quarta-feira, 1 de abril de 2015

Patrulheiro do BPRv acusado de cobrar propina é inocentado

Sargento Wellington Luiz Ferreira Cruz e mais 19 agentes foram investigados pela Corregedoria da PM

Investigado pela Corregedoria da Polícia Militar, o sargento Wellington Luiz Ferreira Cruz, não vê a hora de voltar a trabalhar. Ele e mais dezenove policiais do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv) foram acusados de receberem propina de empresas de transportes e de não aplicarem multas a caminhões e ônibus durante fiscalização na RJ-216, a Campos-Farol. Todos foram inocentados.

De acordo com o Inquérito Policial Militar, o sargento Wellington, na condição de componente de guarnição - seja por consciência ou qualquer outro motivo - não fiscalizava os veículos. "Sendo verificado através da auditoria da Secretaria Estadual de Segurança (Seseg) o deslocamento e baseamento da viatura 50-0137, no dia 2 de fevereiro de 2011, próximo das empresas denominadas 'parceiras', da qual era patrulheiro".

O policial observa que a corregedoria apresentou imagens de GPS e a escala de serviço da viatura em que ele trabalhava. "Eu provei que nesta data me apresentei no batalhão, em Niterói, para a minha formatura de sargento. Eu estava autorizado pela própria Corregedoria. Também provei que de janeiro a dezembro de 2011, todos os policiais do Posto 12 apoiaram operações do Departamento Estadual de Trânsito (Detro), de segunda a sexta-feira, das 6h às 18h, na RJ-158, a Campos-São Fidélis. Como uma pessoa pode multar algum veículo, estando a cerca de 28 quilômetros de distância do posto?", questiona.

O patrulheiro reconhece como covardia a divulgação do caso na imprensa. "O Boletim Disciplinar Reservado é sigiloso. Mesmo assim, as informações contidas no inquérito foram divulgadas. Ninguém sabe quem colocou isso na mídia. Fomos transferidos para outros batalhões, tivemos nossas armas recolhidas, o contracheque sofreu alterações e ainda fomos proibidos de tirar serviço extra. Pura covardia, que poderia ter causado a nossa expulsão da corporação. A morte da minha mãe foi a maior perda que sofri. Ela enfartou e morreu assim que soube do caso. Hoje estou de licença."

Como o sargento Wellington, os demais policiais foram inocentados. "Estamos absolvidos pelo colegiado - formado por três oficiais que participaram do julgamento. Aguardamos a homologação da decisão pelo comandante geral da Polícia Militar".

Cláudia dos Santos Terceira Via/Show Francisco

Nenhum comentário: