudo investiga dados sobre população, migração, educação, emprego, família, domicílios e rendimento. Foram ouvidas 358.919 pessoas em 146.207 domicílios. Segundo o IBGE, a população residente em 2011 no país era de 195,2 milhões.
Além dos computadores, a pesquisa do IBGE mostrou que os celulares ficaram em terceiro lugar na lista de bens duráveis que mais cresceram nos lares brasileiros, com um aumento de 26,6% entre 2009 e 2011.

Os domicílios com pelo menos um morador que tinham telefone móvel para uso pessoal eram 41,1% do total em 2009. Em 2011, essa porcentagem chegou a 49,7%, somando 6,4 milhões de lares com celular. Segundo a pesquisa, a ampliação no número foi mais intensa nas regiões Nordeste (2,5 milhões de lares) e Sudeste (2 milhões de lares) do país.
O Nordeste também liderou a lista de regiões onde a posse do aparelho mais cresceu (de 48,3% para 61,6%), seguido pelo Norte (de 51,2% para 63,6%). O menor aumento ficou na região Centro-Oeste (de 51,7% para 57,4%). Os dados também são referentes a análises feitas em 2009 e 2011.
De acordo com a pesquisa, o único bem que apresentou redução foi o rádio, que teve sua presença diminuída em 0,6%.
 
Mais 9,9 milhões de internautasA internet brasileira ganhou 9,9 milhões de novos usuários entre 2009 e 2011, segundo o levantamento do Pnad. Em 2011, 77,7 milhões de pessoas de 10 anos ou mais declararam à pesquisa do IBGE ter usado a internet nos últimos três meses, em relação à data da pergunta que lhe foi feita. O crescimento em relação a 2009 foi de 14,7%.
De acordo com a pesquisa, os usuários da internet correspondiam, em 2011, a 46,5% da população de 10 anos ou mais de idade, uma elevação de 4,9 pontos percentuais em relação a 2009.
PC com internet é bem durável que mais cresceu nos lares, diz IBGE (Foto: Editoria de Arte / G1)

Também em relação a 2009, a região brasileira que mais teve aumento no número de internautas foi a Centro-Oeste, adicionando 1 milhão de novos usuários. No Nordeste, o aumento foi de 16,4% e, no Sudeste, de 15%. O IBGE revela que as regiões Norte e Sul tiveram aumentos abaixo da média brasileira: 12,1% e 11,3%, respectivamente.
A pesquisa informa que, em 2009, todas as regiões brasileiras tinham menos da metade da população de 10 anos ou mais com acesso à internet. Em 2011, o quadro mudou e Sudeste, Centro-Oeste e Sul registraram mais da metade da população com acesso à web. As regiões Norte e Nordeste tinham pouco mais de um terço desta parte da população com acesso à rede, revelou o estudo.
 
Acesso à web por idade
Os dados do Pnad mostraram que, entre 2009 e 2011, todas as faixas etárias tiveram um aumento na proporção de pessoas com acesso à web. “O grupo etário de pessoas de 30 a 39 anos de idade foi aquele que apresentou o maior aumento”, diz a pesquisa. Em seguida, ficou o grupo de 25 a 29 anos e o de 40 a 49 anos.

O estudo afirma que as menores variações no acesso aconteceram nas faixas de 15 a 17 anos e na dos 18 aos 19 anos. “Esses grupos apresentaram a maior proporção de pessoas que mais acessavam a internet em 2009 e mantiveram-se assim em 2011”, diz o IBGE.
   
Nordeste concentra mais da metade dos analfabetos do país, diz IBGE

Pesquisa mostra que 6,8 milhões não sabem ler nem escrever na região.
Brasil tem 30,5 milhões de analfabetos funcionais, segundo dados da Pnad.

