domingo, 3 de março de 2013

Saiba quem são os réus do caso Eliza; Bruno e ex vão a júri em MG

Bruno responde por três crimes; Dayanne, pelo sequestro do filho de Eliza.

Dois réus já foram condenados; três serão julgados em separado.

Do G1 MG


O goleiro Bruno Fernandes e sua ex-mulher Dayanne Rodrigues vão a júri popular a partir de segunda-feira (4) no caso de sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza Samudio, de 25 anos, ex-amante do atleta do Flamengo. Bruno é acusado de mandar matar Eliza para não pagar pensão alimentícia ao filho, Bruninho. Dayanne responde pelo sequestro e cárcere privado do filho de Eliza com o goleiro. O julgamento acontece no Fórum de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Ao todo, nove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público por participação no crime. Eles negam envolvimento. Um primo de Bruno, Jorge Luiz Rosa, que era menor de idade à epoca do crime, em 2010, foi condenado a medida socioeducativa por atos infracionais análogos a homicídio e a sequestro e já está em liberdade. Atualmente tem 19 anos e é considerado uma testemunha-chave no júri.
Em novembro, o amigo do goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão - o Macarrão -, e a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, foram condenados.
Veja abaixo quem são os réus e a situação de todos os acusados:
Júri popular a partir de 4/3

Goleiro Bruno (Foto: Reprodução/ Globo News)
Bruno Fernandes de Souza
Denúncia: O ex-goleiro do Flamengo é acusado de mandar matar a ex-namorada Eliza Samudio para não pagar a pensão alimentícia do filho. Está preso.
Acusação: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima); sequestro e cárcere privado de Bruninho e ocultação de cadáver

Dayanne Souza, mulher do goleiro Bruno (Foto: TV Globo)
Dayanne Rodrigues
Denúncia:
Mulher de Bruno à época do crime, é acusada de auxiliar no cárcere privado de Bruninho. Ela cuidou do bebê quando Eliza esteve no sítio e, depois, deixou o filho da vítima com conhecidos em Ribeirão das Neves. Responde ao processo em liberdade.
Acusação: sequestro e cárcere privado de Bruninho

Vão a júri em outra data



Marcos Aparecido dos Santos, durante audiência em Contagem (Foto: Pedro Triginelli/G1 MG)
Marcos Aparecido dos Santos, o Bola
Denúncia:
Ex-PM apontado como o executor do crime integraria uma organização de extermínio na equipe de elite da Polícia Civil mineira. Teria asfixiado Eliza em sua casa, na cidade de Vespasiano (MG), esquartejado o corpo e jogado para cães da raça rottweiler. Está preso. Vai ser julgado em 22 de abril de 2013.
Acusação: Homicídio duplamente qualificado (meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver

O caseiro Elenílson Vitor da Silva deixa a penitenciária  (Foto: Reprodução/TV Globo)
Elenílson Vitor da Silva
Denúncia: Trabalhava como caseiro no sítio em Esmeraldas e era secretário do goleiro. É acusado de participar do cárcere e de tentar esconder o filho de Eliza. Responde ao processo em liberdade. Vai ser julgado em 15 de maio de 2013.
Acusação: sequestro e cárcere privado do filho de Eliza

Wemerson Marques, o 'Coxinha', deixa a penitenciária  (Foto: Reprodução/TV Globo)
Wemerson Marques de Souza, o Coxinha
Denúncia:
Amigo de Bruno conhecido como Coxinha, é acusado de ajudar a esconder o filho de Eliza, além de participar do cárcere privado no sítio. Responde ao processo em liberdade. Vai ser julgado em 15 de maio de 2013.
Acusação: sequestro e cárcere privado do filho de Eliza

Condenados


Macarrão (Foto: Reprodução/TV Globo)
Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão
Denúncia:
Amigo de Bruno que teria sequestrado Eliza no Rio, com a ajuda de um menor, e a mantido em cárcere privado. Depois, os dois a levaram até Bola. Tem uma tatuagem: "Bruno e Maka. A amizade, nem mesmo a força do tempo irá destruir, amor verdadeiro". Foi condenado a 15 anos, sendo 12 em regime fechado e três em aberto por homicídio e ocultação de cadáver de Eliza, sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela.
Condenação: Condenado a 12 anos em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima) e mais três anos em regime aberto por sequestro e cárcere privado. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver

Fernanda Gomes de Castro, (Foto: Daniel Iglesias / AE)
Fernanda Gomes de Castro
Denúncia: Era namorada de Bruno na época, acusada de auxiliar o goleiro a manter Eliza em cárcere privado em um apartamento no Rio de Janeiro e de tê-lo acompanhado na ida para Minas Gerais. Foi condenada a 5 anos de prisão em regime aberto por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela.
Condenação:  Condenada por dois crimes de sequestro e cárcere privado, de Eliza Samudio e de seu filho, Bruninho, à pena de 2 anos e 3 anos respectivamente, em regime aberto. Ela responde em liberdade.

Primo morto


Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno, é morto em Belo Horizonte (Foto: Pedro Triginelli/G1)
Sérgio Rosa Sales, o Camelo
Denúncia:
O primo de Bruno ajudou a polícia nas investigações do caso, apontou onde Eliza teria sido mantida em cárcere privado no sítio do goleiro e para onde teria sido levada para ser assassinada.
Em 22 de agosto de 2012, foi encontrado morto com seis tiros, em Belo Horizonte. Para a polícia, a morte não tem relação com o caso Bruno. Segundo as investigações, o crime tem motivação passional.
Acusação arquivada: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima); sequestro e cárcere privado qualificado; ocultação de cadáver

Acusação arquivada


Flávio Caetano de Araújo (Foto: Alex Araújo / G1)
Flávio Caetano de Araújo
Denúncia:
Motorista de Bruno, chegou a ser indiciado e apontado na denúncia como acusado de ajudar a esconder o filho de Eliza e vigiá-la no sítio de Bruno. Depois, o Ministério Público pediu que ele não fosse pronunciado (levado a júri).
Acusação arquivada: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima); sequestro e cárcere privado qualificado; ocultação de cadáver e corrupção de menor majorada.

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