Mauro
de Souza
Possível reajuste no preço dos combustíveis já
deixa a população indignada. Pela primeira vez em quase 10 anos a gasolina vai
ficar mais cara nos postos de todo o Brasil. O Governo Federal já acenou com a
possibilidade de reajustar não só o preço da gasolina, em 7% [em relação ao
internacional], mas também do óleo diesel, que terá um acréscimo entre 4% e 5%.
Ainda não há informação de quando será anunciado o reajuste, e nem qual o
percentual de correção.
O secretário de Acompanhamento Econômico do
Ministério da Fazenda, Antonio Henrique da Silveira, disse nesta quarta-feira
(16/01) que um reajuste no preço do combustível neste patamar é
“plausível”.
Além da correção, o governo pretende aumentar a
quantidade de etanol na gasolina para 25%, o que seria mais uma medida para
evitar uma piora nos índices de inflação. Mas, a elevação na composição da
gasolina em cinco pontos percentuais (hoje a gasolina contém 20% de etanol)
deve ocorrer apenas quando entrar a próxima safra de cana de açúcar, a partir
de abril.
Para o economista Paulo Clébio do Nascimento, a
estratégia utilizada pelo governo, em aumentar o preço do combustível e reduzir
os custos de energia elétrica (quase 10%), é bastante inteligente. Segundo ele,
o reajuste no combustível não irá impactar tanto na inflação como muita gente
pensa.
“Esse reajuste vai acabar não ocasionando muito
imposto, pois você tem como contraponto, uma redução alta no consumo de
energia. Então, a redução de consumo para a empresa, será mais de 20%. Já para
o consumidor, pode chegar a marca dos 16%”, explicou o economista.
Para o empresário Robson Ribeiro
Rosa, 53 anos, aumentar o preço do combustível não irá melhorar em nada, pois
na opinião dele, irá ocasionar mais inflação. “Fiquei sabendo desse reajuste e
confesso que não fiquei satisfeito. Isso só servirá para aumentar um problema
antigo presente em todo o Brasil e que ninguém vê: a inflação”, lamentou o
empresário.
Outro que se mostrou insatisfeito foi o
administrador César Vieira, 45 anos. “Estou achando isso um absurdo. O preço
nos combustíveis deveria abaixar e não reajustar. Poderia estar tomando medidas
paliativas para me preparar quando começar a valer o reajuste, como reservar
combustível, por exemplo, mas nem isso posso fazer, pois trabalho no Complexo
Portuário do Açu e só consigo abastecer quando saio”, reclamou.
Frentista há mais de 20 anos, Geraldo Magela Campos
da Silva, 55 anos, também não concorda com o reajuste. “A gente não pode fazer
nada. Nós recebemos esse aumento e temos de vender com o preço da correção. Se
eu tivesse um carro também ficaria chateado”, disse.
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