Do G1, em São Paulo
mapa analfabetismo pnad (Foto: Editoria de Arte/G1)
O Nordeste concentra 52,7% do total de analfabetos do Brasil, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo realizado em 2011 aponta que 12,9 milhões de brasileiros com mais de 15 anos de idade não sabem ler nem escrever. Destes, 6,8 milhões estão na região Nordeste, que tem taxa de analfabetismo de 16,9%, quase o dobro da média nacional, de 8,6%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011. O estudo investiga dados sobre população, migração, educação, emprego, família, domicílios e rendimento. Foram ouvidas 358.919 pessoas em 146.207 domicílios. Segundo o IBGE, a população residente em 2011 no país era de 195,2 milhões.
De acordo com o estudo, o índice de analfabetismo no Brasil caiu 1,1 ponto percentual em 2011 em relação à pesquisa anterior, feita em 2009. Em 2011, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, no Brasil, foi estimada em 8,6%. Em 2009, a taxa era de 9,7%.

O Nordeste apresentou a maior evolução entre as regiões, mas continua com uma alta taxa de analfabetismo. O índice caiu 1,9 ponto percentual, passando de 18,8% em 2009 para 16,9% em 2011. Os números mostram a redução do percentual de analfabetos no Nordeste. Na pesquisa realizada em 2004, por exemplo, este índice era de 22,4%. Segundo a pesquisa, os estados de Alagoas, Maranhão e Piauí possuem os maiores índices de analfabetismo do país, de 17,3% a 21,8%.
As regiões Sul e Sudeste apresentaram taxas de analfabetismo de 4,9% e 4,8%, respectivamente. Na região Centro-Oeste, a taxa foi de 6,3%. No Norte, esse percentual foi de 10,2%.
 
Analfabetismo funcionalA taxa de analfabetismo funcional foi estimada em 20,4%, um pequeno aumento em relação a 2009, quando o índice foi de 20,3%. Em 2011, foram contabilizados, entre as pessoas de 15 anos ou mais, 30,5 milhões de analfabetos funcionais no país.
Segundo o IBGE, analfabetos funcionais são pessoas com 15 anos ou mais de idade e menos de quatro anos de estudo. Especialistas também classificam este grupo como pessoas que sabem ler e escrever, mas não entendem aquilo que leem.
A maioria dos analfabetos funcionais (30,9%) está concentrada no Nordeste, de acordo com a pesquisa. A região Norte tem 25,3%. Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste,
esse indicador foi de 14,9%, 15,7% e 18,2%, respectivamente.

Maioria dos brasileiros é solteiro, mas 57% têm algum tipo de união conjugal

Dados fazem parte da Pnad 2011, divulgada nesta sexta (21) pelo IBGE.
Por estado civil, 48,1% dos brasileiros são solteiros e 39,9% são casados.

Rosanne D'Agostino Do G1, em São Paulo

Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 57,1% dos brasileiros com mais de 15 anos, cerca de 85,5 milhões de pessoas, vivem em algum tipo de união conjugal. Levando em conta somente o estado civil, o número de brasileiros solteiros supera o de casados em todas as regiões do país.
UNIÃO ENTRE PESSOAS COM MAIS DE 15 ANOS, SEGUNDO PESQUISA DO IBGE
Divisão por estado conjugal
Viviam em união
57,1%
Casamento civil e/ou religioso
37,2%
União consensual
19,8%
Não viviam em união
42,9%
 
Divisão por estado civil
Solteiros
48,1%
Casados
39,9%
Divorciados, desquitados e separados judicialmente
5,9%
Viúvos
6,1%
Fonte: Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pnad 2011
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, divulgada nesta sexta-feira (21). O estudo investiga dados sobre população, migração, educação, emprego, família, domicílios e rendimento. Foram ouvidas 358.919 pessoas em 146.207 domicílios. Segundo o IBGE, a população residente em 2011 no país era de 195,2 milhões.
Segundo o IBGE, é a primeira vez que os entrevistados são questionados sobre que tipo de união conjugal possuem. Antes, a pesquisa era apenas sobre o estado civil da pessoa.
Entre os entrevistados da Pnad, 42,9% (64,3 milhões de brasileiros) disseram não estar em nenhum tipo de união conjugal. Entre os que afirmaram viver em união, a maioria indicou casamento civil e/ou religioso (37,2% do total), diante dos que relataram apenas união consensual. (Veja os dados na tabela ao lado)
A região Sul foi a que apresentou a maior participação de pessoas vivendo em união, com 61,9%. Na região Nordeste está o menor percentual, 55,4%.
 
