Curso do rio foi alterado por meio de retificações artificiais do seu leito natural
Membros do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) reuniram-se para avaliar a aplicabilidade das ações de redefinição dos limites intermunicipais e interestaduais do Rio Itabapoana, localizado na divisa do Estado do Espírito Santo com o Rio de Janeiro.
O curso do Rio Itabapoana foi alterado por meio de retificações artificiais do seu leito natural, que acarretou na modificação na linha divisória entre os estados, no perímetro entre a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) - também conhecida como Pedra do Garrafão - até a foz do Rio Itabapoana, no Oceano Atlântico. As alterações foram observadas, em um primeiro momento, em reuniões de gabinete a partir de análises de insumos cartográficos, e, posteriormente, confirmadas pelas equipes técnicas dos órgãos envolvidos.
“As ‘divisas’ que estas instituições têm e terão em mãos, se adequadamente aplicadas, farão de verdade uma nova divisa ES/RJ, ali no baixo Rio Itabapoana, com maior preservação ambiental, atenção social e desenvolvimento econômico, tudo isso absolutamente sustentável. Mas, além de dividir, o momento é buscar onde se pode somar ao futuro do Rio Itabapoana”, disse o pescador esportivo do Rio Itabapoana, José Armando Barreto.
De acordo com ele, assim como todas as retificações em Rios da Região, como Imbé, Macabú, São João, Macaé e até os Canais da baixada e das Flechas, a intenção de aumentar a porção de terras agricultáveis é para fins pecuários, um benefício às propriedades em suas margens. Ainda segundo ele, uma utilização mais adequada das “divisas”, poderia ser a devolução do rio ao antigo traçado, uma reparação ambiental histórica e que teria atenção e aprovação e investimentos vindos de todo o planeta.
“A retificação do Itabapoana foi executada (trecho final) entre a ponte da divisa e a Foz na localidade de Barra do Itabapoana, no município de São Francisco de Itabapoana. Na época não havia conhecimento e o entendimento de que esta ação levaria a um dano ambiental muitas vezes irreparável. A divisa entre ES e RJ, fica em uma área baixa, quase sem assentamentos urbanos, e tem este trecho constantemente alagado. Uma nova delimitação da divisa seria de pouca ou nenhuma necessidade, pois não haveria benefícios a Agricultura Familiar, pescadores, nem mesmo as populações ribeirinhas ou aos proprietários do baixo Itabapoana”, explicou o pescador que complementou:
A Bacia Hidrográfica do Rio Itabapoana é formada por 18 municípios numa área de divisa, que abrange os Estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Fonte: Ururau/Show Francisco
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