sexta-feira, 18 de setembro de 2015

80% dos petroleiros aprovam greve geral na Petrobras

Data será definida pelos petroleiros durante assembléia geral em Brasília

Oitenta por cento dos petroleiros lotados nas plataformas de exploração de petróleo votaram a favor da greve geral na Petrobras. A mobilização estava apenas no âmbito das assembleias. Agora resta apenas a Federação da União dos Petroleiros definir a data do início da paralisação geral da empresa. Enquanto a estatal vem buscando amenizar os efeitos da paralisação por meio de equipes de contingência para substituir os funcionários, a atual tendência é de que os protestos sigam crescendo e a greve comece a qualquer momento.

Segundo Marcos Breda, coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) os representantes da FUP participarão entre os dias 22 a 25 de reuniões para a escolha da data da greve assim como defesa de outras medidas que vêm sendo tomadas para cortes e demissões na Petrobras.

A pauta central dos petroleiros é em oposição aos cortes que vem sendo praticados na empresa. Entre ativos postos à venda e medidas internas de redução de gastos, os funcionários da companhia vêm sendo afetados e há alguns meses a greve é assunto constante nos sindicatos. A paralisação do dia 24 de julho demonstrou o alcance do movimento, que interrompeu diversas unidades no país. No Amazonas, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Norte Fluminense, Duque de Caxias, Paraná e Rio Grande do Sul, o movimento grevista está sendo ratificado por ampla maioria dos trabalhadores das unidades administrativas e operacionais do Sistema Petrobras.

Enquanto os petroleiros buscam definir a data, a diretoria da petroleira está mobilizando em suas unidades de trabalho, equipe de contingência para serem embarcadas em plataformas onde a produção não possa parar ou nos postos de serviço como Cabiúnas, onde a interrupção da manutenção prejudicaria a distribuição de gás e de combustível, já que a previsão é de que a paralisação seja por um tempo mais demorado que os movimentos anteriores.

Sindicalistas ligados à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) pedem um reajuste de 10% do salário acima da inflação e a extensão de benefícios da categoria, exigências que dificilmente serão levadas adiante pela atual gestão da companhia, que busca aliviar seu caixa para superar a crise financeira e política que não para de trazer novos desdobramentos.
Terceira Via/Show Francisco



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