Mais solteiros
A pesquisa mostra que, em 2011, eram 72 milhões de solteiros (48,1%) contra 59,7 milhões de casados (39,9%) no Brasil. Em 2009, eram 62,2 milhões de solteiros (42,8%) contra 66,6 milhões de casados (45,9%).

As regiões Sul e Sudeste lideram o percentual de casados: 43,1% da população. A região Norte apresenta o menor percentual de casados: 30,3% contra 60,2% de solteiros.

Envelhecimento
Os dados da Pnad também mostram a tendência de envelhecimento da população brasileira. A comparação entre as pirâmides etárias de 2009 e de 2011 mostra que houve uma redução da participação dos grupos de idade inferiores a 30 anos na população total e um aumento dos grupos acima dessa idade.

O índice de pessoas com idade inferior a 30 anos baixou de 52,2%, em 2009, para 48,6%, em 2011. No mesmo período, a população com mais de 60 anos aumentou de 11,3% para 12,1%.
O Norte continuou apresentando o maior percentual de jovens. Em 2011, 57,6% da população residente nesta região (9,5 milhões de pessoas) tinha idade inferior a 30 anos.
As regiões Sudeste e Sul apresentavam os maiores percentuais de pessoas nos grupos de idade entre 45 a 59 anos (18,5% e 19,4%, respectivamente) e de 60 anos ou mais (13,3% e 13,1%, respectivamente).

Nº de domicílios com 1 morador sobe para 7,8 milhões no Brasil, diz IBGE

Dados fazem parte da Pnad 2011, divulgada nesta sexta (21) pelo IBGE.
Pesquisa mostra que há, em média, 3,2 moradores por residência no país.

Rosanne D'Agostino Do G1, em São Paulo

moradores_por_domicilio_pnad (Foto: Editoria de Arte / G1)

O número de domicílios com apenas um morador no país aumentou de 12% para 12,7%, entre 2009 e 2011. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a densidade domiciliar apresentou queda no mesmo período, passando de 3,3 para 3,2 moradores, em média, por residência.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, divulgada nesta sexta-feira (21). O estudo investiga dados sobre população, migração, educação, emprego, família, domicílios e rendimento. Foram ouvidas 358.919 pessoas em 146.207 domicílios. Segundo o IBGE, a população residente em 2011 no país era de 195,2 milhões.
 
(Veja todas as notícias de Pnad abaixo)
Segundo a pesquisa, a variação do número de domicílios com apenas um morador foi a mais expressiva, entre 2009 e 2011, passando de 7 milhões para 7,8 milhões.
A região Centro-Oeste apresentou, em 2011, o maior percentual de domicílios com apenas um morador (13,8%), 2 pontos percentuais acima do registrado em 2009. O Sudeste, que em 2009 havia apresentado a maior proporção (13,1%), registrou aumentou para 13,2%.
Os dados mostram ainda que houve redução, entre 2009 e 2011, na proporção dos domicílios com quatro ou mais moradores, de 40,4% para 37,7% (533 mil residências). Os domicílios com até três moradores passaram, no mesmo período, de 59,6% para 62,3%.
 
População por sexo e cor
Os números da pesquisa do IBGE mostram que as mulheres continuam sendo maioria entre a população total do Brasil. As mulheres representavam 51,5% da população. Elas eram 100,5 milhões. Os homens representavam 48,5%, ou 94,7 milhões.

Em 2011, 46,7% das mulheres brasileiras tinha idade entre 0 a 29 anos, enquanto que a população feminina com 30 anos ou mais correspondia a 53,3% do total. Entre os homens, os percentuais foram de 50,5% de 0 a 29 anos e de 49,5% com 30 anos ou mais.
Ainda conforme o instituto, 47,8% da população residente no país em 2011 era branca (93,3 milhões), 8,2% era preta (16 milhões), 43,1% era parda (84,1 milhões), 0,4% era indígena (784 mil) e 0,6% era amarela (1,1 milhão).
Com relação a 2009, o Brasil registrou redução de 0,4 ponto percentual na população branca e de 0,9 ponto percentual da população parda. No período, a população preta aumentou em 1,4 ponto percentual.

