Estação começa oficialmente nesta segunda-feira (20) às 19h34.
Dispersão do fenômeno El Niño possibilitou queda da temperatura.
Mariana LenharoDo G1, em São Paulo
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Paulistano tem saído de casa agasalhado nas últimas semanas (Foto: Filipe Araújo/Agência Estado/AE)
O frio já chegou de forma intensa a várias regiões do Brasil, mas o inverno só começa oficialmente nesta segunda-feira (20), às 19h34. Diferentemente dos invernos de 2015 e 2014, quando o país teve pouquíssimo frio, os próximos meses devem ser caracterizados por temperaturas mais baixas, principalmente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, dentro da normalidade esperada para a estação.
Nos dois anos anteriores, o inverno teve temperaturas mais altas principalmente devido à influência do fenômeno El Niño, aquecimento das águas do Oceano Pacífico que impacta no clima de várias regiões do mundo. Segundo a meteorologista Olívia Nunes, da Somar Meteorologia, agora estamos saindo da condição de El Niño e entrando em um estado de neutralidade. Isso deve garantir um inverno de características típicas, segundo ela.
“Há expectativa de novas ondas de frio ao longo de toda a estação, como ocorreu na semana passada. Não deve ser um frio contínuo, mas em ondas”, afirma.
La Niña no fim da estação
No final do inverno e início da primavera, pode haver a formação do fenômeno La Niña, que é o resfriamento das águas do Pacífico. “Este fenômeno ainda não está estabelecido, mas deve ganhar mais persistência ao longo do inverno e poderemos observar suas consequências no fim do inverno e início da primavera, com o frio podendo se estender um pouco mais até o início da próxima estação”, diz a meteorologista.
As chuvas também devem ocorrer dentro da normalidade esperada para o inverno, que costuma ser uma estação seca em grande parte do país. “As chuvas ficam dentro da média em grande parte do país. Vamos acabar tendo mais chuvas no Rio Grande do Sul e no extremo Norte.”
Devido ao clima seco na região central do país, pode ocorrer um aumento do número de queimadas na área, segundo Olivia. Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE), as áreas de risco para fogo na vegetação estão concentradas nas regiões Centro-Oeste e Nordeste e no sul da Amazônia, com aumento nas ocorrências de queimadas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, oeste da Bahia, Tocantins, Maranhão, Minas Gerais e São Paulo.
Neve no sul do Brasil?
Apesar das temperaturas mais baixas, os meteorologistas não esperam um inverno com neve em várias cidades como ocorreu em 2013. “A chance sempre existirá nestes próximos três meses, mas apenas para áreas mais altas das Serras Gaúchas e de Santa Catarina”, afirma o meteorologista Alexandre Nascimento, do Climatempo, em vídeo divulgado pela empresa de meteorologia.
“Aquela condição de 2013, em que nevou em Curitiba e em Florianópolis, para este ano não tem. Não estamos esperando por frentes frias com aquelas características, capazes de derrubar muito a temperatura com umidade alta”, diz Nascimento.
O inverno vai até o dia 22 de setembro.
Dispersão do fenômeno El Niño possibilitou queda da temperatura.
Mariana LenharoDo G1, em São Paulo
Paulistano tem saído de casa agasalhado nas últimas semanas (Foto: Filipe Araújo/Agência Estado/AE)
O frio já chegou de forma intensa a várias regiões do Brasil, mas o inverno só começa oficialmente nesta segunda-feira (20), às 19h34. Diferentemente dos invernos de 2015 e 2014, quando o país teve pouquíssimo frio, os próximos meses devem ser caracterizados por temperaturas mais baixas, principalmente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, dentro da normalidade esperada para a estação.
Nos dois anos anteriores, o inverno teve temperaturas mais altas principalmente devido à influência do fenômeno El Niño, aquecimento das águas do Oceano Pacífico que impacta no clima de várias regiões do mundo. Segundo a meteorologista Olívia Nunes, da Somar Meteorologia, agora estamos saindo da condição de El Niño e entrando em um estado de neutralidade. Isso deve garantir um inverno de características típicas, segundo ela.
“Há expectativa de novas ondas de frio ao longo de toda a estação, como ocorreu na semana passada. Não deve ser um frio contínuo, mas em ondas”, afirma.
La Niña no fim da estação
No final do inverno e início da primavera, pode haver a formação do fenômeno La Niña, que é o resfriamento das águas do Pacífico. “Este fenômeno ainda não está estabelecido, mas deve ganhar mais persistência ao longo do inverno e poderemos observar suas consequências no fim do inverno e início da primavera, com o frio podendo se estender um pouco mais até o início da próxima estação”, diz a meteorologista.
As chuvas também devem ocorrer dentro da normalidade esperada para o inverno, que costuma ser uma estação seca em grande parte do país. “As chuvas ficam dentro da média em grande parte do país. Vamos acabar tendo mais chuvas no Rio Grande do Sul e no extremo Norte.”
Devido ao clima seco na região central do país, pode ocorrer um aumento do número de queimadas na área, segundo Olivia. Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE), as áreas de risco para fogo na vegetação estão concentradas nas regiões Centro-Oeste e Nordeste e no sul da Amazônia, com aumento nas ocorrências de queimadas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, oeste da Bahia, Tocantins, Maranhão, Minas Gerais e São Paulo.
Neve no sul do Brasil?
Apesar das temperaturas mais baixas, os meteorologistas não esperam um inverno com neve em várias cidades como ocorreu em 2013. “A chance sempre existirá nestes próximos três meses, mas apenas para áreas mais altas das Serras Gaúchas e de Santa Catarina”, afirma o meteorologista Alexandre Nascimento, do Climatempo, em vídeo divulgado pela empresa de meteorologia.
“Aquela condição de 2013, em que nevou em Curitiba e em Florianópolis, para este ano não tem. Não estamos esperando por frentes frias com aquelas características, capazes de derrubar muito a temperatura com umidade alta”, diz Nascimento.
O inverno vai até o dia 22 de setembro.
G1/Show Francisco
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