segunda-feira, 13 de abril de 2015

Sarampo não preocupa no Brasil, mas vacinação é indispensável


De acordo com o Ministério da Saúde, houve 936 casos da doença no Brasil entre 2013 e 2014

Um surto de sarampo que atingiu 70 visitantes dos parques da Disney na Califórnia levou à recomendação de que turistas não vacinados evitem o local. Diferentemente dos Estados Unidos, o Brasil detém o certificado de erradicação da doença, concedido pela Organização Mundial da Saúde, desde 2010. Mas para que a infecção não se espalhe pelo território brasileiro, é preciso que todos mantenham a vacinação em dia.

A última transmissão de sarampo dentro do país ocorreu em 2000. Depois disso, todos os casos registrados estavam relacionados a viagens ao exterior. De acordo com o Ministério da Saúde, houve 936 casos da doença no Brasil entre 2013 e 2014, sendo 673 no Ceará e 224 em Pernambuco. No Estado do Rio, foram apenas duas notificações no período.


A prevenção do sarampo é feita com a vacina tríplice viral (também contra caxumba e rubéola). A primeira dose deve ser tomada nos postos de saúde aos 12 meses de idade e a segunda, aos 15 meses.

Após tomar as duas doses da tríplice viral (aos 15 meses, pode-se receber a quádrupla viral, que também imuniza contra catapora), as crianças precisam participar das campanhas de vacinação feitas pelo governo, que reforçam o esquema de rotina.

Quem vai viajar para Europa, Estados Unidos e África e tomou a última vacina contra o sarampo há mais de dez anos deve atualizar a imunização nos postos de saúde. Adultos que nunca foram vacinados devem fazer o mesmo.
Infecção grave pelo alto risco de complicação

Segundo o infectologista Alberto Chebabo, o sarampo é causado por um vírus altamente contagioso. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e pelo ar, por secreções expelidas ao falar, tossir ou espirrar.

— Os sintomas iniciais são muita coriza, tosse, olhos avermelhados e febre alta, que evoluem com o surgimento de manchas avermelhadas pelo corpo — diz Chebabo, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O sarampo é considerado grave pelo elevado risco de complicação e mortalidade. O paciente fica sujeito a desenvolver uma pneumonia causada pelo próprio vírus da doença, ou uma pneumonia bacteriana e até otite, já que a queda
da imunidade favorece infecções oportunistas.

Por ser viral, o sarampo não tem tratamento específico. Indicam-se hidratação e uso de analgésicos e antitérmicos contra os sintomas.


Terceira Via/Show Francisco




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