Adolescentes lideram aumento de uso de celular no Brasil, diz Pnad

Faixa de 10 a 17 anos forma grupo com maior aumento de posse de celular.
21,7 milhões se tornaram donas de aparelhos entre 2009 e 2011, diz Pnad.

Do G1, em São Paulo
Adolescentes lideram aumento de uso de celular no Brasil, diz Pnad (Foto: Pedro Gonçalves/G1MG) 
Mais de 40% das pessoas entre 10 e 14 anos tinham celular em 2011 (Foto: Pedro Cunha/G1MG)

O grupo de pessoas na faixa etária entre 10 e 17 anos teve o maior aumento percentual de posse de celular, entre 2009 e 2011, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo, 41,9% dos entrevistados na faixa de 10 a 14 anos tinham celular próprio em 2011, um crescimento de 12,6 pontos percentuais em relação a 2009. Essa porcentagem chegou a 67,5% em 2011 na faixa dos 15 aos 17, um aumento de 15,7 pontos percentuais em relação a 2009.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, divulgada nesta sexta-feira (21). O estudo investiga dados sobre população, migração, educação, emprego, família, domicílios e rendimento. Foram ouvidas 358.919 pessoas em 146.207 domicílios. Segundo o IBGE, a população residente em 2011 no país era de 195,2 milhões.
A pesquisa revela que o maior percentual de pessoas com telefone móvel celular está na faixa etária de 25 a 29 anos, onde 83,1% das pessoas têm celulares.
Em 2011, diz o estudo, 115,4 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade (69,1%) disseram ter telefone celular para uso pessoal, representando um aumento de 23,1% em relação a 2009. No total, mais 21,7 milhões de pessoas se tornaram donas de aparelhos móveis.
Entre as regiões brasileiras, o maior crescimento foi verificado no Nordeste, onde 59,4% das pessoas de 10 anos ou mais de idade afirmaram ter telefone móvel em 2011. O menor aumento ficou com a região Sul, que teve crescimento de 7,8 pontos percentuais no período.
Adolescentes lideram aumento de uso de celular no Brasil, diz Pnad (Foto: Pedro Gonçalves/G1MG) 
Lucas Gaede utiliza aparelho que ganhou da mãe
no início de 2012 (Foto: Pedro Cunha/G1MG)
 
Celular vira brinquedo
Depois de dois anos de pedidos, Lucas Gaede, de 9 anos, ganhou um celular no início de 2012. A mãe dele, Adriana Gaede, contou que conseguiu o aparelho, um smartphone, em uma promoção da operadora. “Eu ganhei o telefone de cortesia e, como eu não queria me desfazer do meu antigo, eu passei o novo pra ele, porque tinha os joguinhos que ele queria”, disse a mãe, que aproveitou a ocasião para presentear o filho.

Adriana optou pelo plano pré-pago, pois, segundo ela, impõe um limite maior. “Eu coloco R$ 20 por mês. Acho que é o necessário. Para ele funciona bem. A gente tem que delimitar um valor para a criança. Acredito que não tem necessidade de ser mais do que isso”, avaliou.
O celular, que para o filho se tornou mais um brinquedo, para a mãe facilitou a comunicação. Lucas não tem o costume de ficar por horas com o aparelho no ouvido, porém, a tela do smartphone carrega uma extensa lista de jogos e aplicativos. O menino que, além da escola, estuda inglês e faz aulas de guitarra e futebol, ainda é adepto dos “antigos” jogos de tabuleiro. Mesmo com todas essas atividades, sobra tempo para outros eletrônicos, como o videogame e o computador.
Lucas é aluno do terceiro ano de um colégio na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em sua classe, ele não é o único que possui celular. Apesar de o aparelho não ser unanimidade entre os colegas, vários já fazem parte desta tendência.
“Kaka”, como é conhecido na escola, disse que as matérias preferidas são educação física e matemática. Os jogos de futebol não são praticados somente na tela do smartphone. Com o apelido de um ídolo do esporte, Lucas já está certo sobre a profissão do seu futuro – jogador de futebol.
Adriana acredita que é preciso ter limites com o uso do telefone. “Se a gente deixar, a tendência é que ele fique o dia inteiro no celular”, diz a mãe. Entretanto, ela avalia que o aparelho não tenha vindo somente para prejudicar. Segundo a mãe, Lucas é muito responsável com os horários e as responsabilidades, e, por isso, sabe a hora de largar o aparelho de lado e se desconectar.

