Daniela Abreu
Delegado trabalha com hipótese de crime passional
A Polícia Civil apresentou na tarde deste sábado (11/07) um casal suspeito de ter assassinado e esquartejado o oficial de justiça Fernando Hcaucher, de 57 anos. Os restos mortais da vítima foram encontrados no final da tarde da última quarta-feira (08/07), em uma fazenda, à margem da RJ-224, em Travessão, em Campos.
Na coletiva de imprensa, realizada na Região Integrada de Segurança Pública (Risp), o delegado Pedro Emílio explicou que o casal, o taxista L.Q.L., e a comerciária J.P., de 30 anos, foram detidos na tarde dessa sexta-feira (10/07), e neste sábado serão conduzidos à Casa de Custódia Dalton Crespo.
“Trabalhamos com a hipótese de que as motivações para o crime foram passionais. As investigações seguem, mas já temos um conjunto de fatos para relacionar o casal a este crime bárbaro de esquartejamento”, disse o delegado.
Pedro contou que assim que a identificação do cadáver foi feita, cerca de 24h após a descoberta do mesmo, os familiares do oficial de justiça foram ouvidos e apontaram o casal como suspeito.
"Os familiares afirmaram que o oficial não tinha inimigos, nem envolvimento com drogas ou álcool, nada que motivasse um crime desses. Só esse casal foi citado", explicou.
O delegado informou que nos três dias de investigação a Polícia Civil descobriu que existia uma relação de amizade entre a suspeita e a vítima, e que o marido dela, outro suspeito, não gostava muito desse envolvimento.
Ainda de acordo com Pedro Emílio, já existiam ocorrências policiais do casal contra a vítima, sendo a última de perturbação da ordem, datada de 16 de junho deste ano, e registrada por J. na 134ª Delegacia Legal de Campos. A suspeita disse à polícia que esta foi a última vez que ela viu Fernando.
Pedro ressaltou ação conjunta e voluntária de policiais de outras delegacias da região na operação que encontrou e deteve os suspeitos. "Tivemos um apoio muito importante de agentes das delegacias de Quissamã e São Francisco, além da Deam e da 134ª DP", falou.
Após a detenção dos dois, a Civil conseguiu a prisão temporária deles por 30 dias, além da quebra dos sigilos telefônico e bancário dos mesmos.
"Essa quebra dos sigilos nos ajudará a descobrir se mais pessoas estão envolvidas no crime, e como foi a dinâmica do delito. Já temos um conjunto coeso que aponta os dois como autores intelectuais, mas precisamos saber onde e como o homicídio foi praticado, isso é uma peça determinante", explicou.
O delegado acredita que entre 15 e 20 dias, a investigação já terá um cenário mais concreto e sólido.
"Não existem testemunhas do crime, e o casal nega o envolvimento. Não foi um crime comum de homicídio, o coração da vítima foi apunhalado cerca de 12 vezes, e o corpo foi desmembrado de forma técnica", finalizou.
Reportagem: Amaro Mota /Fonte Ururau/Show Francisco
Nenhum comentário:
Postar um comentário