sexta-feira, 11 de abril de 2014

Delegada alerta para "golpe do envelope vazio"

Atenção. Natália Patrão orienta as pessoas a estar atentas para não ser vítimas de estelionatários

Fernanda Moraes

A delegada adjunta da 134ª Delegacia Legal (Centro), em Campos, Natália Brito Patrão, voltou a fazer um alerta ontem sobre os tipos de golpes que vêm sendo aplicados pelos criminosos. Ela foi a entrevistada do programa "Seus Direitos", da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Campos), exibido na TV Diário de segunda a sexta-feira, das 11h15 às 11h50.

Natalia disse que existem mais de dez modalidades de golpes e as pessoas devem ficar atentas para não serem lesadas. Um deles, segundo a delegada, é conhecido por "bença tia". Ela explicou que é um golpe cometido por detentos de presídios, no qual o criminoso liga para números aleatórios e, quando alguém atende, diz "bença tia". "O suspeito se passa por sobrinho da vítima e diz que precisa de dinheiro, pois o carro quebrou. Em outra versão, o estelionatário pode pedir crédito de celular", explicou ela, destacando que a pessoa, antes de tomar qualquer decisão, deve checar as informações e conferir se a ligação é do sobrinho.

Dica é estar atento e desconfiar de facilidades

Outra modalidade é o envelope vazio, muito usado na compra de carro, moto ou material de construção. "O criminoso faz a compra do bem e deposita um envelope sem dinheiro. Ao receber o comprovante de pagamento, a vítima entrega a mercadoria. Só depois descobre o golpe. O certo é esperar o valor entrar na conta".

No falso sequestro, ela disse não entender como muitos ainda caem no golpe. "Eu mesma fiz registro de ocorrência de uma pessoa lesada em mais de R$ 1 mil", afirmou, destacando que o autor liga para a vítima, diz que está com o filho dela e exige dinheiro do resgate.

Natália citou outros tipos de golpes, como a gincana de programas de TV, facilitador de programas de casas habitacionais do governo, compra e venda de objetos em sites da internet, bilhete premiado, pecúlio e vendas de sobras de produtos de programas do governo. "O bilhete premiado é antigo. O bandido pega o número já sorteado da loteria, faz um jogo, pega um comprovante, mas de um sorteio que ainda vai acontecer. Aborda uma pessoa e pede para conferir os números numa lotérica, que são os sorteados. Depois pede um valor pelo bilhete, alegando ter restrições na polícia para retirar o prêmio. Pelo bilhete falso, a vítima dá dinheiro".

A delegada aconselha a não confiar em estranhos e observar o DDD da cidade das ligações de celulares. "É preciso cuidado também com quem chega uniformizado nas nossas casas. O ideal é não deixá-las entrar e ligar para a concessionária prestadora do serviço para checar as informações".

Fonte: O Diario/Show Francisco
Carlos Emir





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