Trabalho infantil cai 14% no país, mas região Norte tem aumento, diz IBGE

Dados fazem parte da Pnad 2011, divulgada nesta sexta (21) pelo IBGE.
Segundo pesquisa, 8,6% das crianças e adolescentes do Brasil trabalham.

Rosanne D'Agostino Do G1, em São Paulo
TRABALHO INFANTIL NO BRASIL
% ocupação
15 a 17 anos

2009 (%)
2011 (%)
Norte
10,1
10,8
Nordeste
11,7
9,7
Sudeste
7 ,5
6,6
Sul
11,6
10,6
Centro-Oeste
10,2
7,4
Brasil
9 ,8
8,6
Fonte: Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pnad 2009/2011
O número de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhadoras caiu 14% no Brasil entre 2009 e 2011. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de ocupação nesta faixa etária passou de 9,8%, em 2009, para 8,6%, em 2011.
 
(Veja todas as notícias de Pnad abaixo)
A região Norte do país, no entanto, apresentou aumento nos índices de trabalho infantil, passando de 10,1% para 10,8% no mesmo período.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, divulgada nesta sexta-feira (21). O estudo investiga dados sobre população, migração, educação, emprego, família, domicílios e rendimento. Foram ouvidas 358.919 pessoas em 146.207 domicílios. Segundo o IBGE, a população residente em 2011 no país era de 195,2 milhões.
Segundo a pesquisa, cerca de 3,7 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos estavam trabalhando no país em 2011. Os números mostram redução, em dois anos, de aproximadamente 567 mil trabalhadores nesta faixa etária - em 2009 eram 4,2 milhões. Em 2004, cerca de 5,3 milhões trabalhavam.

De acordo com o IBGE, os números sobre trabalho infantil refletem uma tendência de queda na ocupação de crianças e adolescentes. “Este movimento [de queda] aconteceu em quase todas as regiões”, aponta o instituto. Entre 2004 e 2009, a diminuição havia sido de 20,7%.
O Norte foi a única região a apresentar elevação no número de crianças e adolescentes que trabalham, passando de 10,1% para 10,8%, entre 2009 e 2011. O Sul, apesar de registrar queda, também tem nível alto de ocupação na faixa entre 5 e 17 anos, com 10,6% em 2011. (veja os dados por região na tabela acima)
O Centro-Oeste teve a maior redução, passando dos 10,2%, registrados em 2009, para 7,4%, em 2011. A região Sudeste teve o menor percentual, com 6,6%.
Do total de crianças e adolescentes empregados, 89 mil tinham entre 5 a 9 anos de idade, 615 mil estavam na faixa de 10 a 13 anos de idade e a maioria, cerca de 3 milhões, tinham entre 14 e 17 anos de idade. Nas três faixas etárias, o sexo masculino era predominante.
 
Rendimento
Segundo o IBGE, as famílias em que crianças de 5 a 17 anos não trabalham têm rendimento mensal per capita de R$ 490, maior que os R$ 452 registrados nas famílias em que crianças trabalhavam. Do tal de crianças que trabalham, 37,9% não recebiam remuneração.

Os números da pesquisa apontam ainda que as crianças e adolescentes ocupadas no país trabalhavam, em média, 27,4 horas por semana. A taxa de escolarização deste grupo ficou em 80,4%.
Entre a população ocupada de 5 a 13 anos de idade, 63,5% trabalhavam em atividades agrícolas, sendo que aproximadamente 74,4% dos trabalhadores desse grupo atuavam sem remuneração.

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