quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Juristas pedem hoje na Câmara o impeachment de Dilma

Pedido atende a todas exigências do presidente da Casa

Vai ser protocolado hoje, na Câmara dos Deputados, o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O documento tem entre seus signatários os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior – respectivamente um dos fundadores do PT e ex-ministro da Justiça do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Todas as assinaturas foram reconhecidas ontem, junto às de líderes de grupos anti-Dilma, num cartório de São Paulo. O reconhecimento das firmas e a inscrição na Câmara atendem a exigência pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que havia devolvido pedido anterior de Bicudo, para que fosse adequado aos padrões exigidos pelo Regimento Interno da Casa.

Diante do entrave burocrático, os grupos anti-Dilma aproveitaram a ocasião para articular que o parecer de Reale Júnior e o dos movimentos fossem juntados ao de Bicudo. O objetivo dos grupos, agora, é "dar simbolismo" ao ato.

Bicudo rebate fala de Dilma a uma rádio do interior de São Paulo, que alegou ser uma “versão moderna de golpe” o pedido de seu afastamento do cargo de presidente da República. O jurista rebate: "Impeachment não é golpismo, é um remédio prescrito na Constituição; é golpismo de quem fala que é golpe".

Reale Júnior, por sua vez, disse perceber que já existe ambiente político para o pedido de impeachment. Ambos, Reale e Bicudo, defenderam o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992. "Assinei em 1992, sou doutor em impeachment", brincou Bicudo, que naquele ano era deputado federal pelo PT.
Show Francisco



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