sexta-feira, 3 de junho de 2016

MPRJ abre inquérito para investigar Guardas Municipais de Campos com anotações criminais


As denúncias chegaram ao MP após o início da investigação de dois guardas municipais que teriam tramado a execução a tiros de uma analista

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) oficiou ao comando da Guarda Municipal de Campos Carlos Leão e ao procurador-geral do município Matheus da Silva José, um requerimento de informações para a checagem de antecedentes criminais dos agentes da corporação. A requisição foi expedida pela 1ª promotoria de Justiça de Investigação Penal de Campos em inquérito aberto para apurar denúncias de que haveria na corporação agentes com condenações penais, entre outras anotações de irregularidades de conduta, sem a devida correição.


As denúncias chegaram ao MP após o início da investigação de dois guardas municipais, Uenderson de Sousa Mattos e Genessi José Maria Filho, que teriam tramado a execução a tiros de Patrícia Manhães Gonçalves Mattos, morta no dia 13 maio, no estacionamento da base de apoio do Grupamento Ambiental da Guarda Municipal (GAM), em Guarus. Os dois estão presos temporariamente. Segundo as investigações, um deles teria oito passagens criminais, incluindo homicídio e usaria tornozeleira eletrônica, no exercício de sua função. Na última quinta-feira (26/05) foi cumprido um mandado de busca e apreensão na sede do grupamento. No local,foram apreendidas armas de fogo, munição e drogas. Um guarda teria sido preso, em flagrante, por posse ilegal de arma.

A promotoria de Justiça oficiou, também, ao delegado titular da 146ª Delegacia Legal de Guarus, Luis Armond, responsável pela investigação do crime, para que ele apresente, em até 48 horas, a cópia integral dos procedimentos e inquéritos gerados em decorrência da busca e apreensão na sede do grupamento.

"O Ministério Público entende que há uma conexão entre os fatos. Além da importância probatória das diligências para a elucidação das circunstâncias do crime de homicídio, a solução de eventuais ilegalidades dos agentes da guarda também trará segurança ao povo campista. Nosso dever é verificar as denúncias recebidas. Por outro lado, trata-se de uma corporação histórica, com excelentes exemplos de bons profissionais. Precisa ser cuidada, prestigiada, enquanto instituição, até para valoração e reconhecimento daqueles que trabalham corretamente, com certeza a maior parte do contingente", explicou o promotor de Justiça Fabiano Rangel.

Em nota a Procuradoria Geral do Município informou que recebeu na tarde desta quinta-feira (02/06) o requerimento do MPRJ, e vai atender prontamente todas as requisições. 

Ururau/Show Francisco



Nenhum comentário: