Os bancários rejeitaram, mais uma vez, a proposta feita pelos bancos para os reajustes salariais, segundo a comunicação da Contraf-Cut, confederação que representa 134 sindicatos bancários do país. A rodada de negociação ocorreu no último sábado. Com a negativa, está confirmada, para esta terça-feira (30), uma greve da categoria.
De acordo com a Contraf-Cut,, a proposta apresentada pelas instituições financeiras foi de um aumento de 7,35% –mais do que oferecido na quinta (25), 7%.
Baseado na inflação medida pelo INPC, a proposta contempla um aumento real (acima da inflação) de 0,94%. A categoria pede reajuste real de 5,8%.
Outra proposta que foi revisada foi a do reajuste oferecido para o piso salarial da categoria, que subiu de 7,5% para 8%.
No Brasil, há cerca de 500 mil bancários. A greve deverá acontecer a menos de uma semana do primeiro turno da eleição presidencial. No ano passado, a greve durou 23 dias. Se isso se repetir, chegará próximo ao segundo turno da eleição, marcado para o dia 26 de outubro. A maior greve foi em 2004, quando a categoria parou por 30 dias.
Nesta segunda-feira (29), será feita uma assembleia para organizar a greve.
As principais reivindicações dos bancários
Reajuste salarial de 12,5%.
PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.
14º salário.
Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.
Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.
Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.
Fim das metas abusivas.
Combate ao assédio moral.
Isonomia de direitospara afastados por motivo de saúde.
Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria.
Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS)para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Setembro
27 – Oitava rodada de negociação com a Fenaban
29 – Assembleia para deflagração da paralisação
30 – Greve nacional por tempo indeterminado
Outubro
02 – Manifestações em frente aos prédios do Banco Central, em defesa de um BC independente do mercado financeiro.
Fonte: Campos 24 Horas/Show Francisco
Foto: Saulo Garcez
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