No Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele, centenas de pessoas
compareceram aos dois postos de atendimento em Campos. No Hospital Dr
Beda, cerca de 100 pessoas, em média compareceram, para diagnóstico das
lesões e encaminhamento médico. Já no Álvaro Alvim (HAA), os portadores
também receberam exames preventivos gratuitos. A campanha foi realizada
pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Estimativas do
Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que o País poderá ter mais
de 134 mil novos casos em 2013, representando 25% do total de tumores
malignos.
— Nós já sabemos o que causa o câncer da pele e quem pode ter — , explicou o coordenador do Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele, da SBD, dermatologista Marcus Maia.
De acordo com o aposentado Joacir de Souza Barbosa, a campanha é importante para tirar dúvidas sobre as manchas que aparecem na pele. “Trabalho na lavoura e apanho muito sol. Sei que isso é prejudicial a pele e tem causado diversas manchas no meu rosto”, ressaltou.
A dermatologista do HAA, Ana Paula de Almeida disse que hoje a população está mais consciente sobre as lesões provocadas pelo sol, procurando atendimento médico quando se encontram em situação de risco ou até mesmo para buscar informações. “Com a intensa divulgação que vem sendo feita na mídia, os portadores de câncer de pele estão recorrendo aos hospitais, para tratamento”, destacou.
Ela lembrou que os casos mais comuns surgem em pessoas que têm histórico familiar da doença, pele clara que sempre fica vermelha e nunca bronzeada; cabelos claros; olhos claros; muitas manchas pelo corpo; já ter sofrido queimaduras pelo sol; sardas na face ou ombros e possuir uma "feridinha" que não cicatriza.
Ana Paula acrescentou ainda que o câncer de pele atinge pessoas a partir dos 40 anos, principalmente aquelas que esquecem dos cuidados que devem ter com a pele quando estão trabalhando expostos ao sol.
Câncer de pele é o de maior incidência
Dentre os tumores existentes, o câncer de pele é o primeiro no ranking mundial, sendo a Austrália a primeira da lista. No Brasil o quadro se repete. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele é o de maior incidência (24,7%).
— Nós sabemos a causa e quem poderá ter. A causa é a exposição excessiva ao sol, principalmente por quem tem a pele clara, olhos e cabelos claros, muitas pintas, história de câncer da pele na família, queimaduras anteriores pelo sol e sardas. Quanto mais destes fatores a pessoa tiver, mais susceptível ao envelhecimento ela será e maiores serão as chances de desenvolver a doença. Com isso podemos concluir que se houver proteção solar o câncer da pele não existirá — afirmou a coordenadora regional da campanha, dermatologista Ana Maria Pellegrini.
Quando identificado no início, as chances são de 98%. Em contrapartida, 25% dos casos não detectados precocemente são fatais. Muitos deles poderiam ser prevenidos através de medidas simples de prevenção e curados, quando diagnosticados precocemente. A Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta que os cuidados com a fotoproteção devem começar desde cedo, uma vez que os danos causados pelo sol no DNA das células ficam armazenados para sempre. “O efeito da radiação ultravioleta é cumulativo. Até os 20 anos, a pessoa recebe 80% do sol necessário para estragar a pele. As alterações da pele podem vir a se manifestar muitos anos depois, mesmo que ela comece a se proteger a partir daí. Daí a necessidade de ter cuidados desde cedo”, disse Ana Maria.
João Noronha
Nenhum comentário:
Postar um comentário