Sentimos
Quando nossas emoções
estão a flor da pele,
ficamos assim,
tocados até pelo vento
da tarde,
tudo é motivo para uma reflexão,
ou um choro.
Sentimos,
sentimos sim,
quando alguém que amamos
desafia a nossa paciência,
quando um mal-entendido se
espalha e cresce,
quando uma palavra maldita,
se transforma em dor,
quando pensamos que alguém
é tudo e não é nada,
é vazio, é falso, não é amor...
Sentimos,
e como sentimos,
quando nossos desejos mais
secretos se esvaziam,
quando tudo o que estava
certo dá errado,
quando tudo
o que foi combinado
não acontece,
e quando toda a nossa
emoção desaparece,
esvazia-se a alma,
desmancha-se o coração.
então sentimos a dor de
não ter um chão,
de não ter um ombro amigo
para chorar,
uma pessoa para desabafar
o que sentimos,
e sofremos...
Sentimos,
sentimos o desejo de recomeçar,
e no caminho de pedras,
removemos algumas,
revolvemos a terra seca e plantamos
sementes de esperança,
somos assim, corpo de adulto,
cabeça de criança.
Criança que sonha,
criança que sente,
que acorda para a vida e pressente,
que tudo pode ser diferente,
quando sentimos que tudo está
em nossas mãos,
nosso destino, nossos sonhos,
nossa força,
tudo faz parte da nossa emoção,
às vezes,
sem nenhuma razão.
Sentimos então a força
do não desistir,
de encarar a dor de
frente e sorrir.
Pois somos um poço
de emoções,
reflexo do aprendizado
de cada dia,
que convida para a vida,
a sua vida, o seu tempo,
o seu sentimento.
Um dia,
as sementes que
espalhamos germinam,
crescem,
e dos sonhos mais doces,
nascem frutos melados.
Hoje é tempo de colher!
E eu acredito em você
TEXTO DE: Paulo Roberto Gaefke
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