Ururau
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Depois da aprovação no Congresso Nacional no último dia 06 da nova lei da redistribuição dos royalties do petróleo e a revolta dos estados e municípios produtores, que vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de evitar as perdas, parece que uma bandeira é estendida na tentativa de ocorrer o que parlamentares dos estados produtores já anunciam há anos, de que se a discussão chegar ao Supremo, até mesmo das camadas do pré-sal os produtores continuarão com a maior fatia.
Depois da aprovação no Congresso Nacional no último dia 06 da nova lei da redistribuição dos royalties do petróleo e a revolta dos estados e municípios produtores, que vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de evitar as perdas, parece que uma bandeira é estendida na tentativa de ocorrer o que parlamentares dos estados produtores já anunciam há anos, de que se a discussão chegar ao Supremo, até mesmo das camadas do pré-sal os produtores continuarão com a maior fatia.
A proposta original do projeto enviado ainda no
governo Lula previa que os campos já licitados não seriam mudados e somente a
partir das camadas do pré-sal, a serem licitadas, uma nova forma de partilha
seria adotada, o que foi questionado pelos parlamentares dos estados não
produtores que com a maioria esmagadora no Congresso Nacional conseguiu mudar o
jogo, sendo que os produtores apostam na manutenção do que está previsto na
Constituição.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos,
defendeu a retomada das conversas entre estados produtores e não produtores de
petróleo para que se possa tentar um consenso sobre a distribuição dos
royalties. Ele defendeu que municípios, estados e União abram mão de parte de
seus ganhos como uma saída e acrescentou que “ninguém vai levar isso no grito
ou na marra”.
Apesar de o tema não constar da agenda de reunião
entre os governadores e congressistas, em Brasília, Campos disse que a questão
da partilha dos royalties de petróleo é um debate que terá que ser feito. Ele
voltou a defender o entendimento como único caminho para evitar que a partilha
dos royalties seja definida pelo Judiciário.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
representante de um dos estados produtores, como o Rio de Janeiro e o Espírito
Santo, defendeu os vetos feitos pela presidenta Dilma Rousseff. Para ele,
qualquer alteração nas regras de contratos licitados gera problemas de ordem
jurídica.
“Os estados e municípios vivem em situação
dificílima. Tivemos em 1988, com a nova Constituição, o fortalecimento
federativo e de lá para cá os estados vêm se enfraquecendo”, destacou Alckmin.
O governador paulista, como os demais que se reuniram ontem para definir os
pleitos que apresentariam no Congresso defendeu, a tentativa de acordo para
evitar a judicialização da distribuição dos royalties.
MINISTRO
DO STF CRITICA A JUDICIALIZAÇÃO DO TEMA
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou na quarta-feira (13/03) a judicialização da lei dos royalties do petróleo e a cobrança de pressa para uma resposta da Corte. Para ele, o assunto deveria ser debatido nos espaços políticos, especialmente no Congresso Nacional.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou na quarta-feira (13/03) a judicialização da lei dos royalties do petróleo e a cobrança de pressa para uma resposta da Corte. Para ele, o assunto deveria ser debatido nos espaços políticos, especialmente no Congresso Nacional.
“Levaram dois ou três anos para esse debate, agora
o Supremo deve decidir em dois, três dias, em 15 dias? Não me parece ser esta a
postura adequada para conduzir o tema. Eu formulo voto para que os políticos
encontrem uma solução adequada para este tema”, disse o ministro, ao chegar no
STF nesta tarde.
Segundo Mendes, não é a primeira vez que o
Congresso transfere para o Supremo discussões que não consegue encerrar
politicamente. Ele citou como exemplo o Fundo de Participação dos Estados e a
guerra fiscal. De acordo com o ministro, a ação do Judiciário é “cirúrgica” e
não pode ser concluída tão rapidamente quanto se espera.
“Acredito que esse episódio mostra que talvez nós
devamos revalorizar a atividade política e o diálogo entre os diversos setores
envolvidos no fazimento da vontade nacional. É o Congresso Nacional o locus
para fazer esse tipo de integração e de inteiração de vontade”, completou.
O ministro também sinalizou discordar da postura
adotada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que cortou o
pagamento a fornecedores enquanto o Supremo não julgar o caso. “Eu fico a
imaginar se todos que tiverem um pleito no STF disserem que não vão fazer isso
ou vão proceder dessa ou daquela forma até que o Supremo se pronuncie”.
REDAÇÃO SHOW FRANCISCO
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