sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Garotinho, Lindbergh e Pezão já de olho em 2014

Faltando dois anos para a eleição, já é possível notar que a disputa pelo governo do Estado do Rio conta com três pré-candidatos: Anthony Garotinho (PR), Lindbergh Farias (PT) e Luiz Fernando Pezão (PMDB). Enquanto Pezão, que tem o apoio do governador Sérgio Cabral (PMDB), evita comentar sobre o assunto, Lindbergh e Garotinho já começaram a mexer suas peças no tabuleiro político.

Logo após o segundo turno das eleições deste ano, que aconteceu no último domingo, o senador Lindbergh demonstrou confiança e disse que “não é papel do PT do Rio ficar o resto da vida em segundo plano”. Ele revelou que não se vê fora de um eventual segundo turno e que seu sonho era que o PMDB o apoiasse no pleito. Destacou, ainda, a força do deputado federal Anthony Garotinho (PR) na disputa. “Não me vejo fora de um segundo turno por nada. Hoje, se tivesse um segundo turno, era eu contra o Garotinho. Ele mantém força no interior, na Baixada, ganhou em São Gonçalo. As pessoas têm mania de menosprezar sua influência. Eu não o menosprezo, sei que ele tem força. Quem quiser menosprezá-lo, que menospreze, e aí está a vitória em São Gonçalo”, avaliou Lindbergh.

Apesar da cúpula do PMDB nem pensar em apoiá-lo, Lindbergh considera que sua candidatura não é de oposição. “O PMDB tem planos, com o Pezão até 2018 e com o Eduardo Paes até 2022. Nós também temos nosso projeto. Tenho uma relação super respeitosa com o governador e uma candidatura minha não significa que é de oposição. Após oito anos de governo, é natural que saia um candidato da base. Mas quero manter a boa relação com o Sérgio Cabral”, afirmou o senador petista.


Sem perder tempo, Garotinho comentou sobre a sua relação com o provável adversário. “Desde os tempos em que ele era do PCdoB e estávamos juntos na minha campanha vitoriosa ao governo do Rio em 1998. Só lamento que ultimamente Lindbergh na sua obsessão em ser governador tenha se juntado a Cabral fazendo pressões junto ao TRE - RJ, inclusive para tirar Rosinha do páreo, já que ele é muito amigo de um juiz eleitoral como mais adiante ainda vou lhes mostrar detalhadamente. Mas Lindbergh pelo menos mostra-se mais com os pés no chão do que a turma do PMDB que não quer admitir as minhas vitórias”, disse Garotinho.

Governador quer petista ao lado do PMDB

O governador do Rio, Sérgio Cabral, do PMDB, já afirmou que não vai interferir na decisão do PT de lançar ou não a candidatura do senador petista Lindbergh Farias em 2014. Cabral, no entanto, disse ter colaborado para eleger de Lindbergh ao Senado e, por isso, achava importante ter o apoio dele ao vice-governador Luiz Fernando Pezão, também do PMDB, na disputa à sucessão estadual.


— O Lindbergh está no direito dele. Eu colaborei com a eleição dele para o Senado e não me arrependo. Abri todas as bases para ele. Abri todas as relações de confiança que eu tinha no estado. Ele está fazendo um bom mandato no Senado. Tem sido um senador muito atencioso e ativo. Na minha avaliação, o importante era ele apoiar o Pezão. Mas, se ele quiser sair candidato, é um direito dele — disse Cabral ressaltando que, por enquanto, ainda não discutiu com o ex-presidente Lula sobre o assunto.

Alexandre Bastos

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