Fagner Basilio / Estagiário
Assentada foi encontrada semi nua
e ajoelhada sobre a cama de sua residência
Segundo a produtora rural, Marilza Neves, ela desconfiou do desaparecimento da vítima, que estava desde o domingo sem vê-la e que não compareceu para trabalhar numa feira na área central da cidade e também não embarcou para o Rio de Janeiro, onde iria trabalhar durante o Carnaval.
Acompanhada de outros vizinhos Marilza foi até a casa da vítima e ao se aproximar da janela do quarto sentiu mau cheiro. Imediatamente fez contato com o filho de Regina que mora em Itaboraí (Região Metropolitana do Rio) e este autorizou que eles arrombassem a janela para ver o que tinha acontecido.
Tudo isso aconteceu por volta das 13h e Regina foi encontrada sem vida, seminua, ajoelhada sobre a cama. A Polícia Militar foi acionada. Também foi encontrado no pescoço da vítima um lenço de cor vermelha que, segundo as autoridades policiais, pode ter sido usado para prática sexual e pode ter causado asfixia na vítima.
O local foi periciado e somente o laudo da polícia técnica é que vai apontar a causa da morte de Regina. O laudo deve ficar pronto nos próximos 15 dias. Para entrar na casa, a polícia teve que arrombar a porta que estava fechada a chave.
De acordo com o vizinho Paulo Bahia, no Zumbi 4 todos são assentados e colaboradores (militantes) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). “Regina sempre foi uma pessoa participativa em tudo, mas desde segunda-feira (04/02) que estranhei a ausência dela na missa de sétimo dia do Cícero Guedes dos Santos, que aconteceu aqui no assentamento” disse Paulo acrescentando que a vítima sempre morou sozinha e desconhecia qualquer tipo de inimizade que ela pudesse ter. Regina morava no Assentamento há 11 anos.
O delegado titular da 146° Delegacia de Polícia, Carlos Augusto Guimarães, disse que todas as hipóteses de investigação estão sendo feitas, inclusive para ver se o crime tem alguma relação com a morte do coordenador do MST, Cícero Guedes. “Fui informado de que ela voltou de uma praia no domingo de carona com um homem, ainda não identificado, e teria oferecido o combustível em troca da carona. Ninguém aqui o conhece e nem tem informação sobre a moto, nem de que praia foi essa, mas vamos investigar tudo”, disse o delegado.
O corpo de Regina, que estava em estado avançado de decomposição, foi removido pelo rabecão do 5° Grupamento de Bombeiro Militar para o Instituto Médico Legal (IML) onde passará por exame de necropsia que apontará a causa da morte. A ex-vereadora de Campos, Odisséia Carvalho que também estava no local do crime, confirmou que a vítima era uma militante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), e que espera que quem tenha cometido o crime seja descoberto.
"Regina era uma mulher guerreira que vivia da terra, e era uma militante do Movimento. Espero que a pessoa que tenha cometido esse crime seja descoberta e que não tenhamos mais esse tipo de perda", lamentou a ex-vereadora.
"Regina era uma mulher guerreira que vivia da terra, e era uma militante do Movimento. Espero que a pessoa que tenha cometido esse crime seja descoberta e que não tenhamos mais esse tipo de perda", lamentou a ex-vereadora.
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