Temperaturas baixas não devem impedir a atividade física, mas não dispense gorros, luvas e roupas adequadas
Foto: Divulgação
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Quem não abre mão de praticar atividade física ao ar livre, mesmo com temperaturas baixas, um alerta dos especialistas: é preciso adotar cuidados especiais.
“Os exercícios deveriam ser praticados em temperatura média de 20 graus. O frio é uma agressão ao corpo. Exercitar-se em marcas inferiores a 14 graus representa risco à saúde. Isso porque ocorre uma vasoconstrição, que faz com que o sangue não chegue suficientemente onde deveria – e o organismo sente muito”, diz o cardiologista e médico do esporte Nabil Ghorayeb, do Sport Check-up do Hospital do Coração (HCor), de São Paulo.
As partes do corpo que mais sofrem com o frio cortante são mãos, pés e cabeça. “Proteja-as para minimizar a perda de calor. Os homens têm tendência a ter mãos mais frias. Já as mulheres costumam sofrem com dores de ouvido. Então, não dispense luvas e gorros ou faixas que cubram as orelhas”, aconselha César Augusto Oliveira, treinador da MPR Assessoria Esportiva, de São Paulo.
Saia de casa agasalhado (com uma calça mais quente em cima do short ou do legging, por exemplo) e só tire o excesso de roupa à medida que for aquecendo o corpo. E use modelos apropriadas.
“Se estiver muito frio, vista calça comprida – de preferência com tecido tecnológico para maior conforto -, camiseta de manga longa e até uma jaqueta corta-vento. Gorro, luvas e até óculos também são recomendados”, diz o professor de educação física Leandro Alberto Hadlich, coordenador geral da HP Sports Assessoria Esportiva, de Curitiba, que chegou a dar aulas em temperaturas que beiravam os 5 graus negativos.
Opte ainda por peças mais justas e coladas à pele, como leggings e segunda pele, que deixam menos espaço para a passagem de ar, protegendo melhor do frio.
Esses cuidados são importantes porque qualquer parte descoberta do corpo perde calor para o ambiente. ”Você demanda maior energia para manter-se aquecido e pode sentir o exercício mais extenuante”, completa Hadlich. “Em temperaturas muito frias, o ideal mesmo seria aquele capuz que cobre até o nariz”, brinca Ghorayeb.
Para quem pula da cama quentinha a fim de encarar o treino gelado, é essencial também iniciar os exercícios de forma leve. O aquecimento deve ser realizado antes de qualquer atividade, porém, no inverno, ele deve ser feito com maior atenção. “No frio a musculatura está mais contraída e tensa. Para atenuar os riscos de lesões, é preciso alongar levemente o corpo e depois partir para um bom aquecimento, em ritmo mais lento do que o habitual, durante 15 a 20 minutos”, diz o treinador Hadlich.
Segundo os especialistas, o frio pode trazer aquela sensação de que está sobrando ar e seu corpo parece responder melhor, especialmente no início da atividade. Ou seja, a percepção de esforço é menor. Só que isso representa risco. “Pode haver sobrecarga tanto para os músculos quanto para ocoração”, observa Ghorayeb.
Há pelo menos 50 anos, especialistas em todo o mundo observam o aumento da mortalidade
por doença cardiovascular durante o inverno. Uma pesquisa publicada em 2009 na revista da Sociedade Paulista de Cardiologia (Socesp) revelou que quando os termômetros registram temperaturas abaixo de 14 graus, os casos de infarto aumentam em até 30%. “Mortes em recentes edições da Maratona de Nova York, por exemplo, aconteceram também por influência do frio”, lembra o médico do HCor.
A variação súbita da temperatura é outro agravante. Conhecido como choque térmico, a transição de um ambiente muito aquecido para um lugar mais frio pode desencadear alterações cardíacas.
O clima gelado favorece ainda infecções respiratórias. Para minimizar os problemas, procure realizar a respiração nasal durante a prática esportiva, fazendo com que o ar chegue aquecido aos pulmões.
Ao final de seu treino, vencida a barreira do frio, seu corpo estará inundado das substâncias de bem-estar e você terá aquela sensação de dever cumprido com sua saúde.
Mas para mantê-la intacta, é importante trocar a roupa suada logo após o término e novamente agasalhar-se. “Se você vestir um casaco por cima da roupa molhada, vai passar frio. Troque a camiseta e então coloque o casaco”, reforça o treinador César Oliveira.
Ele ainda alerta sobre a importância da hidratação antes, durante e depois da atividade física. “A temperatura fria diminui a percepção de sede. Muita gente chega para treinar desidratada e isso não é bom”.
Após o treino, para esquentar, há quem busque o conforto em uma bebida quentinha. “Cuidado apenas com alguns tipos de chás e com o café, que são diuréticos e podem desidratar ainda mais”, diz Oliveira.
