Companhia convoca empresas para discutir contratos
Para reduzir os custos, a Petrobras já enviou as primeiras cartas para as empresa de afretamento de sondas e barcos de apoio, pedindo a readequação dos preços dos seus contratos à realidade do mercado.
Representantes das empresas acreditam que as discussões não serão rápidas ou fáceis, apesar de a Petrobras demonstrar interesse em acelerar as conversações. Todo o trabalho de renegociação será feito pela gerência Executiva de Serviços de Exploração e Produção (E&P), orquestrada por Cristina Pinho.
Assinadas pela diretora de E&P da Petrobras, Solange Guedes, as cartas foram endereçadas aos presidentes das empresas de prestação de serviço e não pouparam nem mesmo as que mantêm apenas contratos de unidades ainda em construção. O texto do comunicado é genérico, não especificando os contratos e equipamentos que serão abordados.
A decisão da Petrobras de renegociar as taxas diárias segue o mesmo caminho traçado por grandes petroleiras estrangeiras ao redor do mundo diante da crise do setor. Algumas negociações firmadas recentemente no exterior com empresas de sondas asseguraram reduções nos valores das taxas diárias em até 20%, condicionadas à extensão do prazo de afretamento ou a cláusulas que garantirão nova revisão, caso o preço do barril petróleo volte a subir.
Essa proposição vai ao encontro do plano de negócio 2015/2019 no qual a diretoria da Petrobras anunciou que realizará cortes de até 30% na área de investimento. O plano anterior (2014 a 2018) contabilizava recursos da ordem de US$ 220,6 bilhões ou US$ 44,1 bilhão ao ano, mas não foi cumprido pela empresa que aplicou apenas US$ 35 milhões do comprometido. A expectativa do mercado é saber o que será feito das refinarias Abreu Lima, em Pernambuco e o Comperj, no Rio de Janeiro.
Terceira Via/Show Francisco
Tânia Garabini
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