Advogada diz que Neco se reservará ao direito de falar em juízo
Os depoimentos duram cerca de 30 minutos. Mas, de acordo com a advogada do PMDB e dos envolvidos, Maria Letícia Barros, todos os envolvidos estão se reservando ao direito de só falar em juízo. Inicialmente a defesa está trabalhando com a alegação de atipicidade do crime, por entender que não houve formação de quadrilha.
“Não houve negociação. Nossos clientes não participaram de esquema formado”, disse Letícia acrescentando que só tiveram acesso às provas na tarde de quinta-feira (04/10).
A advogada alega também que o material (gravação de vídeo e áudio) não foi periciado e, por isso, considera a ação da Polícia Federal arbitrária em determinar a prisão da prefeita Carla Machado e vereador e candidato a vice-prefeito, Alexandre Rosa, fato este ocorrido na madrugada do dia três de outubro.
“Eles não participaram dessa coaptação de candidatos. Sem falar que esse crime nem se quer existe na legislação eleitoral. A operação baseada num crime que não existe. Solicitamos a perícia das provas, pois pode ser que a gravação da Carla seja uma montagem, mas isso só a perícia é que vai provar”, alega Letícia.
Segundo Letícia, tudo que está sendo ventilado na mídia local é especulação, pois até o momento o caso está em fase de inquérito de uma possível investigação. Disse ainda que não há possibilidade de haver prisão, se que cassação.
Além de Neco também estão prestando depoimento, os candidatos a vereador Renato Timótheo, Alex Firme, Alex Valentin, Silvana de Grussaí, Elisio Motos, e o ex-candidato Tino Ticalu.
Carla havia acabado de sair de Grussaí, onde participou de um comício do candidato Neco (PMDB), e estava se dirigindo com o motorista e dois advogados, a uma pousada, em Atafona, onde se reuniria com advogados, para tratar de assuntos relativos à campanha de Neco, quando foi abordada por Policiais Federais e conduzida para a Delegacia da Polícia Federal em Campos. Já o vereador e candidato a vice-prefeito na chapa do PMDB, Alexandre Rosa, também foi preso, em Água Santa, o que teria ocorrido na casa de Neco.
Carla e Alexandre foram autuados por formação de quadrilha e campos de votos. Eles só foram liberados após paragem fiança de R$ 60 mil e R$ 50, respectivamente.
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