quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Profissionais da rede estadual de educação protestam em Campos


Jhonattan Reis, Carolina Barbosa e Júlio César Barreto
Fotos: Carolina Barbosa

Profissionais estaduais realizam manifestação, na tarde desta quarta-feira (16), no Centro de Campos. A concetração teve início às 15h na praça do Liceu. Logo em seguida, os manifestantes seguiram pela rua Gil de Góis, passaram pela Beira-Valão e pararam em frente a Coordenadoria Regional de Educação. Segundo informações do sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), professores paralisaram e a principal reivindicação da categoria é por reajuste salarial, que teria sido de 0%, até o momento.

O protesto conta com o apoio da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar. Apito, cartazes e um mini trio elétrico são usados pelos manifestantes.

Os presentes seguiram em passeata para a praça São Salvador, onde acontece um ato público e assembleia pública.

Ainda segundo o Sepe, a greve foi definida em assembleia realizada no último dia 29, quando houve, também, a decisão de paralisação de 24 horas.

“Estamos de preto representando o luto e a luta pela educação estadual”, afirmou Graciete Santana, coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe). Segundo ela, representantes da classe se reuniram com o governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que “botou a culpa na crise econômica para anunciar o 0% de reajuste, além de cogitar que a segunda parcela do nosso 13º salário não seja paga”. Ela ressalta que “a luta não é só por melhorias para os professores, mas também pela melhoria na qualidade do ensino da rede estadual”.

— Enquanto o verão se aproxima os aparelhos de ar condicionado não podem mais ser ligados, pois o contrato com a empresa terceirizada teria sido rompido, e em muitas salas não há ventilador. As máquinas de xérox também não funcionam mais, e o motivo também seria rompimento de contrato, e os professores acabam gastando seu próprio dinheiro —, disse acrescentando que em algumas escolas estaduais professores novos foram assediados por diretores para não comparecerem a manifestação.

Há cinco anos, professora na rede estadual de ensino, Laura Melissa, diz que faltam segurança e materiais nas escolas. “Várias agressões físicas já aconteceram aqui no Liceu de Humanidades de Campos”. Disse. Ela diz também que, “o governo de Estado gasta cerca de R$ 38 milhões com a prova do Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro (SAERJ), que é
uma farsa e os índices educacionais não são medidos, mas não pode conceder reajuste ao professor”.
Fmanhã/Show Francisco



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