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Comitê recém criado promoverá novas ações na região
Este domingo (16/11) será um domingo de preservação, recuperação e conscientização, na Lagoa do Comércio, na praia de Gargaú, em São Francisco de Itabapoana. A ação é promovida pelo Comitê de Preservação do Delta do Paraíba do Sul e Itabapoana (CPDPSI). Os trabalhos de limpeza dos manguezais intitulada “Mangue é Vida!”, terão início às 9h, na Rua do Comércio.
O grupo tem se dedicado a buscar soluções para diversas demandas ambientais e sociais nas áreas de assentamentos precários, como os manguezais na região ribeirinha. Os trabalhos que tiveram início recente contam com o apoio do Comitê Baixo Paraíba, UENF, INEA e SECT/Fenorte.
A Lagoa do Comércio está localizada na área central da praia de Gargaú, e sofre influência direta das marés. Seu abastecimento é garantido pelo fluxo hídrico no Riachinho.
Na sua porção inicial, no bairro Buraco Fundo uma condição degradante, é onde recebe carga de esgoto doméstico direto de cerca de 100 domicílios, enquanto que com as marés altas, esta carga de esgoto é levada direto para dentro da Lagoa do Comércio.
Em suas margens e em seu leito uma enorme quantidade de lixo doméstico tem sido irregularmente descartado, isso em diversos pontos do Riachinho, com maior incidência nas proximidades onde corta a Rua da Muritiba.
O acúmulo de lixo, assoreamento e aterramentos tem reduzido o fluxo e a influência das marés no Riachinho, o que tem causado também um enorme assoreamento da Lagoa do Comércio, além da proliferação descontrolada de algas e vegetação, o que vem provocando o atual estado de morbidez.
Na parte mais interior da lagoa a profundidade já foi de cinco metros, e hoje não tem mais de dois metros, resultado do acumulo de matéria orgânica em seu leito.
“Todos sabem de minha paixão pelas causas ambientais e do bom vício da pescaria. Esta lagoa está na nossa história e na de Gargaú, não podemos perdê-la. É um berçário natural de peixes, como o robalo e a parati, crustáceos, como o camarão pitu. Aqui tem acará, traíra, até a tilápia que sabemos é uma espécie invasora, se aconchegou aqui. É berçário também de insetos, do buzano, que é um verme do mangue e de todas as espécimes que habitam os manguezais da foz do Rio Paraíba do Sul. O canal do Riachinho é a única veia de abastecimento, portanto, vital para sobrevivência da Lagoa do Comércio e do Manguezal”, afirma Zé Armando Barreto.
Gargaú, Barra de Itabapoana e Guaxindiba são assentamentos precários. Cresceram avançando desordenadamente sobre áreas de manguezais. Tem os mesmos problemas ambientais, não contam com captação e rede de esgotos, e tem índice zero de tratamento de efluentes doméstico e também das atividades comerciais como os muitos frigoríficos.
“Nós que somos parte da comunidade de Gargaú estamos muito preocupados em salvar este nosso patrimônio. O mutirão de limpeza no manguezal nasceu e foi planejado a partir de uma conversa numa rede social, entre o Zé Armando e o biólogo, o professor Ilzomar. Da conversa e da ideia, eles partiram para a mobilização de pessoas que amam a natureza e buscam meios de protegê-la. O mutirão vai acontecer independente de participação e interesse do poder público. Na verdade, o Zé, por ser servidor do Estado envolveu institucionalmente o CBH (Comitê Baixo Paraíba) e o INEA”, disse Batista da Padaria, que é um dos moradores preocupados com a situação do Riachinho, que estão integrados ao processo.
Uma das razões primordiais para se cuidar e preservar o manguezal do Riachinho é garantir a sobrevivência da Borboleta da Praia, que é endêmica, está em extinção, e que só existe na região.
“Esta ação é mais um alerta as autoridades, para que seja colocada mais eficiência nos cuidados com este nosso maravilhoso manguezal, um sobrevivente valente até aqui, mas que se não houver uma ação permanente de preservação, não vai sobreviver por muito mais tempo. A morte anunciada da Lagoa do Comércio é um destes avisos da natureza. Por sorte ainda não aconteceu uma grande mortandade de peixes ali, desastre que se não tomarmos uma atitude está muito próximo”, afirmou o Professor Ilzomar.
Postado por: Ururau/Show Francisco
Na parte mais interior da lagoa a profundidade já foi de cinco metros, e hoje não tem mais de dois metros, resultado do acumulo de matéria orgânica em seu leito.
“Todos sabem de minha paixão pelas causas ambientais e do bom vício da pescaria. Esta lagoa está na nossa história e na de Gargaú, não podemos perdê-la. É um berçário natural de peixes, como o robalo e a parati, crustáceos, como o camarão pitu. Aqui tem acará, traíra, até a tilápia que sabemos é uma espécie invasora, se aconchegou aqui. É berçário também de insetos, do buzano, que é um verme do mangue e de todas as espécimes que habitam os manguezais da foz do Rio Paraíba do Sul. O canal do Riachinho é a única veia de abastecimento, portanto, vital para sobrevivência da Lagoa do Comércio e do Manguezal”, afirma Zé Armando Barreto.
Gargaú, Barra de Itabapoana e Guaxindiba são assentamentos precários. Cresceram avançando desordenadamente sobre áreas de manguezais. Tem os mesmos problemas ambientais, não contam com captação e rede de esgotos, e tem índice zero de tratamento de efluentes doméstico e também das atividades comerciais como os muitos frigoríficos.
“Nós que somos parte da comunidade de Gargaú estamos muito preocupados em salvar este nosso patrimônio. O mutirão de limpeza no manguezal nasceu e foi planejado a partir de uma conversa numa rede social, entre o Zé Armando e o biólogo, o professor Ilzomar. Da conversa e da ideia, eles partiram para a mobilização de pessoas que amam a natureza e buscam meios de protegê-la. O mutirão vai acontecer independente de participação e interesse do poder público. Na verdade, o Zé, por ser servidor do Estado envolveu institucionalmente o CBH (Comitê Baixo Paraíba) e o INEA”, disse Batista da Padaria, que é um dos moradores preocupados com a situação do Riachinho, que estão integrados ao processo.
Uma das razões primordiais para se cuidar e preservar o manguezal do Riachinho é garantir a sobrevivência da Borboleta da Praia, que é endêmica, está em extinção, e que só existe na região.
“Esta ação é mais um alerta as autoridades, para que seja colocada mais eficiência nos cuidados com este nosso maravilhoso manguezal, um sobrevivente valente até aqui, mas que se não houver uma ação permanente de preservação, não vai sobreviver por muito mais tempo. A morte anunciada da Lagoa do Comércio é um destes avisos da natureza. Por sorte ainda não aconteceu uma grande mortandade de peixes ali, desastre que se não tomarmos uma atitude está muito próximo”, afirmou o Professor Ilzomar.
Postado por: Ururau/Show Francisco
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