domingo, 27 de setembro de 2015

Eleição 2016 gera movimentação de troca de partidos no Congresso

Quem quer mudar de partido para ser candidato, tem até sexta para se filiar.
Em busca de espaço político, deputados e senadores mudam de legenda.

Nathalia Passarinho, Fernanda Calgaro e Laís AlegrettiDo G1, em Brasília

Pouco mais de um ano antes da eleição de 2016, deputados e senadores insatisfeitos nos próprios partidos se movimentam para trocar de legenda a tempo de concorrer.

O prazo para que um candidato possa se registrar em uma legenda e disputar um cargo eletivo na eleição municipal do ano que vem termina na próxima sexta-feira (2), exatamente um ano antes das próximas eleições.

A legislação eleitoral exige que um candidato esteja filiado a partido político pelo menos um ano antes do pleito. Mas esse prazo poderá mudar se a presidente Dilma Rousseff sancionar o projeto de lei da reforma política aprovado no Senado e na Câmara, que estabelece somente seis meses de antecedência e não mais um ano.

Após 18 anos no PT, o deputado Alessandro Molon (RJ), um dos vice-líderes do partido na Câmara, se registrou nesta quinta (24) na Rede Sustentabilidade, legenda idealizada pela ex-senadora Marina Silva.

A intenção do ex-petista é ser candidato a prefeito do Rio de Janeiro em 2016, mandato que possivelmente não conseguisse disputar pelo PT.

Insatisfeitos com o espaço que tinham no PSB e no PMDB, os deputados Glauber Braga (RJ) e Danilo Forte (CE) fizeram o mesmo que Molon. Braga foi para o PSOL, enquanto Danilo Forte trocou o PMDB pelo PSB.

Forte explica que o PSB ofereceu a ele posto de direção no partido, além da possibilidade de se candidatar à Prefeitura de Caucaia, no Ceará.

“Estou assumindo a presidência do partido no estado do Ceará, num quadro de reconstrução depois da saída da família Gomes, que deixou o partido sem deputado federal, estadual e sem candidaturas no interior do estado. E existe possibilidade de eu ser candidato a prefeito em Caucaia, a segunda cidade do estado. É mais factível isso dentro do PSB que dentro do PMDB. No PMDB, já tinha inclusive um diretório montado no município”, afirmou Danilo Forte aoG1.

O deputado Glauber Braga diz que deixou o PSB pelo PSOL por se identificar mais com a ideologia do novo partido. Ele afirmou ainda que poderá ser candidato à Prefeitura de Nova Friburgo em 2016.

“O que me levou a mudar foi a afinidade ideológica, conciliada com a prática política do partido. A candidatura em 2016 é uma questão em aberto. Não descarto, mas não há decisão. Minha relação é com a Prefeitura de Nova Friburgo. Mas não foi isso que me levou a mudar de partido”, disse o deputado.

De olho na eleição presidencial de 2018, os irmãos Ciro e Cid Gomes deixaram o PROS em razão da possibilidade de se candidatarem pelo PDT.

No dia da filiação, o líder do partido na Câmara, deputado André Figueiredo (CE), afirmou que ambos são cotados para disputar a Presidência da República pelo partido.

“Ele (Ciro Gomes) é um dos nomes que o PDT pode, sim, apresentar para 2018, mas não foi condicionado à candidatura a vinda dele para o PDT”, disse Figueiredo, citando ainda Cid Gomes e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) como possibilidades.

A senadora Marta Suplicy trocou o PT pelo PMDB de olho nas eleições para a Prefeitura de São Paulo, em 2016. O nome dela será submetido à convenção do partido, para definir se será, de fato, lançada na disputa.
G1/Show Francisco




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