Alguns candidatos se associaram, com ataques conjuntos para atingir um terceiro - o que não é previsto no xadrez ou na luta livre
Como num tabuleiro de xadrez ou num octógono de luta, os concorrentes traçam estratégias para derrotar o adversário. No debate entre os candidatos ao governo do Rio, não foi diferente. Alguns candidatos se associaram e fizeram ataques conjuntos para atingir um terceiro candidato – o que não é previsto nos dois esportes citados acima.
Por liderar as pesquisas, Pezão era o homem a ser batido. Crivella começou os ataques e, não raro, ora Garotinho e Lindbergh se associavam para, mais adiante, também trocarem farpas. O candidato do PR insistiu na associação dos nomes de Pezão e Cabral enquanto o candidato peemedebista rebatia com os feios que deram certo no Governo, como as UPAs e UPPs.
Os embates seguiam mornos, com poucas e exequíveis propostas. A exposição dos lados negativos de um candidato era respondida com os aspectos positivos do próprio inquirido. Tudo de acordo com o que propuseram as assessorias. Enquanto o eleitor brigava contra o sono no sofá, Lindbergh e Crivella pediam por uma chance e um voto. Tarcísio Motta (Psol) se apresentou com uma alternativa. E parecia ser mesmo a única novidade na campanha.
Um pouco de História. Em 1960, Kennedy e Nixon travaram o primeiro debate de TV – para uma audiência de 70 milhões de americanos. No mesmo ano, em São Paulo, os candidatos à presidência no Brasil Adhemar de Barros e Teixeira Lott protagonizaram o primeiro confronto no país enquanto Jânio Quadros – que recusara o convite – fazia comício no Recife. O que viria quatro anos depois, os mais velhos vivenciaram e os mais novos aprenderam nos livros de História do Brasil.
O fim dos anos de chumbo e a retomada da democracia despertaram o interesse do público pelo debate das ideias nas emissoras de televisão. Em 1982, ainda sob a égide da Lei Falcão, os paulistas assistiram ao debate, promovido pela TVS – hoje SBT – com os candidatos ao Governo do Estado Reynaldo de Barros e Franco Montoro. No mesmo ano, a TV Globo reuniu os cinco candidatos fluminenses Leonel Brizola, Miro Teixeira, Sandra Cavalcanti, Moreira Franco e Lysâneas Maciel.
De lá para cá, a TV evoluiu, os cenários ficaram mais modernos e os espectador passou a ter um olhar diferente em relação ao conteúdo apresentado. Havia as perguntas, as respostas, as réplicas, as tréplicas e os direitos de resposta. O que menos mudou mesmo foram os discursos e conteúdos dos atores principais do debate.
Nossos políticos insistem nos mesmos clichês. Garotinho ensinou que o pior político é aquele que esquece de olhar os próprios defeitos. Lindbergh atacou a saúde do estado e Pezão rebateu criticando a saúde de Nova Iguaçu. Questionado por misturar política com religião, Crivella disse que quem faz isso é a imprensa.
Será que jornalista não tem mais o que fazer?
Como num tabuleiro de xadrez ou num octógono de luta, os concorrentes traçam estratégias para derrotar o adversário. No debate entre os candidatos ao governo do Rio, não foi diferente. Alguns candidatos se associaram e fizeram ataques conjuntos para atingir um terceiro candidato – o que não é previsto nos dois esportes citados acima.
Por liderar as pesquisas, Pezão era o homem a ser batido. Crivella começou os ataques e, não raro, ora Garotinho e Lindbergh se associavam para, mais adiante, também trocarem farpas. O candidato do PR insistiu na associação dos nomes de Pezão e Cabral enquanto o candidato peemedebista rebatia com os feios que deram certo no Governo, como as UPAs e UPPs.
Os embates seguiam mornos, com poucas e exequíveis propostas. A exposição dos lados negativos de um candidato era respondida com os aspectos positivos do próprio inquirido. Tudo de acordo com o que propuseram as assessorias. Enquanto o eleitor brigava contra o sono no sofá, Lindbergh e Crivella pediam por uma chance e um voto. Tarcísio Motta (Psol) se apresentou com uma alternativa. E parecia ser mesmo a única novidade na campanha.
Um pouco de História. Em 1960, Kennedy e Nixon travaram o primeiro debate de TV – para uma audiência de 70 milhões de americanos. No mesmo ano, em São Paulo, os candidatos à presidência no Brasil Adhemar de Barros e Teixeira Lott protagonizaram o primeiro confronto no país enquanto Jânio Quadros – que recusara o convite – fazia comício no Recife. O que viria quatro anos depois, os mais velhos vivenciaram e os mais novos aprenderam nos livros de História do Brasil.
O fim dos anos de chumbo e a retomada da democracia despertaram o interesse do público pelo debate das ideias nas emissoras de televisão. Em 1982, ainda sob a égide da Lei Falcão, os paulistas assistiram ao debate, promovido pela TVS – hoje SBT – com os candidatos ao Governo do Estado Reynaldo de Barros e Franco Montoro. No mesmo ano, a TV Globo reuniu os cinco candidatos fluminenses Leonel Brizola, Miro Teixeira, Sandra Cavalcanti, Moreira Franco e Lysâneas Maciel.
De lá para cá, a TV evoluiu, os cenários ficaram mais modernos e os espectador passou a ter um olhar diferente em relação ao conteúdo apresentado. Havia as perguntas, as respostas, as réplicas, as tréplicas e os direitos de resposta. O que menos mudou mesmo foram os discursos e conteúdos dos atores principais do debate.
Nossos políticos insistem nos mesmos clichês. Garotinho ensinou que o pior político é aquele que esquece de olhar os próprios defeitos. Lindbergh atacou a saúde do estado e Pezão rebateu criticando a saúde de Nova Iguaçu. Questionado por misturar política com religião, Crivella disse que quem faz isso é a imprensa.
Será que jornalista não tem mais o que fazer?
Terceira Via/Show Francisco
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