quarta-feira, 18 de março de 2015

Caixa e Fazenda negam confisco de poupanças


Uma série de boatos espalhados pela internet e através de aplicativos de comunicação como o WhatsApp afirmando que correntistas deveriam sacar suas economias até quarta-feira (18) para não as terem confiscadas pelo Governo Federal, como aconteceu em 1990, durante o mandato de Fernando Collor de Mello, preocupou cidadãos e autoridades.

No último dia 13, o Ministério da Fazenda negou qualquer intenção de confiscar a poupança ou outras aplicações financeiras. Em nota, a pasta qualificou de falsas as informações que circulam em redes sociais sobre o assunto.

“Tais informações são totalmente desprovidas de fundamento, não se conformando com a política econômica de transparência e a valorização do aumento da taxa de poupança de nossa sociedade, promovida pelo governo, através do Ministério da Fazenda”, destacou o comunicado.

Em nota, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que determinou à Polícia Federal “a imediata e rigorosa apuração da origem dos boatos que circulam nas redes sociais relacionados à caderneta de poupança”.

No mesmo dia, a Caixa Econômica Federal afirmou, à Radioagência Nacional, que são “totalmente mentirosos os boatos de que o governo pensa em confiscar, ou mesmo congelar, o dinheiro depositado nas cadernetas de poupança”.

Continuou o banco: “Elas (as cadernetas de poupança) continuam garantidas, de acordo com a lei, livres do pagamento do Imposto de Renda, e fazendo parte do Fundo Garantidor. Aquele que garante depósitos de até 250 mil reais, por CPF e por instituição bancária. Saiba mais”.

Confisco sob Collor — Houve um confisco da poupança no Brasil em 1990. O processo foi comandado pela então ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, no início do governo do presidente Fernando Collor de Mello. Foram bloqueados a poupança e todas as aplicações financeiras da época acima de NCZ$ 50 mil (cruzados novos) - cerca de R$ 6 mil.

A medida gerou reação extremamente negativa na sociedade brasileira, que ficou sem dinheiro para honrar seus compromissos, e gerou falência de empresas.


Folha da Manha/Show Francisco



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