sábado, 21 de fevereiro de 2015

Recursos para minimizar seca nos municípios

Carlos Alves / Divulgação

São João da Barra sofre com a prolongada estiagem desde o ano passado e com os problemas de salinização da água

Carlos Alves / Divulgação

Crise atinge municípios do interior do Estado do Rio, com racionamento de água e perdas incalculáveis


A Associação Pró-gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul (Agevap) e o Comitê para a Integração da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul anunciaram na quinta-feira (19), em Resende, a liberação de R$ 13,5 milhões para ações emergenciais por causa da crise hídrica. Nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, 13 municípios serão beneficiados. No Norte Fluminense, São João da Barra e São Fidélis receberão o auxílio de R$ 1,7 milhões.

Em São João da Barra, onde o maior problema é com o abastecimento de água com a salinização no principal ponto de captação da Cedae no rio Paraíba, o plano é implantar um sistema de captação flutuante capaz de tirar água do rio mesmo nos níveis mais baixos. Serão instaladas ao longo do rio 12 balsas com bombas elétricas para captação. Além dos equipamentos, será construído um poço artesiano de 250 mil litros. As obras custarão cerca de R$ 1,1 milhões.

Já em São Fidélis, o plano prevê o prolongamento de uma tubulação de água. Esta tubulação vai permitir a captação em locais mais profundos. A obra custará cerca de R$ 65 mil. Além dos problemas para captação e fornecimento, os municípios tiveram prejuízos na produção agrícola, com a morte de centenas de cabeças de gado.

Os recursos para as obras vêm do dinheiro arrecadado nos níveis federal e estadual pelo uso da água por parte de empresas e instituições e é repassado pela Agência Nacional de Águas e pelo Instituto Estadual de Ambiente à Agevap, que aplica os recursos na execução de demandas dos comitês de bacias hidrográficas.

O presidente do Comitê da Bacia do Baixo Paraíba, Sidney Salgado, diz que as ações irão minimizar o problema, mas não resolve o problema. "As intervenções são um paliativo, necessárias e importantes, mas são ações pontuais e emergenciais que não resolvem o problema", disse.
O DiárioNF/Show Francisco



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