Andrea estava grávida de nove meses e entrou em trabalho de parto na última quinta-feira
Fonte: Terceira Via / Pai da criança
O que era para ser um momento de alegria passou a ser dor, tristeza e revolta para Andrea e Marcos Vinicius. A morte do primeiro bebê do casal foi anunciada pela equipe médica do Hospital Plantadores de Cana (HPC) na tarde desta segunda-feira (22) depois uma longa peregrinação desde quinta-feira (18). A família de Andrea acusa o hospital de negligência e pede justiça. De acordo com o marido de Andrea, a mulher fez o pré-natal em um posto médico da prefeitura desde que descobriu a gravidez aos dois meses de gestação. “A última consulta foi no dia 3 e, segundo o médico, estava tudo bem com o meu filho e minha esposa. A previsão do parto era para o dia 26 desse mês, caso não acontecesse nenhum imprevisto. Mas, infelizmente, quinta-feira, ela (Andrea) começou a ter um sangramento e minha mãe a acompanhou até o Plantadores. Mandaram ela de volta pra casa alegando estar somente com um centímetro de dilatação. A mesma situação se repetiu na sexta. No sábado, eu mesmo levei ela na Beneficência Portuguesa e lá disseram que o bebê estava muito grande, o que tornava a gravidez de risco, e mandaram de novo para o Plantadores. Domingo voltamos ao Plantadores e, segundo a médica, ela ainda estava sem dilatação suficiente mesmo apresentando sangramento. Ontem (segunda) voltamos ao Plantadores porque minha esposa já não aguentava de tanta dor. Às 16h, colocaram ela no soro, deram um remédio para dor e foi então que descobriram (o médico plantonista) que meu filho estava morto”. Este seria o primeiro bebê do casal que está junto há três anos. A mãe de Marcos Vinicius, Ana Paula da Silva, foi quem acompanhou Andrea desde quinta-feira quando ela começou a não se sentir bem. “Foram cinco dias de peregrinação. E nesses dias todos eles (médicos plantonistas) disseram que ela estava com um centímetro de dilatação. Somente na Beneficência (Portuguesa) que nos informaram que a gravidez era de risco porque meu neto estava com 3 quilos e 600 gramas e 49 centímetros. Aqui no Plantadores nenhum médico disse, em momento nenhum, que a gravidez estava ameaçada. Isso significa negligência. O atestado de óbito traz a morte como não identificada. Como assim? O pré-natal aconteceu sem nenhuma ocorrência. Ela fez tudo direitinho, eu posso afirmar isso. O quartinho dele está todo arrumado, fraldas, roupas, carrinho de bebê. O que vamos fazer com aquilo tudo agora?”, indaga a avó da criança. Em nota, a direção do Hospital Plantadores de Cana informa que a paciente chegou ao HPC, em trabalho de parto, às dezoito horas e cinquenta minutos foi submetida à avaliação clínica e exames quando foi identificado que o bebê já estava sem vida, e imediatamente comunicado aos familiares. Como determina o Ministério da Saúde foi estimulado o parto normal. As vinte e duas e cinquenta minutos foi indicado a cesariana, porque a paciente apresentava parada na progressão do trabalho de parto. Assim que a cirurgia foi finalizada a médica de plantão conversou com familiares, confirmou o óbito fetal e que a cirurgia ocorreu sem intercorrências. Quanto às passagens anteriores da paciente ao hospital, a direção esclarece que vai apurar os fatos.
SHOW FRANCISCO
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