quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Nova Iguaçu e Rio de Ostras passam a contar com Centros de Hidratação de Dengue

Secretaria de Estado e Saúde já montou nove centros em todo estado e reforça o alerta para que a população faça os 10 Minutos Contra Dengue e procure o médico nos primeiros sinais de febre

Nove centros de hidratação de dengue já foram montados pela Secretaria de Estado de Saúde nestas três primeiras semanas de 2013. Cada centro tem capacidade para fazer 300 atendimentos por dia, mas a média diária tem sido, ainda, de 75 pessoas. Por estar com alto índice de incidência da doença, o Noroeste Fluminense é a região que mais tem centros, seis, no total. Na Baixada Fluminense, Xerém recebeu um centro por conta das fortes chuvas que atingiram a região no início do ano, o que propiciou a proliferação do mosquito Aedes Aegypti – transmissor da doença. A partir de segunda-feira, Nova Iguaçu e Rio das Ostras também passam a contar com os polos de cuidados de dengue.

O município de Itaperuna tem a maior média diária de atendimentos nos centros de hidratação (110), seguido de Miracema (100). Em seguida as cidades de Aperibé (90), Italva e Santo Antônio de Pádua (80 em cada cidade), Xerém (30) e Cambuci (30). Para o superintendente de vigilância epidemiológica e ambiental Alexandre Chieppe, Miracema merece uma atenção especial. Mais de 2 mil pessoas procuraram o centro de hidratação com suspeita de dengue.

 - É um número que está acima do limite que esperávamos para aquele município, nesta época do ano. É uma situação de alerta. A ideia com a montagem do centro de hidratação, é que consigamos evitar a ocorrência de casos graves e de óbitos. Isso é o mais importante para esse município, neste momento”, disse.

Campanha 10 Minutos contra a Dengue - Tão importante quanto tratar os casos é impedir que eles ocorram. Com o foco na prevenção, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS) participou, neste sábado, da Campanha 10 Minutos contra a Dengue em Duque de Caxias, em uma parceria com o município. Vinte técnicos da SVS realizaram ações com fumacê, além de eliminação de focos em bairros da cidade. Na Praça do Pacificador, ações educativas e lúdicas alertavam para a importância de que as pessoas dediquem dez minutos semanais para eliminar os focos do mosquito Aedes Aegypti de suas casas.

Moradora de Caxias, a doméstica Eloísa Helena Silva, de 59 anos, aprovou a iniciativa. "É muito importante que todas as pessoas colaborem. Eu faço a minha parte, mas se um vizinho não fizer a limpeza da água parada, vai criar o mosquito do mesmo jeito. Se eu vejo alguém que não está cuidando da casa, se tiver intimidade, falo com ele", contou. Neste domingo, o mutirão continua, com ações de bloqueio e vedação de criadouros na Vila Ideal.

Monitora Dengue – Em uma ação inédita no país, projeto da Secretaria de Estado de Saúde vai distribuir dez mil smartphones aos municípios para transmissão dos dados sobre dengue em tempo real. O objetivo é garantir que os municípios consigam acompanhar em tempo real o trabalho dos agentes de endemia na busca por focos do mosquito transmissor da doença. A tecnologia vai agilizar a elaboração dos relatórios com os dados coletados e permitir que o tempo de resposta para implementação de ações de combate à dengue e atendimento aos pacientes seja feito mais rápido nos pontos onde houver necessidade.

Casos de dengue - Durante a 2ª semana epidemiológica de 2013 (de 1º a 12 de janeiro) foram notificados 592 casos suspeitos de dengue no estado do Rio de Janeiro. Nesse período, nenhum óbito foi registrado. Durante a 2ª semana epidemiológica de 2012 foram notificados 856 casos suspeitos de dengue no estado, sem nenhum óbito. Durante todo o ano passado foram notificados 184.123 casos suspeitos de dengue no estado, com 41 óbitos. Na comparação entre 2012 e 2011, apesar do aumento de 9,34% nas notificações por dengue, a quantidade de óbitos caiu 70% no mesmo período.

 - É hora de intensificar a prevenção. Na dúvida, procure o serviço de saúde. Dengue é uma doença que pode ser grave, e quanto mais cedo diagnosticar, maior a chance de evitar casos graves – afirma Alexandre Chieppe.
Assessoria

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