quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Comissão da Alerj pede investigação do concurso da PM à Polícia Civil


Carlos Grevi/Arquivo

Candidatos de Campos também organizaram uma manifestação pedindo anulação do certame

Candidatos inscritos no último concurso da Polícia Militar do Estado do Rio (PMERJ), levaram à Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) indícios que comprovariam o não cumprimento do edital pela empresa contratada para a realização do certame.

Entre as principais críticas apresentadas estão questões com conteúdo fora do definido em edital, falhas no uso do detector de metais e a posse de aparelhos eletrônicos por candidatos durante a prova, que fizeram com que fotos do cartão de respostas e do caderno de provas vazassem em redes sociais.

Os postulantes a uma vaga no concurso entregaram à comissão fotos, registros colhidos em redes sociais, gravações em vídeo e registros em ata dos locais de concurso que comprovariam as fraudes.


Antônio Carlos Santana, um dos candidatos, explicou que os fiscais de prova, além de portarem celulares, o que é proibido, não tinham conhecimento do uso do detector de metais, fazendo-o de forma errônea, não podendo garantir que não houvesse uso de aparelhos eletrônicos durante a prova.

"Quando fui ao banheiro, uma fiscal solicitou que eu passasse pelo detector de metais, que não apitou, mas sabendo que eu possuía as chaves do meu carro e algumas moedas no bolso, questionei e verifiquei que a fiscal não sabia usar o aparelho. Não há a menor condição de comprovar a lisura desse concurso", afirmou.

A escolha da empresa Exatus, responsável pelo concurso, também foi questionada. Segundo as denúncias, a empresa já havia sido envolvida em irregularidades em outros certames.

O colegiado se reuniu para ouvir as reclamações dos candidatos e aprovou com unanimidade os encaminhamentos definidos pela mesma.

Convidados para prestar esclarecimentos, tanto a PMERJ, quanto a empresa Exatus não enviaram representantes a reunião, que contou com a presença, além de candidatos a uma vaga na PMERJ, do presidente da Associação de Ativos, Inativos e Pensionistas da PMERJ (Asssinap), Miguel Cordeiro.

No dia cinco de setembro, um grupo de cerca de quinze campistas, que fizeram o concurso da PMERJ, no dia 31 de agosto, se reuniu para manifestar a insatisfação com as 40 questões contidas na prova. Na ocasião, os manifestantes apresentaram as mesmas reivindicações apresentadas à Comissão da Alerj.


Postado por: DANIELA ABREU
Fonte: REDAÇÃO/ASCOM



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