Carlos Grevi / Marcelo Esqueff
Segundo a Defesa Civil, cota mais baixa já registrada foi de 4,55 metros
O Rio Paraíba do Sul continua sofrendo com a seca na região. Em uma nova medição realizada nesta quarta-feira (15/10) pela Defesa Civil Municipal o nível marcou 4.60 metros, o que para o órgão continua em uma situação bastante preocupante.
A equipe do Site Ururauentrou em contato com o subsecretário major Edison Pessanha, que falou sobre a seca mais intensa vivida pelo rio. “Estamos vivendo em um momento bastante delicado, onde desde 1922 não vimos uma seca tão forte. Há muitos dias não chove na região e isso só piora, o que temos a fazer é esperar que o verão que se aproxima chegue com mais chuva”, disse Edison ressaltando que a única medida tomada pela Defesa Civil é o bombeamento do Rio para o canal Campos / Macaé.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, chuvas locais podem amenizar a situação, mas para isso seria necessário, num período de 30 dias, cerca de 100 milímetros de chuvas. A cota mais baixa já registrada foi de 4,55 metros, enquanto o normal seria de aproximadamente 5.80 metros.
O Rio Paraíba do Sul vem registrando os mais baixos índices, desde que a medição do nível passou a ser feita, há cerca de 90 anos. A Secretaria de Agricultura vem realizando, desde janeiro, a limpeza e a manutenção de 30 quilômetros de canais na Baixada Campista, trabalhos que têm apresentado bons resultados, já que muitos canais estão sendo abastecidos pelas águas da Lagoa Feia.
Na Região Norte de Campos, segundo o secretário de Agricultura, Eduardo Crespo, a Prefeitura tem cedido tratores e caminhões para auxiliar pequenos produtores no transporte de alimentos para os animais.
EXPOSIÇÃO
Quem passar pelo calçadão do Centro de Campos, próximo à Catedral irá se deparar com um cenário um pouco diferente do usual. Em uma tenda montada no local, o fotógrafo aéreo Carlos Alves exibe uma série de fotos do Rio Paraíba do Sul, nos municípios de Campos, São João da Barra e São Fidélis.
O intuito do fotógrafo em realizar a exposição foi primeiramente alertar as pessoas acerca das questões ambientais ocorridas nos últimos meses. De acordo com ele é necessário que esse assunto seja tratado de forma impactante para que as pessoas percebam o que está acontecendo com o Rio Paraíba.
“A exposição começou nesta quarta-feira e já teve cerca de mil pessoas observando, essa é a importância de fazer uma mostra como essa ao ar livre e em espaço público. A visibilidade é maior e as pessoas podem ser informadas de uma maneira diferente, que é através da fotografia. Como são fotos feitas do céu, dá para o público ter uma noção bem forte sobre o que anda acontecendo com o nosso rio”, disse.
A mostra ficará em Campos até o dia 30 de outubro e depois segue para os municípios de São João da Barra e São Fidélis. O fotógrafo diz ainda que a ideia de fazer uma exposição aberta é fazer um comparativo entre o Rio Paraíba de antigamente e de agora. Ele ressalta que os desastres ambientais sensibilizam o artista para fazer fotos sobre o meio ambiente.
“As fotos foram feitas de avião e de helicóptero pelos três municípios, algumas foram tiradas há alguns anos, e outras há pouco tempo, achei importante fazer esse contraste. No final de tudo, o que importa é que as pessoas percebam a necessidade de preservar o meio ambiente”, finalizou.
Postado por: LAILA NUNES
Fonte: URURAU
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