Anúncio na Veja diz que país não precisa de medidas paliativas, mas de ações concretas pelo bem de todos
Pacientes amontoados nos corredores de hospitais sem condições de atendimento (Foto: orisval.wordpress.com)
Anúncio de página inteira da revista Veja – que não custa barato – aponta esta semana o retrato lastimável da saúde no Brasil e critica o que chama de medidas paliativas tomadas por quem deveria cuidar do bem estar dos brasileiros.
O espaço publicitário indica que o Conselho Federal de Medicina e os Conselhos Regionais de Medicina – que assinam a publicidade - não estão satisfeitos com o estado de abandono de nossos hospitais públicos e dos pacientes que os procuram.
Diz o anúncio que “a saúde no Brasil enfrenta uma crise grave, o que não é segredo para ninguém, principalmente para aqueles brasileiros que esperam horas por atendimento, semanas por uma consulta e até anos por uma cirurgia. Colocados entre a urgência dos pacientes e a falta de estrutura do sistema público de saúde, os médicos enfrentam as mais difíceis situações. Impedidos de praticar a boa medicina, fazem o possível para prestar um atendimento digno e humano. Há tempos, os médicos denunciam esta realidade inaceitável e cobram mais recursos para a saúde, maior controle e avaliação dos gastos para evitar abusos, melhoria na qualidade de gestão e criação da carreira de Estado para a categoria. O país não precisa de medidas paliativas, mas de ações concretas pelo bem de todos”.
Entre estas medidas paliativas citadas na peça publicitária, entende-se que está a importação de mão de obra cubana para a execução do polêmico programa “Mais médicos”.
Quando os conselhos mais importantes de uma categoria apelam para a publicidade na revista mais importante do país, é sinal de que as vias institucionais não estão adiantando. O Governo Federal abraçou o suposto e pretendido sucesso do programa como forma de eleger para governador do estado mais importante da federação justamente o ex-ministro da saúde e transformou o mesmo projeto em o carro-chefe da campanha da reeleição de Dilma Rousseff.
Hospitais públicos – sejam federais, estaduais ou municipais – continuam do jeito como bem os conhecemos.
O anúncio ainda comporta as frases: Este é o retrato da saúde no Brasil. Virar o rosto não vai resolver o problema.
Fonte: Terceira Via/Show Francisco
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