Um bom argumento para não desistir do treino no frio é que, pela necessidade de manter a temperatura do corpo nos níveis normais, a atividade metabólica e o gasto calórico corporal aumentam – o que faz com que o corpo gaste mais energia mesmo em repouso.
“Os exercícios deveriam ser praticados em temperatura média de 20 graus. O frio é uma agressão ao corpo. Exercitar-se em marcas inferiores a 14 graus representa risco à saúde. Isso porque ocorre uma vasoconstrição, que faz com que o sangue não chegue suficientemente onde deveria – e o organismo sente muito”, diz o cardiologista e médico do esporte Nabil Ghorayeb, do Sport Check-up do Hospital do Coração (HCor), de São Paulo.
As partes do corpo que mais sofrem com o frio cortante são mãos, pés e cabeça. “Proteja-as para minimizar a perda de calor. Os homens têm tendência a ter mãos mais frias. Já as mulheres costumam sofrem com dores de ouvido. Então, não dispense luvas e gorros ou faixas que cubram as orelhas”, aconselha César Augusto Oliveira, treinador da MPR Assessoria Esportiva, de São Paulo.
Saia de casa agasalhado (com uma calça mais quente em cima do short ou do legging, por exemplo) e só tire o excesso de roupa à medida que for aquecendo o corpo. E use modelos apropriadas.
“Se estiver muito frio, vista calça comprida – de preferência com tecido tecnológico para maior conforto -, camiseta de manga longa e até uma jaqueta corta-vento. Gorro, luvas e até óculos também são recomendados”, diz o professor de educação física Leandro Alberto Hadlich, coordenador geral da HP Sports Assessoria Esportiva, de Curitiba, que chegou a dar aulas em temperaturas que beiravam os 5 graus negativos.
Opte ainda por peças mais justas e coladas à pele, como leggings e segunda pele, que deixam menos espaço para a passagem de ar, protegendo melhor do frio.
Esses cuidados são importantes porque qualquer parte descoberta do corpo perde calor para o ambiente. ”Você demanda maior energia para manter-se aquecido e pode sentir o exercício mais extenuante”, completa Hadlich. “Em temperaturas muito frias, o ideal mesmo seria aquele capuz que cobre até o nariz”, brinca Ghorayeb.
Para quem pula da cama quentinha a fim de encarar o treino gelado, é essencial também iniciar os exercícios de forma leve. O aquecimento deve ser realizado antes de qualquer atividade, porém, no inverno, ele deve ser feito com maior atenção. “No frio a musculatura está mais contraída e tensa. Para atenuar os riscos de lesões, é preciso alongar levemente o corpo e depois partir para um bom aquecimento, em ritmo mais lento do que o habitual, durante 15 a 20 minutos”, diz o treinador Hadlich.
Segundo os especialistas, o frio pode trazer aquela sensação de que está sobrando ar e seu corpo parece responder melhor, especialmente no início da atividade. Ou seja, a percepção de esforço é menor. Só que isso representa risco. “Pode haver sobrecarga tanto para os músculos quanto para ocoração”, observa Ghorayeb.
Há pelo menos 50 anos, especialistas em todo o mundo observam o aumento da mortalidade
por doença cardiovascular durante o inverno. Uma pesquisa publicada em 2009 na revista da Sociedade Paulista de Cardiologia (Socesp) revelou que quando os termômetros registram temperaturas abaixo de 14 graus, os casos de infarto aumentam em até 30%. “Mortes em recentes edições da Maratona de Nova York, por exemplo, aconteceram também por influência do frio”, lembra o médico do HCor.
A variação súbita da temperatura é outro agravante. Conhecido como choque térmico, a transição de um ambiente muito aquecido para um lugar mais frio pode desencadear alterações cardíacas.
O clima gelado favorece ainda infecções respiratórias. Para minimizar os problemas, procure realizar a respiração nasal durante a prática esportiva, fazendo com que o ar chegue aquecido aos pulmões.
Ao final de seu treino, vencida a barreira do frio, seu corpo estará inundado das substâncias de bem-estar e você terá aquela sensação de dever cumprido com sua saúde.
Mas para mantê-la intacta, é importante trocar a roupa suada logo após o término e novamente agasalhar-se. “Se você vestir um casaco por cima da roupa molhada, vai passar frio. Troque a camiseta e então coloque o casaco”, reforça o treinador César Oliveira.
Ele ainda alerta sobre a importância da hidratação antes, durante e depois da atividade física. “A temperatura fria diminui a percepção de sede. Muita gente chega para treinar desidratada e isso não é bom”.
Após o treino, para esquentar, há quem busque o conforto em uma bebida quentinha. “Cuidado apenas com alguns tipos de chás e com o café, que são diuréticos e podem desidratar ainda mais”, diz Oliveira.
Um bom argumento para não desistir do treino no frio é que, pela necessidade de manter a temperatura do corpo nos níveis normais, a atividade metabólica e o gasto calórico corporal aumentam – o que faz com que o corpo gaste mais energia mesmo em repouso.
Show Francisco
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